Para alertar sobre a importância do rastreamento precoce do câncer
de mama, o dia 5 de fevereiro reforça a necessidade do exame como uma forma de
prevenção à doença
Com o objetivo de
alertar sobre um exame indispensável, o Dia Nacional da Mamografia, comemorado
em 5 de fevereiro, traz uma reflexão importante sobre a necessidade de se
cuidar e olhar com carinho para a saúde.
Com o diagnóstico
precoce, é possível encontrar lesões em estágios iniciais e barrar que o câncer
de mama avance com o tratamento. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer
(INCA), é estimado que durante o triênio 2020/2022 cerca de 66.280 novos casos
da doença sejam identificados no Brasil.
A partir do
rastreamento mamográfico - desde que realizado periodicamente - diversos
estudos mostram que a redução da mortalidade por câncer de mama pode ter um
impacto de 25% a 40%. "Quando a doença é descoberta cedo, os tratamentos
podem ser menos agressivos, além de terem uma maior chance de sucesso. A boa
notícia é que 95% dos diagnósticos precoces têm chances de cura", comenta
Daniel Gimenes, oncologista da Oncoclínicas em São Paulo.
Mas,
afinal, como o exame é feito?
Em um mamógrafo, a
mulher fica de pé em frente ao aparelho e duas placas pressionam as mamas tanto
na vertical, como na horizontal. Para ter uma melhor imagem, o técnico pedirá
para a paciente prender a respiração por alguns segundos. "Em média, o
exame pode durar cerca de 20 minutos no máximo", explica o oncologista.
Quem deve
fazer a mamografia
Acima dos 40 anos,
o exame pode ser realizado anualmente para a detecção precoce do câncer de
mama, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM). Já entre os 50 e 69
anos, de acordo com o Ministério da Saúde, a mamografia de rotina pode ser
realizada a cada dois anos, desde que a mulher não tenha sinais ou sintomas da
doença.
Quando o
procedimento é realizado fora da faixa etária, ou seja, em mulheres com menos
de 40 anos, ele pode ser indicado para complementar o diagnóstico de nódulos na
região. Porém, vale lembrar que apenas o médico poderá recomendar a necessidade
ou não da mamografia em situações como essa.
Por que a
mamografia não é recomendada antes dos 40 anos?
Segundo Daniel
Gimenes, o exame pode trazer alguns riscos quando feito antes dos 40 anos. Além
disso, o diagnóstico de câncer de mama em mulheres abaixo da faixa etária é
raro - representando apenas cerca de 10% dos casos.
"Por causa de
uma maior densidade da mama, o exame pode trazer falsos negativos. Além disso,
realizar a mamografia antes dos 40 anos expõe a mulher a uma radiação que não é
necessária naquele momento", comenta.
Dói fazer
mamografia?
O exame pode
causar desconforto, mas a compressão no aparelho é rápida, fazendo com que a
dor seja passageira. "Uma dica para evitar que o incômodo seja maior é
realizar a mamografia fora do período menstrual, pois a mama está mais sensível
neste momento", recomenda o especialista da Oncoclínicas São Paulo.
Quem tem
silicone pode fazer mamografia?
Sim, pode. A
prótese não irá atrapalhar o exame, mas é necessário que a paciente avise sobre
o silicone. "O mamógrafo não irá furar a prótese. A diferença é que podem
ser necessárias mais imagens durante o exame, assim como a manobra de Eklund -
que consiste em afastar o silicone para que não haja distorção dos
resultados", comenta Daniel.
A radiação
da mamografia pode fazer mal?
O exame é
contraindicado na gravidez, mas pode ser realizado normalmente em outras
situações. A radiação emitida no procedimento é baixa e não causa complicações.
Existe
preparo para fazer a mamografia?
O exame em si não
necessita de muitos preparos, mas é recomendado que a mulher faça o agendamento
da mamografia alguns dias após a menstruação. "Isso ajuda a evitar o
desconforto e oferece mais tranquilidade para a paciente durante o exame",
explica Daniel.
Além disso, é
necessário evitar o uso de hidratantes, desodorantes e outras substâncias nas
mamas e axilas, pois podem interferir no resultado do exame.
A vacina
contra a covid-19 pode causar erros de interpretação na mamografia?
Sim, pode. Por
causa do aumento de linfonodos no braço em que a paciente recebeu a vacina, a
situação pode ser interpretada erroneamente como um sinal de câncer de mama -
uma vez que a doença também apresenta esse desdobramento. O INCA recomenda que
a mamografia de rastreamento seja feita entre quatro a seis semanas após a
vacinação contra a covid-19.
Mulheres
que estão amamentando podem fazer mamografia?
Não, o exame não é
recomendado caso a mulher esteja amamentando ou grávida. Em situações como
essa, o médico poderá solicitar outros exames de rastreamento que não sejam
prejudiciais para a mãe e para o bebê, como o ultrassom.
O autoexame
substitui a mamografia?
Não! No caso do
autoexame, ele auxilia na detecção de nódulos palpáveis, mas não substitui a
realização da mamografia. “Por isso, caso note sintomas como: alterações de
formato, da pele ou tamanho das mamas, procure um médico o quanto antes para
avaliação e diagnóstico correto”, finaliza Daniel Gimenes.
Grupo Oncoclínicas
https://grupooncoclinicas.com/
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