Especialista da
startup de aluguel de carros para motoristas de app orienta como se organizar
sem um salário fixo
De acordo com a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil existem 24,5 milhões de trabalhadores autônomos. Dentre eles, 4 milhões atuam como motoristas de aplicativos. Pensando em ajudar os profissionais que dependem de uma renda variável, Rodrigo Sousa, Controller da Kovi, maior startup de locação de veículos para condutores de app, separou dicas para auxiliar no planejamento financeiro dos brasileiros que não recebem um salário fixo. Confira as dicas:
1- Evite parcelamento de compras: O cartão
de crédito pode ser um grande aliado em muitos momentos, mas para quem não tem
uma renda fixa ele pode se tornar um problema. Quando não se sabe ao certo
quando vai receber nos próximos meses, as compras parceladas em um longo prazo
podem sair do controle. Sempre que possível pague à vista ou parcele, dentro do
seu orçamento, em um curto período de tempo.
2- Controle seu fluxo financeiro: Faça um
controle de gastos com todas as entradas e saídas, sem deixar nem mesmo o
cafezinho de fora. Pode ser feito em planilhas ou aplicativos próprios para
esse objetivo. Isso permitirá que você tenha o controle da sua situação
financeira e não tenha surpresas no fim do mês.
3- Faça uma reserva de emergência: Mesmo com
uma renda variável é possível se organizar para separar um valor destinado à
reserva de emergência. Use seu controle de gastos para saber onde pode
economizar para destinar esse valor para a reserva. Até mesmo quem tem uma
renda fixa precisa de um valor para imprevistos e, no caso dos profissionais
que não tem renda fixa, essa necessidade é ainda maior. Levando isso em conta,
uma opção é definir um valor mínimo que irá guardar, por exemplo, R$50 ou R$100
e evitar mexer ao máximo. Ao final de um ano, se você guardar R$50 mensais,
terá R$600 para essa reserva. Importante: essa reserva deve ser um fundo
emergencial e não um valor disponível para usar aleatoriamente no mês seguinte
4- Defina metas:
Profissionais autônomos geralmente recebem de acordo com o quanto trabalham.
Por isso, definir metas é importante. Faça um cálculo de quanto você precisa
receber para cobrir seus gastos fixos, ter uma reserva de emergência e ainda
sobrar um valor para gastos extras e defina sua meta acima desse valor. Com
isso, você trabalha tendo uma ideia de quanto precisa fazer na semana ou no mês
e se programa para isso. Existirão períodos mais fáceis de bater as metas e
outros mais difíceis, mas com o teto mais alto os melhores meses podem
compensar os ruins. Além disso, a definição das metas deve ser realista, com
base no histórico de gastos, para que seja algo atingível.
5 - Compare preços: A
comparação é uma grande aliada da organização financeira, pois permite que você
economize em qualquer área. Os motoristas de app, por exemplo, podem comparar
os preços de aluguéis de carro e postos de gasolina mais baratos. Tudo isso
influencia no saldo final, pois quando os custos são reduzidos, automaticamente
os lucros sobem.
“Se por ventura, após iniciar o controle
financeiro, perceber que os gastos mensais são maiores que as receitas
variáveis médias, um ajuste nos custos são necessários. Para isso, priorize as
despesas básicas. Depois, deve-se focar nos pagamentos de dívidas já negociadas
e reservas de emergência. Por fim, pode-se focar nas despesas não essenciais,
como academias, cinemas, etc. Essa priorização não significa que não deve ter esses
gastos ditos "não essenciais", ele apenas não deve ser colocado
sempre à frente dos demais custos essenciais que poderão afetar, inclusive, na
geração de renda”, explica Rodrigo.
Kovi
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