Pelo segundo ano, Dia do Abraço é celebrado com distanciamento social
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Pelo segundo ano
consecutivo, o Dia Nacional do Abraço será comemorado seguindo as orientações
de distanciamento social para conter a propagação da Covid-19. Especialista dá
dicas para amenizar a falta do contato social
Mais de um ano após o início da pandemia, os
brasileiros vão passar mais um Dia do Abraço, celebrado no próximo sábado (22),
distantes de quem amam por conta do distanciamento social para evitar a
disseminação da Covid-19. Enquanto a maior parte da população brasileira ainda
não está vacinada, as medidas sanitárias devem ser seguidas, inclusive
evitando-se os abraços.
De acordo com a psicóloga Daniela Dias Barros
Schmidt, que atende no Órion Complex, em Goiânia, o abraço é um importante meio
de fazer vínculos com familiares e amigos, algo que, desde a infância, se faz
necessário para a convivência humana. “O abraço, assim como o contato físico, é
uma demonstração de sensibilidade e carinho, que traz um sentimento de
pertencimento. Como estamos em um momento de isolamento social, passamos a
sofrer algumas consequências que podem resultar em doenças”, destaca a
psicóloga.
Segundo Schmidt, a falta de contato físico pode
provocar aumento de casos de depressão e ansiedade. De acordo com pesquisa da
Universidade de São Paulo (USP), levando em consideração 11 países, o Brasil é
o país com o maior número de casos de ansiedade (63%) e de depressão (59%). A
pesquisa foi feita com cerca de 1.500 pessoas e também contou com a
participação de Irlanda, Bulgária, China, Cingapura, Espanha, Estados Unidos,
Índia, Macedônia, Malásia e Turquia.
“Com as restrições, as pessoas passaram a ter
menos contato com seus amigos e familiares e houve uma redução de atrações de
lazer e entretenimento. A vida vai ficando mais entediante porque perdemos
justamente esse sentido do contato. O humor vai sendo deprimido, mas temos que
lembrar que é algo passageiro e ter resiliência para passar por esse momento”,
detalha a psicóloga.
Entre as alternativas para superar esse momento
de dificuldade e distanciamento, Schmidt destaca que é imprescindível manter
diálogo virtual com pessoas do nosso ciclo social e de trabalho. “Também é
fundamental encontrar maneiras de fazer com que a vida tenha sentido e fazer
coisas que gostamos durante o nosso dia a dia, como ver filmes, caminhar, fazer
atividades físicas em parques ou até mesmo em casa. Isso é importante porque
mobiliza a nossa energia interna para que a vida continue”, orienta a
psicóloga. “Já pessoas que têm predisposição a ter quadros mais graves, como
ansiedade e depressão, é necessário buscar um psicólogo e, se necessário, um
psiquiatra”, completa.
Abraço ainda deve ser evitado
Apesar do avanço da vacinação contra a Covid-19
em grupos de risco, a orientação é de que o contato físico seja evitado e o
distanciamento social continue sendo seguido como um instrumento para conter a
disseminação do vírus. Segundo a infectologista Juliana Barreto, a volta do
contato físico só deve ser pensada quando cerca de 70% da população estiver
imunizada.
“Este ainda não é momento de se pensar em abraço
porque ainda não temos uma grande parcela da população vacinada”, destaca a
infectologista, também ressaltando que a orientação serve para a manutenção de
outras medidas para diminuir a propagação do vírus, como o uso das máscaras.
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