Não há como negar o crescimento exponencial do
mercado livre de energia. Segundo o relatório divulgado em junho de 2022, pela
Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia no Brasil (Abraceel), a
modalidade já corresponde a 36% de toda energia consumida no país. E, à medida
em que as comercializadoras vêm aumentando o seu ritmo de produção, começam a
aparecer desafios na hora de gerenciar as operações.
Vale lembrar que o mercado livre de energia atua no
Brasil há mais de duas décadas, porém, nos últimos anos vem conquistando o seu
protagonismo e, o cenário pós- pandemia contribuiu ainda mais para esses
indicadores. De acordo com dados da Câmara de Comercialização de Energia
Elétrica (CCEE), o mercado livre de energia encerrou 2021 com 5.563 novos
pontos de consumo, totalizando em 26,6 mil unidades ativas.
Mediante a esse desempenho, torna-se desafiador
para as comercializadoras, acompanharem esse ritmo de crescimento considerando
o fato, de que, muitas organizações ainda são adeptas às planilhas manuais para
registros e sistemas com pouca usabilidade. Nessa perspectiva, listo os cinco
principais desafios enfrentados nessa modalidade:
# 1 Falta de automação de processos: Muitas
companhias, por ainda estarem reféns de métodos que não garantem segurança dos
dados e informações, sofrem para fazer uma gestão eficiente dos seus
departamentos. Isso as leva a ficarem mais suscetíveis a erros e falhas, que
poderiam ser evitados.
# 2 Alto índice de processos manuais: Esse
desafio impacta diretamente no ganho de agilidade e eficiência das operações.
Afinal, acabam envolvendo colaboradores para executarem funções que, muitas
vezes, são repetitivas e burocráticas, impedindo um melhor aproveitamento da
mão de obra.
# 3 Falta de padronização: Uma empresa
é movida por diversos departamentos e áreas, porém, em muitos casos, não
possuem uma comunicação dos setores entre si. Assim, são
gerados ruídos nas informações, prejudicando a visualização da performance da
companhia como um todo.
# 4 Baixo nível de compliance: A ausência
dos registros de forma padronizada acaba gerando uma baixa confiabilidade dos
dados. Desta forma, o processo de tomada de decisão – que é embasado nos
registros – é comprometido, visto que não há fácil acesso às informações.
# 5 Falta de integração de sistemas: As
dificuldades em estabelecer uma eficiência operacional de backoffice
impacta diretamente no gerenciamento das áreas, como o setor financeiro e
fiscal. Entretanto, através de um sistema integrado, é possível organizar as
operações de modo que atenda todas as obrigatoriedades e requisitos
considerados de suma importância.
A boa notícia é que para todos esses aspectos já
existem soluções adequadas. Por meio do uso de softwares de gestão, como um
ERP, são colocadas em prática melhores condutas em termos de eficiência de
gestão, principalmente nas áreas administrativas e comerciais, que são o foco
das comercializadoras de energia.
É válido ressaltar que, através do uso da
tecnologia, o conceito ETRM (Energy Trading & Risk Management) ganha seu
protagonismo, uma vez que as ferramentas contribuem para um gerenciamento mais
eficiente e dinâmico das operações. Até porque, as melhores consultorias que
proveem o ERP já têm desenvolvido a integração com esse tipo de ferramenta
especializada.
O mercado livre de energia possui um alto potencial para continuar crescendo e, nessa jornada, alinhar melhores práticas de gestão com a tecnologia, certamente, trará impactos positivos, que ajudarão na conquista e melhor consolidação da empresa em um setor que está se tornando cada vez mais atrativo.
Claudio
Wagner - executivo de contas da G2, consultoria especializada em SAP Business
One.
G2
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