As doenças cardiovasculares são a
principal causa de morte em todo o mundo e estão altamente ligadas à redução da
expectativa de vida, revelou levantamento do Instituto de Métricas e Avaliação
em Saúde (IHME) da Universidade de Washington. E entre os fatores de risco para
esse tipo de doença se destacam o sobrepeso e a obesidade, o hábito de fumar, a
hipertensão e o histórico familiar, sinal de alerta para os brasileiros,
afinal, dados do Ministério da Saúde mostraram que por ano no país são
atendidas aproximadamente 22,9 milhões de pessoas com hipertensão, 2,2 milhões
com obesidade, e 492 mil com risco cardiovascular.
Fique atento à
balança e à sua pressão arterial
De acordo com a Pesquisa Nacional de
Saúde do IBGE, uma a cada quatro pessoas sofre com a obesidade, e dentre os que
têm hipertensão, 70,3% apresentam excesso de peso. A diminuição de apenas 5% a
10% no peso corporal já é suficiente para reduzir 5 mmHg da pressão arterial -
visto que o máximo recomendado é 140x90 mmHg (ou 14 por 9, como é popularmente
conhecido esse índice).
Quanto sódio você
consome?
Levantamento do Ministério da saúde
apontou que o excesso de sódio está ligado a cerca de 47 mil mortes por doenças
cardiovasculares por ano. O controle do consumo não se dá apenas pela
quantidade de sal na comida, mas também pela quantidade de alimentos
ultraprocessados que ingerimos. Como está sua alimentação?
Quando os fatores
genéticos contam?
É preciso ficar atento a casos em
parentes de primeiro grau, ou seja, pai, mãe e irmãos. Se o pai infartou com
menos de 55 anos ou a mãe com menos de 60, é possível que exista uma condição
genética favorável a doenças cardiovasculares. No entanto, os fatores
genéticos são responsáveis por apenas 20% das doenças cardíacas. Segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% das mortes poderiam ser evitadas com
mudanças de estilo de vida.
Hábitos saudáveis:
Mais simples do que parecem:
De acordo com a Associação Americana do
Coração (AHA), 150 minutos semanais, aproximadamente 21 minutos diários de
atividade física moderada, ou 75 minutos de atividade intensa são suficientes
para diminuir o risco de desenvolver doenças cardiovasculares. A atividade
física reduz a tensão arterial e o colesterol, aumenta a qualidade do sono,
ajuda a manter o peso saudável e a controlar o estresse.
Para a Dra. Karina Santos, médica de
família na Sami, o importante é ter consciência de que melhorar os hábitos é
preciso, começando aos poucos, introduzindo verduras e legumes no cardápio, por
exemplo, e evitando comer em fast-foods. “Além de uma mudança na alimentação,
sempre sugiro aos mais sedentários uma caminhada semanal, e que façam
acompanhamento com o time de saúde para que a evolução aconteça dentro das
possibilidades de cada um”.
Ainda sobre hábitos saudáveis, a Dra.
Karina alerta que os jovens com obesidade estão entre os que mais preocupam,
por serem mais resistentes a mudanças em prol da saúde. “Muitos deles vivem uma
rotina de ansiedade e estresse, o que aumenta as chances de desenvolverem
doenças cardíacas, e eles costumam preferir ingerir remédios ao invés de se
alimentar melhor e praticar atividades físicas”, explica a médica de família da
Sami.
Você dorme bem?
Uma característica comum em pacientes
com casos de ansiedade é a dificuldade para dormir, o que aumenta o estresse no
dia-a-dia. Esse quadro pode implicar no desenvolvimento de hipertensão,
diabetes e outras doenças. Segundo a Dra Karina, uma boa forma de controlar o
estresse é se exercitar mais ou até mesmo apostar na meditação.
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