Guilherme explica: “o metaverso duplica a realidade e se torna um grande ambiente onde podemos atuar infinitamente. Imagine a triagem de pacientes transportada para um ambiente virtual simulado, que receberia todas as informações do paciente e que o traria, como in loco, para uma imersão naquele ambiente”. Muito mais amplo do que a telemedicina, para Guilherme a realidade paralela do metaverso pode chegar a ser o novo universo médico em si, guardadas as proporções.
O
metaverso possibilitaria, então, um avanço incrível da internet e telemedicina,
um atendimento virtual remoto, com paciente e médico 100% imersos nesse
ambiente virtual e com a possiblidade de uma avaliação clínica a partir da
digitalização do paciente. “Dependendo da evolução da tecnologia para o
usuário, ele mesmo poderia mapear, em 3D e do seu celular, a região em que tem
determinado sintoma, e o profissional da saúde teria acesso a essa imagem como
se o paciente estivesse ao vivo em sua frente. A partir daí, seriam elencadas
prioridades e o atendimento presencial, quando necessário, poderia ser indicado
pelo centro de triagem online e feito em um centro especializado próximo ao
paciente”, explica ele.
Segundo
o gestor, o ensino da saúde também pode ganhar muito com o metaverso: “vai
existir um universo paralelo onde estudantes ou residentes podem, da sua casa,
acompanhar procedimento do mundo real, em qualquer lugar do mundo, ou
procedimentos que estão sendo realizados via robótica em um centro de ensino
virtual, mas com coordenadas”.
Imagine
um estudante da periferia de São Paulo, por exemplo, participar de um
procedimento em uma universidade dos Estados Unidos, não via call ou outra
tecnologia já amplamente utilizada, mas de maneira totalmente imersa. Enquanto
na realidade aumentada e outras experiências virtuais que já existem, o usuário
tem perspectiva passiva e unilateral, no metaverso ele se torna um elemento
atuante e pode explorar o ambiente de forma ilimitada.
Mas,
afinal, o que é o metaverso?
“Ao meu ver”, explica Guilherme “o metaverso é um
simulacro do mundo real, paralelo a este e que acontece em tempo real ao nosso.
Algumas pessoas ainda entendem o metaverso como um game ou como uma experiência
virtual. Mas podemos dizer que o ele é o ambiente paralelo no qual essa
experiência acontece. E, diferente de tudo que conhecemos, o metaverso nos dá
uma autonomia e uma amplitude de ação dentro de um universo digital e paralelo
como nunca imaginamos”. Um novo sistema de protocolo global, de computadores
interconectados que criam uma infinita rede de informação, “o Metaverso é a
evolução da internet”, finaliza Stella.
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