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quinta-feira, 18 de novembro de 2021

Novembro Azul: urologista do Hcor responde perguntas mais frequentes sobre câncer de próstata

Especialista relembra que consultas periódicas devem ser feitas por todos os homens acima de 50 anos, ou a partir dos 40 anos, para aqueles que apresentam fatores de risco

 

O câncer de próstata é um dos tipos de tumor mais comuns no mundo. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de 65,8 mil novos casos para cada ano do triênio 2020-2022 no Brasil.

"Apesar da alta incidência, se diagnosticados precocemente, os tumores de próstata têm chances de cura acima de 90%", comenta Antonio Corrêa Lopes Neto, urologista do Hcor - hospital multiespecialista de São Paulo.

A instituição, inclusive, registrou recentemente o retorno gradual dos homens aos cuidados com esse diagnóstico precoce. De acordo com dados da Epidemiologia, o número de coletas de PSA em 2020 caiu 20%, se comparado ao ano de 2019. Agora, com o avanço da vacinação e a retomada das atividades, o comparativo de janeiro a setembro de 2021 com o mesmo período de 2020 aponta um aumento de 22% nesses exames.

"A ida aos consultórios e a realização de exames de sangue e toque permite não somente o diagnóstico precoce do câncer de próstata, como também identificar quadros de prostatite - infecção ou inflamação da próstata - e hiperplasia benigna da próstata, que significa aumento de tamanho da glândula", explica.

Segundo o especialista, isoladamente o PSA não auxilia na tomada de condutas clínicas. Por isso, a comunidade médica defende uma avaliação que contemple análise de fatores de risco e histórico familiar, bem como a realização do toque retal e outros exames complementares, conforme as necessidades de cada caso.

A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) orienta que consultas periódicas devem ser feitas por todos os homens acima de 50 anos, ou a partir dos 40 anos, para aqueles que apresentam fatores de risco, tais como pacientes afrodescendentes, histórico de câncer de próstata na família ou obesos.

Abaixo, o urologista do Hcor esclarece outras dúvidas frequentes relacionadas à doença.


• Quais são os sintomas mais comuns do câncer de próstata?

No início, a maioria dos cânceres são silenciosos. E o tumor de próstata também tem essa característica. "Sinais e sintomas como micção frequente, fluxo urinário fraco ou interrompido, vontade de urinar frequentemente à noite, sangue na urina ou no sêmen, não significam a presença de um câncer de próstata, podendo refletir apenas aumento benigno da glândula ou algum quadro infeccioso. Casos mais avançados podem apresentar sinais de doença consumptiva, como emagrecimento e dores ósseas", explica Corrêa.


• Quanto tempo dura o exame de toque retal?

O exame de toque retal é um procedimento muito rápido, que dura em torno de 10 segundos. "Nesse breve espaço de tempo, já é possível que o médico verifique se há regiões irregulares na próstata, principalmente nódulos e áreas endurecidas".


• O câncer na próstata causa incontinência urinária?

A presença do câncer de próstata não necessariamente é acompanhada de incontinência urinária. A perda da capacidade de controlar a urina, conhecida como incontinência urinária, é bastante comum em homens que já passaram por cirurgia ou radioterapia para tratamento do câncer de próstata. "Entretanto, atualmente, existem tecnologias que permitem que esses quadros sejam temporários e o paciente pode recuperar o controle total da bexiga", comenta o médico.


• Todo tipo de tratamento contra câncer urológico pode causar impotência sexual?

Não é todo câncer urológico que causa impotência sexual após o tratamento. O quadro depende da condição física prévia do paciente, assim como o tipo e o nível do tumor. "Hoje em dia, muitos médicos utilizam a cirurgia robótica para operar tumores de próstata. Essa técnica minimamente invasiva ajuda a proteger os tecidos e músculos da região. Além disso, existem alternativas para amenizar o problema, como tratamentos hormonais, medicamentos ou próteses penianas", reforça o urologista.


• Posso ficar infértil após o tratamento contra um câncer urológico?

A depender do tipo do câncer, saúde e idade do paciente, bem como do tratamento adotado, o homem pode, sim, ficar infértil. Portanto, recomenda-se que o paciente converse com o médico para pensar em alternativas de preservação de espermatozoides, se necessário", conclui.


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