Rinite afeta cerca de 30% da população brasileira
Rinite
é uma inflamação da mucosa nasal causada pela ação de agentes infecciosos,
alergênicos ou de hiper-reatividade. Infelizmente, as temperaturas baixas
aumentam os sintomas.
A rinite pode ser classificada em rinite alérgica, não alérgica e infecciosa.
Rinite alérgica é a mais comum, caracterizada por um processo inflamatório
crônico da mucosa nasal causada por alérgenos. O otorrinolaringologista Dr.
Alexandre Colombini aproveita o Dia Mundial da Alergia (08/07) para explicar
sobre tratamentos e dicas de prevenção sobre essa doença, que atinge certa de
30% da população brasileira.
“Acredita-se que um em cada três indivíduos apresentem processo alérgico ativo
e que três em cada quatro indivíduos desenvolvem reação alérgica pelo menos uma
vez na vida”, explica Colombini, que acaba de lançar um e-Book gratuito (https://www.dralexandrecolombini.com/ebooks),com
participação especial do Dr. Bactéria, o biomédico Roberto Martins
Figueiredo.
No livreto online, Dr. Alexandre ressalta os sintomas característicos de rinite
alérgica, entre os quais rinorreia (secreção nasal excessiva), prurido,
congestão nasal e espirros. E ressalta que pode ocorrer: edema periorbitário,
tosse seca, dispneia e disfonia.
“Em alguns pacientes, pode desencadear sinusite, otite média, conjuntivite,
faringite, laringite e asma. Os pacientes também podem descobrir reações
cruzadas, por exemplo, os alérgicos a pólen da bétula podem descobrir que
também são alérgicos à casca de maçã. Um sinal claro dessa ocorrência é a
presença de prurido na garganta após ingerir uma maçã, ou mesmo espirros após
descascar esta fruta. Isso ocorre devido às semelhanças das proteínas do pólen
e dos alimentos. Há muitas substâncias com reações cruzadas” ressalta o médico.
Segundo o otorrino, para o diagnóstico, é preciso fazer uma boa consulta e
realizar exame físico cuidadoso. O tratamento da rinite alérgica consiste em
quatro estratégias principais:
1. Medidas para controlar o ambiente e evitar alérgenos
Evitar o máximo possível a exposição a alérgenos como pólen, ácaros e mofo.
2. Farmacoterapia: Anti-histamínicos orais, anti-histamínicos associados aos
descongestionantes, outros fármacos como corticosteroides orais e tópicos
nasais e antileucotrienos. Geralmente, para o tratamento da rinite alérgica, os
anti-histamínicos de segunda geração são preferíveis aos de primeira
geração.
3. Imunoterapia: Este tratamento pode ser considerado mais eficaz nos casos de
difícil controle, quando há resposta inadequada às outras opções de tratamento
e na presença de comorbidades ou complicações. Frequentemente, a imunoterapia é
combinada com a farmacoterapia e o controle do ambiente.
4. Cirurgia: Embora não haja um tratamento cirúrgico para a rinite alérgica, a
cirurgia pode ser indicada no tratamento de comorbidades, como obstrução nasal
por desvio do septo importante ou hipertrofia do corneto nasal inferior,
hipertrofia de tonsilas faríngeas ou sinusite refratária e suas
complicações.
“A melhor prevenção da reação alérgica é evitar os alérgenos que a causa, além
do controle ambiental, protegendo-se de ácaros e fungos. Em algumas situações
pode ser útil evitar também o contato com animais de estimação. A educação dos
pacientes, familiares e outros indivíduos próximos a ele é um elemento
fundamental para promover aderência terapêutica e melhorar os resultados do
tratamento da rinite alérgica”, finaliza Dr. Alexandre Colombini.
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