Consultor financeiro e psicólogo cadastrados no GetNinjas explicam a importância de dialogar sobre o dinheiro dentro de casa com os familiares
A pandemia impactou as finanças de inúmeras pessoas. Segundo um estudo do iDados, oito em cada dez famílias de renda média viram a renda diminuir. Para dois em cada dez domicílios, a queda varia entre 50% a 80%. Com tal revés, os brasileiros precisaram se reinventar e reorganizar o orçamento por meio do diálogo. Porém, falar de dinheiro não é tarefa fácil. Para mudar esse tabu, Abel Antônio, psicólogo que atende pelo GetNinjas, maior aplicativo de contratação de serviços do Brasil, diz que o dinheiro funciona como um "combustível" que possibilita a participação da família em diversas instituições sociais, tais como: emprego, escola, lazer e moradia.
"Dessa forma, qualquer fala que traga à tona a menção a esse combustível (dinheiro) gera desconforto, pois carrega um reescalonamento de prioridades, principalmente pela possibilidade real da escassez desse recurso, limitando as expectativas de sucesso social", comenta Abel. Apesar da resistência que o assunto causa, o diálogo e a transparência são essenciais nas famílias, principalmente durante momentos de crise financeira. Em tais situações difíceis, o profissional fala que ao se verem incapazes de obter renda, pais e/ou provedores, se veem incapazes como membros da família, o que causa sofrimento psíquico.
O diálogo também é defendido por Claudio Munhoz, consultor financeiro cadastrado no GetNinjas. Segundo o profissional, é de extrema importância acompanhar o orçamento doméstico com regularidade para que possíveis desvios sejam observados e para que se faça a "correção de rota" necessária. Caso contrário, a falta de diálogo pode desgastar a relação familiar, já que podem haver gastos feitos sem o consentimento de todos os integrantes da casa. "Por exemplo, quando não há uma conversa franca, há o risco de alguém comprar um eletrônico que almejava, enquanto os demais gostariam de fazer uma reforma na casa", exemplifica o consultor.
Sendo assim, é recomendado que as famílias façam reuniões periódicas pautadas na transparência e confiança, já que não há assuntos que não possam ser compartilhados. "A principal dica para a implementação das reuniões é definir uma data/horário e tratar a ocasião como um compromisso sério. É interessante alinhar uma data fixa na agenda de todos (como por exemplo: toda primeira segunda do mês às 20 horas)", orienta Claudio. Segundo o profissional, alguns temas que podem ser abordados são:
- As finanças do mês anterior e se o orçamento doméstico foi respeitado;
- O que pode ser feito preventivamente para o orçamento se cumpra no próximo mês;
- Andamento dos planos para o futuro e o orçamento de longo prazo para realização dos sonhos.
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