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quarta-feira, 6 de outubro de 2021

Analfabetismo funcional está entre os responsáveis pela piora da economia brasileira

Divulgação istock 

Governo federal e estadual estudam opções para reinserção dessa parcela no mercado de trabalho
 


 

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mais de 11 milhões de brasileiros não são capazes de escrever bilhetes simples. Conhecidas como “analfabetos funcionais”, essas pessoas foram as mais atingidas pelo mau momento da economia. Com demandas mais baixas e alta procura, pessoas mais qualificadas acabam por ser priorizadas durante os processos de recrutamento, e isso impacta em um número maior de desempregados, o que consequentemente expõe o país a uma piora na economia.

 

Ainda que esteja em queda em relação ao ano anterior, o número de pessoas com escolaridade baixa ou nula é de 6,6%, segundo dado exposto pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). As áreas em que a concentração de analfabetos é mais alta estão nos setores de serviços domésticos, agrícolas e de construção civil. Essas profissões, além de não exigirem que o grau de escolaridade dos contratados seja elevado, acabam por não estimulá-los a buscar mudanças nessa situação. Existem projetos federais e estaduais de incentivo à educação, como o EJA (Escola de Jovens e Adultos), que atendem pessoas de todas as faixas etárias que pretendem continuar seus estudos. O ideal é que o acesso a esses projetos seja facilitado, para que mais pessoas sejam expostas a uma possível mudança social.

 

Dentre as opções para melhora na economia, a PLOA (Proposta de Lei Orçamentária Anual 2022) prevê a abertura de concursos públicos para todos os graus de escolaridade. A ideia é de que, além de provimentos (vagas destinadas a candidatos aprovados em concursos anteriores), novas provas sejam aplicadas e novas vagas de emprego sejam abertas. 

 

Como é sabido, não só o grupo de pessoas com escolaridade mais baixa foi afetado nesse momento; inúmeras pessoas com formação superior também se encontram desempregadas. Os maiores índices estão nas regiões Norte e Nordeste, somando quase 32% de moradores fora do mercado de trabalho. Como solução, alguns órgãos governamentais confirmaram a abertura de provas para os mais diversos segmentos. Como exemplo (e para nível superior), podemos citar o concurso SEFA PA, que foi confirmado no último dia 22 de setembro de 2021, e abrirá 144 vagas para auditores fiscais junto à Secretaria de Estado da Fazenda do Pará.

 

Algumas medidas têm sido estudadas para reinserir a maioria dos cidadãos no mercado de trabalho. O surgimento de novas vagas tende a ampliar o acesso a alguns setores e, com isso, fazer com que mais oportunidades surjam em decorrência desse aumento no número de contratados. O ideal é que mais pessoas estejam empregadas e que, além disso, sejam incentivadas a buscar melhores opções e tenham acesso à educação de qualidade.

  

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