O esporte conta com três diferentes tipos de arma:
espada, florete e sabre
A
esgrima é a arte de atacar e se defender, manuseando armas brancas. Sua origem
é considerada pré-histórica, já que na antiguidade o ser humano precisava caçar
e garantir sua sobrevivência. Mas existem pessoas que consideram o esporte como
um “xadrez com músculos”, segundo Nicolas Ferreira, atleta esgrimista
patrocinado pelo Mackenzie. Isso porque, para essa prática esportiva, não
adianta só o preparo físico e velocidade, é necessário ter raciocínio técnico e
inteligência para conseguir provocar uma ação do adversário.
Muito
além de uma definição, a esgrima é um esporte com muitas regras e diferentes
armas. Pensando nisso, o atleta separou cinco coisas que você precisa saber
sobre a prática esportiva da esgrima.
1. Os atletas precisam tocar o adversário, mas não ser tocado
“Parece
clichê, mas o principal objetivo da esgrima é tocar sem ser tocado”, explica o
atleta. O jogo de eliminatória vai até 15 toques ou três tempos de três
minutos. É preciso chegar a 15 toques antes do seu adversário ou fazer mais
pontos nesse período de tempo. “Só que não adianta tocar em qualquer lugar, você
tem que tocar na área válida para cada arma”, completa.
As
disputas acontecem em uma pista de 14 metros de comprimento, com cerca de 2
metros de largura, e os atletas ficam a dois metros de distância do adversário.
No momento em que o esportista toca o oponente, a luz do seu lado acende. Isso
acontece porque são colocados sensores na ponta da arma e no uniforme dos
atletas.
2. Tem mais de uma arma!
A
esgrima é dividida em três armas: a espada, o florete e o sabre. As regras são
diferentes para cada uma delas. Enquanto com a espada e florete o toque é feito
única e exclusivamente com a ponta, o sabre pode tocar no adversário tanto com
a ponta quanto com a lateral da lâmina -- “falamos que é por corte”, explica o
atleta.
Segundo
Nicolas, o uso da espada é a forma de disputa mais simples de se compreender.
Se o atleta encosta no seu oponente, sua luz acende e, automaticamente, avança
na pontuação. “Se as duas luzes acendem, é ponto para os dois, toque duplo. Bem
intuitivo e simples de compreender quando se está jogando”.
Já
o florete e o sabre (famoso pelo filme Star Wars) são armas de convenção.
Quando acende uma lâmpada só, assim como na espada, o ponto é para o lado de
quem tocou no adversário. No entanto, se as duas lâmpadas se acendem, quem
iniciou o ataque ou interceptou a lâmina antes terá direito ao toque, ou seja,
soma no placar.
“Aí
está a regra mais complicada da esgrima. Se uma lâmpada só se acender,
perfeito. Mas se forem as duas lâmpadas ao mesmo tempo, é preciso entender quem
iniciou ou quem pegou a lâmina”, exemplifica. Por isso o esporte utiliza o
artifício do vídeo arbitragem, o famoso VAR. “Quando o atleta tem dúvida em uma
ação, ele pode pedir uma revisão em slow motion para ter certeza de que
o árbitro acertou”, conta.
3. Três equipamentos são essenciais para a disputa
O
que não pode faltar para entrar em um combate? A arma, espada, florete ou
sabre; a máscara, erroneamente chamada por muitas pessoas de capacete,
protegendo o rosto; e a roupa de esgrima, feita de Kevlar, material utilizado
nos coletes à prova de bala. “Claro que é mais fino, mas não rasga, ela é
essencial''.
Uma
curiosidade é que, em competições do verão, a esgrima é o esporte em que a
maior parte do corpo está coberta. “Só a mão não armada não se cobre (aquela
que você não está segurando a espada, florete ou o sabre). Então, se você é
destro é a mão esquerda, se você é canhoto é a mão direita”.
4. Não é apenas encostar a arma em qualquer parte do corpo
É
preciso entender a área do corpo válida para pontuação. Na competição com a
espada, é o corpo inteiro, desde a ponta do tênis até o final da máscara. No
florete o atleta deve encostar da cintura para cima, com exceção dos braços e
da máscara. Já no sabre, vale também da cintura para cima, mas incluindo os braços
e a máscara.
5. É proibido encostar seu corpo no adversário
Muitas
pessoas não sabem, mas é proibido contato de corpo a corpo, apesar de ser um
esporte de combate. “Se por acaso, durante o jogo, um adversário encostar o
braço no outro, o juiz para o combate, os atletas se distanciam e retomam a
disputa”, finaliza.
Sobre o Instituto Presbiteriano Mackenzie
É
uma instituição educacional privada, confessional e sem fins lucrativos. Desde
sua fundação, a Instituição é agente de uma série de inovações pedagógicas e
acompanha e influencia o cenário da educação no país. Um de seus principais
objetivos é formar cidadãos com capacidade de discernimento, com critérios e
condições para fazer a leitura do mundo em que vivem, a partir de valores e
princípios eternos, e que sejam aptos a intervir na sociedade.
Ao longo de sua existência,
implantou cursos com o objetivo de abranger novas áreas do conhecimento e
acompanhar o progresso da sociedade com intensa participação comunitária.
Tornou-se reconhecido pela tradição, pioneirismo e inovação na educação, o que
permitiu alcançar o posto de uma das mais renomadas instituições de ensino,
entre as que mais contribuem para o desenvolvimento científico e acadêmico do
País. Como entidade confessional, promove o desenvolvimento de cidadãos que
sejam solidários, responsáveis e busquem a Deus em seus caminhos.
Instituto Presbiteriano Mackenzie
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