Os tumores mamários correspondem a quase um terço do total
de neoplasias nas mulheres brasileiras e pelo menos 30% dos quadros evoluem
para metástases, mesmo quando o diagnóstico é feito precocemente
A
Pfizer enviou para a CONITEC – Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias
no SUS - os documentos para submissão de Ibrance, terapia inovadora para
tratamento de câncer de mama avançado do tipo hormônio (estrogênio) receptor
positivo (HR+) e HER2 negativo. O produto foi lançado no país em 2018 e é
indicado a pacientes com tumores que crescem em resposta ao hormônio estrogênio
e não estão relacionados à proteína HER2 (human epidermal growth factor
receptor-type 2).1 Há mais de 10 anos não se ouvia falar em um
tratamento inovador de primeira linha para esse tipo de câncer, que representa
a maioria dos casos de tumores mamários. Espera-se que a Consulta Pública para
esse e outros medicamentos seja aberta entre o final de 2021 e o começo de
2022.
Ibrance
está indicado em combinação com o fármaco letrozol como tratamento de primeira linha
para pacientes que não receberam tratamento sistêmico anterior para a doença em
estágio avançado. Como segunda linha, Ibrance pode ser prescrito em associação
com fulvestranto para mulheres com câncer de mama avançado nas quais a doença
tenha progredido durante ou após terapia endócrina.1 O medicamento é
um agente-alvo oral que inibe seletivamente quinases dependentes de ciclina
(CDK4 e CDK6), o que possibilita bloquear a proliferação e crescimento das
células tumorais pela interrupção de seu ciclo celular.2
Submissões
de novas tecnologias aos sistemas público e privado
Desde
2012, as solicitações de incorporações de tecnologias ao Sistema Único de
Saúde, SUS, são avaliadas por uma comissão específica, a CONITEC, que considera
as evidências disponíveis e os estudos econômicos (avaliação econômica e
impacto orçamentário) para recomentar ou não a incorporação da tecnologia em
análise. Após a recomendação, uma consulta pública – mecanismo de participação
social que concede a oportunidade de contribuição e opinião dos interessados
nas decisões de saúde, garantindo voz aos pacientes, familiares e à população
em geral nos processos regulatórios, é realizada. Com base na análise prévia
realizada e nas contribuições recebidas, CONITEC faz a deliberação final. Após
a incorporação, o Ministério da Saúde tem até 180 dias para ofertar a
tecnologia incorporada.
O
Rol de Procedimentos em Saúde do sistema privado também avalia tecnologias para
garantir o direito dos beneficiários de planos de saúde, contemplando procedimentos
considerados indispensáveis ao diagnóstico, tratamento e acompanhamento de
doenças e eventos em saúde. A atualização, realizada pela ANS – Agência
Nacional de Saúde Suplementar, atualmente acontece a cada dois anos, porém esse
processo está sendo revisado, o que pode acelerar esse período de análise.
Desde
o início de 2021, Ibrance, assim como outros tratamentos oncológicos, exames e
cirurgias e procedimentos para tumores de mama, foram incorporados ao ROL pela
ANS e são oferecidos aos pacientes por planos de saúde em todo o Brasil.
Uma
doença multifatorial
O
câncer de mama é uma doença multifatorial e o maior fator de risco é a idade:
três em cada quatro casos são diagnosticados em mulheres a partir dos 50 anos,
segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Mas há outras condições
relacionadas ao desenvolvimento da doença, entre elas aspectos ambientais,
reprodutivos e genéticos. Cerca de 30% dos casos poderiam ser evitados, por
exemplo, a partir da adoção de hábitos saudáveis de vida, como a manutenção do
peso adequado, a prática de exercícios físicos e restrições quanto à ingestão
de bebidas alcoólicas.3,4
Pfizer
Twitter: @Pfizer e @Pfizer News, LinkedIn, YouTube
Facebook.com/Pfizer e Facebook.com/PfizerBrasil.
REFERÊNCIAS:
1. Bula
de Ibrance aprovada pela ANVISA.
2. Finn
RS, Crown JP, Lang I, et al. The cyclin-dependent kinase 4/6 inhibitor
palbociclib in combination with letrozole versus letrozole alone as first-line
treatment of estrogen receptor-positive, HER2-negative, advanced breast cancer
(PALOMA-1/TRIO-18): a randomised phase 2 study. Lancet Oncol. 2015;16(1):25-35.
3. Ministério da Saúde, Instituto Nacional
de Câncer José Alencar Gomes da Silva. 1estimativa 2020 de Incidência de Câncer
no Brasil. Disponível em https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//estimativa-2020-incidencia-de-cancer-no-brasil.pdf , acessado em julho de 2021.
4. Unger-Saldaña
K. Challenges to the early diagnosis and treatment of breast cancer in
developing countries. World J Clin Oncol. 2014 Aug 10;5(3):465-77.
Nenhum comentário:
Postar um comentário