O canabidiol, uma das substâncias encontradas na planta Cannabis, pode ajudar na performance de atletas
A perfeição no esporte
e uma vida sem dores físicas é algo quase que impossível de atingir. Atletas de
alta intensidade, vivem a procura de substâncias que possam melhorar seu
desempenho e aliviar o sofrimento físico, isso porque os suplementos devem ser
seguros e de preferência naturais, além de obrigatoriamente estarem em
concordância com as leis antidopagem.
Remédios à base de
cannabis medicinal podem ser opções para ajudar os atletas com o tratamento de
dor. Em discussões sobre o canabidiol (CBD), que em 2018 foi excluído da lista
de substâncias proibidas pela Agência Mundial Antidopagem (WADA), alguns
médicos alertaram que essa mesma substância podia ser uma solução para
competidores superarem lesões e dores musculares.
O periódico Sports
Medicine, em junho de 2020, publicou um artigo intitulado "Cannabidiol and
Sports Performance: a Narrative Review of Relevant Evidence and Recommendations
for Future Research", sobre estudos pré-clinicos que sugerem o CBD como
uma substância útil para atletas.
Os autores do
documento descobriram que o CBD realmente pode promover efeitos fisiológicos,
bioquímicos e psicológicos potencialmente benéficos para os atletas. "O
uso do CBD antes do treino diminui o stress em aproximadamente 80% e aumenta a
concentração na atividade física. Após a atividade o uso do CBD ajuda a
diminuir a dor e acelerar a recuperação muscular graças as suas propriedades
analgésicas, anti-inflamatórias, regeneradora e relaxante muscular, eliminando
também as câimbras. Outro ponto importante é que o CBD melhora o sono e,
atualmente, está bem estabelecida a importância do sono na regeneração muscular
e diminuição do stress", explica a médica Maria Teresa Jacob, que trabalha
com o tratamento de dor crônica há mais de 20 anos e é atuante em medicina
canabinóide.
Uma dúvida que fica é
sobre a quantidade de CBD mais adequada para o organismo de um atleta.
"Como em atletas é utilizado somente o CBD, não existe quantidade limite
que possa ser relacionada com doping. O importante é uma dosificação específica
para cada atleta pois o sistema endocanabinoide é extremamente individual.
Desta forma conseguimos a dose adequada para cada um", conta a médica
Maria Teresa, de acordo com sua experiência.
"O uso deve ser
sob prescrição médica, feita por profissionais com especialização em sistema
endocanabinoide e em cannabis medicinal", completa a médica.
Dra. Maria Teresa Jacob -
Formada pela Faculdade de Medicina de Jundiaí em
1982, com residência médica em Anestesiologia no Instituto Penido Burnier e
Centro Médico de Campinas. Possui Título de Especialista em Anestesiologia,
Título de Especialista em Acupuntura e Título de Especialista em Dor.
Especialização em Dor, na Clinique de la Toussaint em Strassbourgo, França em
1992, Cannabis Medicinal e Saúde, na Universidade do Colorado, Cannabis
Medicinal, em curso coordenado pela Dra. Raquel Peyraube, médica uruguaia
referência mundial na área. Membro da Sociedade Internacional para Estudo da
Dor (IASP), da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED), da Sociedade
Internacional de Dor Musculoesquelética (IMS), da Sociedade Européia de Dor
(EFIC), da Society of Cannabis Clinicians (SCC) e da International Association
for Canabinoid Medicines (IACM). Atua no tratamento de Dor Crônica desde 1992 e
há alguns anos em Medicina Canabinóide em diversas patologias em sua clínica
privada localizada em Campinas.
Bem - Medicina Canábica e Bem Estar
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