- Pesquisa
feita em 15 países abordou diversos tópicos que apontam otimismo ou
desconfiança no setor
- Desinformação,
privacidade e comportamento dos CEOs das big techs são pontos de
preocupação no Brasil
- Confiança
nas empresas de tecnologia nacionais é maior do que nas estrangeiras, em
média
O
Relatório Especial do Edelman Trust Barometer 2022: Confiança na Tecnologia,
que mede o índice de confiança na tecnologia, mostra que 86% dos brasileiros
confiam no setor desde outubro de 2022. Este recorte do estudo, divulgado em
dezembro deste ano, revela que a confiança nacional na tecnologia está acima da
média global, que é de 76%.
Após uma década de volatilidade quando se trata de
confiança na tecnologia em nível global, com uma queda geral na confiança de
janeiro de 2012 a janeiro de 2022, o setor, em outubro de 2022, é o segmento
mais confiável do Brasil, à frente de outros, como alimentos e bebidas (80%),
energia (79%), e automotivo (77%).
Em comparação com o comportamento global, os
brasileiros estão mais otimistas sobre como a tecnologia pode ser usada
positivamente para impactar a sociedade, embora sejam críticos em relação aos
pontos sensíveis. O relatório mostra que, em média, 79% dos
brasileiros estão preocupados com a privacidade dos dados. Um número semelhante
(77%) preocupa-se com a segurança cibernética, em média, e 82% preocupam-se com
o uso de desinformações ou fake news como uma ameaça tática.
O comportamento dos CEOs das big techs é também um
ponto visto como crítico pelos brasileiros. Menos da metade deles (47%)
acredita que os responsáveis pelas empresas de tecnologia estão fazendo bem em
usar sua influência para beneficiar a sociedade como um todo e não apenas para
melhorar sua imagem ou para objetivos pessoais.
"O estudo deste ano traz um retrato sobre a
queda da confiança das pessoas no setor, ao mesmo tempo em que revela elementos
macroeconômicos que estão mudando a percepção do que é tecnologia e como ela
pode impactar a sociedade. O Brasil, por sua vez, se destaca como um país que
confia mais no segmento, mas também teme mais alguns pontos da tecnologia do
que a média global. É um aprendizado que pode servir de guia para muitas
empresas do setor que buscam consolidar sua reputação", disse Gabriel
Guimarães, diretor de clientes de Tecnologia da Edelman Brasil.
Pontos de destaque do
relatório produzido pela Edelman:
As principais conclusões mostram que, em outubro de
2022, a tecnologia ganhou um conceito mais abrangente, além de softwares e
hardwares, ao mesmo tempo em que o setor enfrenta os impactos da polarização
política e mais demandas da população para que CEOs atuem em questões como
ruptura econômica e clima. A pesquisa destaca ainda uma ambiguidade entre os
entrevistados de países desenvolvidos e em desenvolvimento em relação à
confiança: de ceticismo quanto ao impacto ou de entusiasmo com as promessas da
inovação tecnológica.
- Entre
2012 e janeiro de 2022, o Brasil acompanhou uma tendência mundial de queda
na confiança em tecnologia, caindo 3 pontos e atingindo o índice de 80%. A
média global no período registrou uma queda de 5 pontos, chegando a 72%.
- Em
outubro de 2022, o índice voltou a subir e tecnologia foi o setor mais
confiável no Brasil, liderando entre 86% das respostas e à frente dos
setores de bebidas e alimentos, energia, automotivo, companhias aéreas e
planos de saúde.
- Brasileiros
confiam mais em tecnologia nacional do que na estrangeira, em média. O índice dos que confiam
em empresas de tecnologia sediadas no Brasil é de 68%. Já os que confiam
em empresas com sede no exterior totalizam, em média, 60%.
- Entre
os brasileiros que desconfiam das empresas de tecnologia sediadas no
exterior, as principais razões incluem: falta de confiança nos governos
estrangeiros (60%); falta de confiança em suas leis de proteção de dados
(42%); e a suposição de que os governos teriam acesso aos dados dos
usuários brasileiros (40%). Os participantes puderam responder com mais de
um motivo.
- 79%
dos brasileiros, em média, se preocupam com privacidade de dados. Este tópico abrange o risco
de que o comportamento online seja monitorado sem o consentimento e que
dados sejam utilizados negativamente em algumas situações, como, por
exemplo, para negar uma oportunidade de emprego ou aplicação de crédito.
Nos mercados considerados desenvolvidos, a preocupação é de 69%, em média;
nos países em desenvolvimento, é de 78%, em média.
- Em
média, 77% dos brasileiros se preocupam com a segurança cibernética. Entre os tópicos destacados
estão a atuação de hackers, ciberataques, se alguma companhia estrangeira
de tecnologia pode comprometer a soberania nacional, além do risco de
empresas de tech do Brasil fornecerem produtos militares a outros países.
- Desinformação
ou fake news usadas como uma arma causa preocupação em 82% dos
brasileiros.
- 67%
dos brasileiros se preocupam que tecnologias de deepfake tornarão
impossível saber se o que as pessoas estão vendo ou ouvindo é real ou não.
- Trabalhadores
brasileiros se preocupam mais que a média mundial se a tecnologia ou Inteligência
Artificial será capaz de fazer o mesmo trabalho tão bem ou melhor que
eles. No
país o índice é de 57% e, globalmente, é de 51%.
- 51%
dos brasileiros consideram que o governo não tem a compreensão adequada de
avanços tecnológicos e como regulá-los de forma eficaz. Em escala global,
esse índice é de 56%.
- No
Brasil, a maioria acredita que a tecnologia pode resolver desafios sociais
urgentes em diferentes áreas:
- Acesso
ao sistema de saúde – 81% (média global: 75%)
- Competitividade
econômica –
78% (média global: 75%)
- Qualidade
da informação – 78% (média global: 70%)
- Acesso
a trabalhos mais bem remunerados – 74% (média global: 71%)
- Mitigar
consequências de mudanças climáticas – 74% (média global: 68%)
- Escassez
de comida –
71% (média global: 64%)
- Impacto
de desacelerações econômicas – 70% (média global: 63%)
- Combater
preconceito e discriminação – 68% (média global: 61%)
- 64%
dos brasileiros acreditam que as companhias de tecnologia são lideradas
por pessoas que genuinamente se importam com o bem-estar das pessoas e da
sociedade. Esse mesmo índice é de 56% globalmente.
- Porém,
menos da metade (47%) dos brasileiros confia que os CEOs das empresas de
tecnologia estão usando sua influência para benefício da sociedade como um
todo e não só para realçar a própria imagem ou para objetivos pessoais. Na
média global, esse número é ainda menor: 38%.
- Embora
a confiança no setor de tecnologia como um todo seja alta, alguns
subsetores ainda precisam conquistar os brasileiros. De acordo com a
pesquisa, a confiança em cada subsetor entre os brasileiros é a seguinte:
- 5G:
83%
- Tecnologia para a saúde: 79%
- Assistentes digitais: 71%
- Inteligências
Artificiais/ Robóticas: 69%
- Realidade
Virtual/ Realidade Aumentada/ Realidade Mista: 65%
- Web
3: 63%
- Blockchain:
59%
- Tecnologia
autônoma: 57%
- Criptomoedas:
47%
Sentimento de segurança e
credibilidade ao buscar informações
Segundo os brasileiros, para ganhar a confiança dos usuários nas novas tecnologias, as empresas precisam comunicar seus benefícios e desvantagens, assim como educar o público. Para que os brasileiros se sintam seguros ao compartilhar dados, eles dizem que as empresas devem dar ao consumidor o controle sobre como seus dados são coletados e utilizados, e fornecer ações para que eles possam garantir que suas informações estejam seguras. A transparência sobre como as informações são coletadas, a garantia de que os dados não serão compartilhados com o governo, e outras medidas também são importantes.
Como fontes de verdade sobre
tecnologia e inovação, as vozes mais confiáveis de acordo com os brasileiros
são o time de suporte de TI no trabalho, familiares e
amigos, e especialistas da indústria de tecnologia. Para os brasileiros, o
empregador é o canal mais credível de informação sobre a tecnologia e seu
impacto na sociedade.
Acesse o relatório completo em: https://www.edelman.com.br/trust/edelman-trust-barometer-2022-relatorio-especial-confianca-na-tecnologia.
Sobre o Relatório Especial do
Edelman Trust Barometer 2022: Confiança na Tecnologia
O Relatório Especial do Edelman Trust Barometer
2022: Confiança na Tecnologia foi desenvolvido pela Edelman Data &
Intelligence (DxI) e consistiu em entrevistas online de 30 minutos realizadas
entre 31 de agosto e 12 de setembro de 2022 com mais de 15 mil pessoas - cerca
de 1 mil respondentes em cada um dos 15 países pesquisados. Para mais
informações, visite: www.edelman.com.br/estudos.
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