Depois de quase 2 anos sem realizar eventos com público, São Paulo volta a sediar a F1, marco para o inicio da retomada gradual no setor da indústria do entretenimento
Com previsão para ocorrer entre os dias 5 e 7 de novembro
no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, o primeiro lote de vendas de ingresso
se esgotou em poucos dias. Vale ressaltar que o ingresso mais barato para os
três dias do evento, custam em torno de R$ 650 reias e os de valores mais
elevados podem ultrapassar R$ 20.000 mil reais.
Embora a capacidade de ocupação do autódromo seja
reduzida e os organizadores garantem seguir todos os protocolos de higiene e
segurança contra o Coronavírus, a pergunta que muitos se fazem é “Convém
realizar este evento no Brasil, com um número de óbitos alarmante, sendo São
Paulo a cidade que registra o maior número de contaminados e óbitos no
país?”.
Na contramão dessas questões também se encontra outro
dilema, com o contraponto da questão econômica para se realizar o evento.
Sabemos que se trata de uma modalidade com um público de alto poder aquisitivo,
que podem trazer recursos para setores que estão em crise na cidade e reaquecer
a atividade econômica. Dentre eles: transporte aéreo e terrestre, turismo,
hotelaria, bares e restaurantes, boates entre outros.
Estudos indicam que em média a Formula 1 movimenta em
apenas esses 3 dias um montante superior a R$ 320 milhões de reais (mais de R$
100 milhões por dia), com um média de 150 mil pessoas presentes no evento, na
cidade e no entorno, destes 85 mil são turistas e 20% estrangeiros.
Muitas dúvidas ainda precisam ser esclarecidas, muito
embora o evento já possua o alvará para ocorrer, com o consentimento da
prefeitura, questões práticas precisam ser sanadas, como por exemplo: quanto à
prefeitura investiu no evento? Será preciso ter tomado às duas doses da vacina
para ter acesso? Como será o controle das equipes, dos pilotos e de todos os
profissionais envolvidos?
Estamos falando em números absolutos que cada equipe
possuiu uma média de 1970 profissionais envolvidos. Ao todo são 10 equipes,
então a estimativa de profissionais envolvidos gira em torno de 19.700 pessoas.
Como estes ficarão hospedados em seus respectivos hotéis, o contato com outras
pessoas? Como se dará o monitoramento para evitar se contagiar ou contagiar
outros pela Covid-19?
Em síntese sabemos que se trata de um evento colossal e
consagrado, presente no calendário da cidade, que possui adesão da maior parte
da nação. Essa será a 73ª temporada e muitos querem ouvir o barulho dos
motores, ver a velocidade dos carros e sentir a emoção da pista. Qual a sua
opinião, deve ou não ser realizado a F1 no Brasil?
Rodrigo Lico - graduado em
Publicidade e Propaganda; jornalista diplomado; pós-graduado em Comunicação Organizacional;
colunista editorial; comentarista; analista politico e econômico; estrategista
em comunicação, mídia e marketing nos meios de comunicação; coach em formação,
consolidação e consagração de imagem pessoal e institucional e digital
influencer.
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