Esta condição pode afetar o dia a dia e principalmente a qualidade de vida das mulheres. Procurar por tratamento aos primeiros sinais é essencial
Incontinência urinária é a perda de urina
involuntária, que pode ocorrer em qualquer fase da vida. As causas são
inúmeras, desde infecção urinária, alterações da bexiga e assoalho pélvico,
além de causas neurológicas. A doença é mais comum em mulheres, principalmente
na pós-menopausa, porém também acomete homens.
No caso da mulher, existem fatores de risco que
precisam receber a devida atenção: “a idade das pacientes também aumenta o
risco, pois a incidência é maior na acima dos 50 anos, a menopausa, o
sobrepeso, sedentarismo, diabetes e o número de gestações implicam neste
fator”, explica a médica ginecologista e obstetra do Hospital Santa Cruz, Drª.
Mariana Romanowski (CRM 31155 PR RQE 3050).
Existem diferentes tipos de incontinência urinária
e dentre os principais destacam-se: urgeincontinência, em que a mulher, ao
sentir vontade de urinar, não consegue chegar ao banheiro sem perder urina; e a
perda urinaria de esforço, quando a perda de urina ocorre ao aumento da pressão
do abdome, como ao tossir ou espirrar. “Em qualquer situação, a incontinência
urinária deve ser sempre tratada, pois prejudica a qualidade de vida, o lado
psicológico e aumenta a chance de dermatites e infecções. Se logo que a mulher
perceber qualquer um dos sintomas citados procurar um especialista, a chance de
sucesso no tratamento é bastante grande”, afirma a especialista.
Uma causa comum e frequente da
incontinência urinária é o pós-parto. Esta, deve-se a falta de estrogênio,
hormônio responsável pelo desenvolvimento dos caracteres sexuais femininos,
controle do ciclo menstrual e desenvolvimento do útero, que é transitória nesta
fase. “A incontinência no pós-parto costuma resolver-se espontaneamente, porém
a fisioterapia pélvica pode ser de grande auxílio, a fim de promover uma
recuperação mais rápida e eficaz”, completa a Drª.
Tratamento
Ainda que o tratamento com
fisioterapia seja fundamental em praticamente todos casos de incontinência
urinária, o tratamento cirúrgico também pode ser indicado. O mais usual e
minimamente invasivo é o implante de sling na uretra: “Várias técnicas são
possíveis, mas o mais comum é utilizar telas especiais que sustentam os
músculos do assoalho pélvico, que tem por objetivo aumentar a resistência
uretral e diminuir a perda da urina”, explica Romanowski.
Prevenção
Algumas dicas podem ser levadas em consideração na
prevenção da incontinência urinária:
- A incontinência urinária não é incomum na vida
das mulheres, principalmente depois dos 50 e 60 anos, porém há tratamento, que
podem melhorar a autoestima e qualidade de vida da paciente;
- Faça exercícios regularmente;
- Controle o ganho de peso na gestação, praticar
exercícios para fortalecer o assoalho pélvico também pode ser útil na prevenção
da incontinência urinária;
- Procure o médico assim que apresentar sintomas,
para o diagnóstico correto da causa e tratamento.
Hospital Santa Cruz
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