- Sintomas são pouco discutidos e a condição
ainda é subdiagnosticada;Foto por: piksuperstar - Disponível em br.freepik.com
- Desconforto afeta a autoestima e impacta a qualidade de vida;
Questões culturais, constrangimento e receio
estão entre os principais tabus na hora de falar sobre a saúde íntima da mulher.
Com o passar dos anos, durante o climatério, essa situação pode ficar ainda
mais complexa. A atrofia vaginal, também conhecida como vaginite atrófica,
ocorre quando há o afinamento e a inflamação das paredes vaginais devido ao
declínio do hormônio estrogênio, que deixa de ser produzido pelos ovários.
"A atrofia vaginal é um dos sintomas da
pós-menopausa que, geralmente, acomete as mulheres a partir dos 50 anos de
idade. Entre os sinais mais comuns estão a secura, queimação, irritação,
coceira e dor durante a relação sexual. É preciso ter consciência sobre essa
doença e saber que existe tratamento", destaca o ginecologista, Luciano
Pompei.
O diagnóstico da atrofia vaginal é feito por meio da avaliação dos sinais e
sintomas e exame ginecológico. "Uma das questões que dificultam o
diagnóstico assertivo da atrofia vaginal é o fato de muitas mulheres
acreditarem que os sintomas são parte natural do envelhecimento, e isso não é
verdade. A vergonha de falar sobre o assunto, também costuma ser uma barreira
para o tratamento. Sentir dor durante a relação sexual, por exemplo, não é
normal. Todo e qualquer sintoma relacionado à saúde da vagina deve ser relatado
aos profissionais de saúde", afirma o especialista.
Tratamento
No Brasil existem diversos tratamentos disponíveis para esta condição. Entre
eles, lubrificantes vaginais sem ingredientes hormonais ativos, hormônios na
forma de creme vaginal ou óvulos e comprimido de estradiol, lançado
recentemente. "Trata-se de um comprimido, intravaginal, que proporciona
uma liberação gradual e controlada do estradiol (um tipo de estrogênio que o
corpo produz) nas células da mucosa vaginal. É um tratamento seguro e eficaz de
longo prazo. Quanto mais cedo for iniciado, melhor para a paciente",
explica o especialista.
O medicamento deve ser administrado, com orientação médica, em três etapas: na
primeira e segunda semana de uso é necessária uma aplicação diária do
comprimido, já no período de manutenção, a aplicação é mais espaçada, duas
vezes por semana.
"A fácil administração do comprimido e eficácia comprovada gera uma grande
aderência ao tratamento. Os incômodos causados pela atrofia vaginal têm um
impacto significativo não apenas no bem-estar físico, mas também no emocional e
psicológico da mulher", ressalta Luiz Steffen, diretor médico da Besins
Healthcare, laboratório responsável pela terapia.
Referências:
[1]Nappi RE, Kokot-Kierepa M. Vaginal Health:
Insights, Views and Attitudes (VIVA) - results from na international
survey.Climacteric.2021;15(1):36-44
[2]Cardozo L, Bachmann G,
McClish D, Fonda D, Birgerson L. Meta analysis of strogen therapy in the
mnagement of urogenital atrophy in postmenopausal women: second reporto f the
Hormones and Urogenital Therapy Committee. Obstet Gynecol. 1998 Oct; 92(4 Pt
2):722-7.
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