Casos recentes de
mortes por suspeita de consumo de medicamentos inadequados acendem o alerta
para a necessidade de orientação por um profissional
Uma importante discussão sobre remédios para
emagrecer veio à tona depois que uma enfermeira morreu de hepatite fulminante,
em São Paulo, por uso de um produto com promessa de causar emagrecimento e de
suspeita semelhante no caso da morte da cantora Paulinha Abelha, do grupo
Calcinha Preta, ambas em fevereiro de 2022.
Recentemente, uma lista de 140 remédios
emagrecedores teve a comercialização proibida pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa), cuja atualização será mensal.
A pressa em perder peso e a mentalidade de não
precisar fazer muito esforço, além da facilidade de compra que a internet traz,
assim como valores muito baixos de produtos que prometem milagres, ou mesmo a
indicação de conhecidos, levam as pessoas a consumirem medicamentos sem acompanhamento
de um profissional da saúde.
“Hoje tem dieta da moda, medicamento sem registro,
a um preço muito acessível. A pessoa pode até emagrecer, mas vai colocar a
saúde dela em risco e não vai ser algo saudável”, avalia a nutricionista e
esteticista Ermelinda Vela Bertoldi, fundadora da Nutri Linda, em
Curitiba.
A especialista orienta sobre a importância de
procurar por um profissional capacitado para prescrever suplementos e ervas,
para um processo de emagrecimento saudável. “Quando o nutricionista faz parte
de todo o processo de emagrecimento, ele prescreve a parte alimentar correta,
além de toda a suplementação adequada.”
O profissional nutricionista vai montar um
planejamento alimentar personalizado e trabalhar toda a parte de reeducação
alimentar do paciente, com os cálculos adequados das quantidades de
carboidratos e proteínas e vai entrar com uma correta suplementação e
nutracêuticos - compostos alimentares que atuam como suplemento nutricional –
registrados na Anvisa e no Ministério da Saúde, sem riscos de prejudicar a
saúde.
“As pessoas acabam entrando na internet, compram
essas medicações quaisquer, que prometem emagrecer rápido, mas, querendo ou
não, acabam sobrecarregando os rins e fazendo um mal muito grande”, afirma.
Entre eles, a nutricionista cita como exemplo o queridinho do momento, composto
de laranja moro, de origem italiana.
“Tem muitos produtos falsificados e sem registro
por aí. Muitas vezes as pessoas compram pela internet por R$ 50, R$ 30, R$ 20,
achando que é um produto verdadeiro, mas é falsificado. Tem que cuidar muito
com a procedência. Hoje temos diversos tipos de tratamentos para emagrecer,
reconhecidos, que realmente fazem um resultado e não colocam a vida do paciente
em risco”, alerta Ermelinda.
O consumo de medicação sem acompanhamento pode
levar o paciente à falência múltipla dos órgãos, deficiência de absorção de
nutrientes no intestino e risco de doenças cardiovasculares, como taquicardia.
De acordo com a Anvisa, alguns dos ingredientes
usados em suplementos são sintéticos ou extraídos de fontes não alimentares.
Por isso, a necessidade de serem avaliados criteriosamente. A Agência alerta
que, mesmo os ingredientes extraídos de fontes alimentares podem passar por
processos de extração que concentram substâncias tóxicas.
“E mesmo os produtos regulares, elaborados conforme
as regras, podem representar um risco, se consumidos em quantidades que vão
além do limite de segurança ou por um paciente a quem aquele produto,
especificamente, não seja indicado. De qualquer maneira, sempre será mais
seguro ter o acompanhamento do profissional.”
Veja
aqui a lista de emagrecedores proibidos pela Anvisa atualizada em 23 de
março de 2022.
Nutri Linda -clínica com sede em Curitiba e
licenciados em todo o Brasil, que oferece tratamentos estéticos, acompanhamento
nutricional e terapias corporais, sempre associadas ao conceito de
emagrecimento saudável.
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