O INCA - Instituto Nacional de Câncer prevê que a cada ano
do triênio 2020/2022, 65.840 novos casos de câncer de próstata sejam
diagnosticados no Brasil e cerca de 15 mil pacientes venham a falecer. De
acordo com o urologista Karlo Danilson de Moraes Sousa, do Hospital Santa Casa
de Mauá, o movimento Novembro Azul alerta sobre a importância da prevenção e do
diagnóstico precoce como forma de elevar as chances de cura.
Quando está no início, a doença não apresenta sintomas, o
que torna a prevenção ainda mais importante. “A confirmação é feita por uma
biópsia, que normalmente é indicada após alguma alteração no exame de sangue
(PSA) ou no toque retal, sendo esses dois últimos, recomendados para os homens
que já passaram dos 40 anos de idade e realizados de forma preventiva
anualmente”, esclarece o médico.
O diagnóstico precoce torna possível o tratamento curativo
da doença. Em algumas situações é possível o seguimento vigiado, conhecido como
Active Suveillance, com diagnósticos cada vez mais no início.
Alguns fatores colaboram para o desenvolvimento do câncer de
próstata como a idade, histórico familiar, sobrepeso, tabagismo e obesidade.
Portanto, adotar bons hábitos ajudam na prevenção, como uma dieta rica em
frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, com menos gordura, além
de atividades físicas e redução no consumo de álcool.
Em estágios mais avançados, alguns sintomas que podem identificar
a doença são dificuldade para urinar, sangue na urina, diminuição do jato de
urina, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite. Vale
destacar, que esses sintomas também podem ocorrer devido a doenças benignas da
próstata como hiperplasia benigna ou prostatite, inflamação geralmente causada
por bactérias.
O tratamento dependerá do estágio da doença, sendo que tanto
a cirurgia quanto a radioterapia são consideradas métodos curativos nos casos
iniciais. “Em casos avançados é preciso uma associação desses métodos e do
tratamento hormonal, além de outros paliativos, pois as definições sobre como
tratar a doença somente ocorrerá após análise dos riscos, benefícios e melhores
resultados para cada paciente, conforme estadiamento da doença e condições
clínicas”, explica o urologista Karlo Danilson de Moraes Sousa.
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