Projeto de Lei amplia cirurgia plástica
reparadora para todas as mutilações
#OutubroRosa
O
tratamento do câncer de mama pode ser mutilador. Isso porque além de
deformidades que a doença pode causar na mama, a paciente precisa lidar com o
impacto emocional. Nos casos em que a cirurgia é indicada como parte do
tratamento do câncer, existem os diversos tipos como: setorectomia,
quadrantectomia, adenomastectomia, mastectomia, mastectomia radical,
mastectomia radical modificada, mastectomia com preservação de pele etc. A
retirada do tumor pode ser conservadora, ressecando parcialmente a mama,
ou ressecando totalmente a mama, podendo ou não preservar pele e mamilo.
A
reconstrução da mama dependerá, principalmente, do tratamento cirúrgico
proposto. Quando é realizado um tratamento mais conservador, é possível
utilizar os tecidos remanescentes para a reconstrução mamária, e, em alguns
casos, o resultado obtido é semelhante ao de uma cirurgia estética de redução
mamária ou mastopexia, e podendo optar ou não o uso de implantes de silicone.
Nos
casos com uma ressecção mais ampla da glândula mamária pode ser necessário o
uso de expansor mamário, ou até mesmo a realização de retalhos para trazer
tecidos das costas ou do abdômen para refazer a mama ou cobrir e proteger uma
prótese de silicone.
Expansor
- O expansor é parecido com uma bexiga. Nele é infiltrado o
soro que faz com que a pele ganhe elasticidade para que no futuro possa trocar
o expansor por uma prótese de mama.
Quando
se retira muita pele na cirurgia, pode ser necessário a mobilização de tecidos
de outras regiões do corpo, que chamamos de retalho. Um dos retalhos mais
comuns na reconstrução mamária é com o músculo latíssimo do dorso (ou grande
dorsal), com uma ilha de pele.
“Outro
retalho muito conhecido e utilizado é o TRAM, que é baseado no músculo reto
abdominal, e possui um resultado semelhante a uma abdominoplastia. Além disso,
existem outras técnicas mais refinadas de reconstrução de mama, com transplante
de tecido do próprio paciente para a mama. Exemplo do glúteo e da coxa”,
explica Dr. Fernando Amato, cirurgião plástico e membro da Sociedade Brasileira
de Cirurgia Plástica (SBCP).
Depois
da mama, é a vez de reconstruir a aréola e a papila e isso pode ser feito com
retalhos de pele do local e enxerto de pele. Uma técnica menos invasiva e que
pode ser indicada pelo cirurgião também é a micro pigmentação.
O
Projeto de Lei 9657/18, aprovado recentemente pela Comissão
de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, ampliou as leis
existentes para os casos de cirurgia plástica reparadora para todas as
mutilações. A realização de cirurgia plástica reparadora, com ou sem o uso de
dispositivo médico implantado (ex: prótese de silicone), é garantida pelo
Sistema Único de Saúde (SUS) e pelos planos de saúde. “Vale lembrar que também
é direito da paciente realizar a plástica na mama sadia, para deixá-la mais
parecida com a mama reconstruída”, ressalta Dr. Amato.
Dr. Fernando
C. M. Amato – Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia
Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular
pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade
Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de
Cirurgiões Plásticos (ASPS).
Instagram: https://www.instagram.com/meu.plastico.pro/
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