O PMMA não tem o uso proibido, mas deve ser utilizado com extrema limitação, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia Foto: divulgação |
Utilizado largamente em harmonização facial, o polimetilmetacrilato, ou PMMA, tem causado deformidades e outros problemas que requerem cirurgia para serem reparados. Dermatologista alerta para os perigos do uso do material
Apesar de muitas restrições apontadas pela
Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e dos severos efeitos colaterais que
provoca no organismo, o polimetilmetacrilato, ou PMMA, ainda é uma substância
amplamente aplicada em procedimentos estéticos, como preenchimento facial e
corporal. O uso inadequado do material pode causar deformidades, inflamações,
nódulos, necrose e até a morte. No Brasil, são milhares os pacientes que
relatam problemas decorrentes da aplicação do produto; pela gravidade, alguns
são divulgados com destaque pela mídia. “Há inúmeras situações em que as
pessoas ficaram criticamente comprometidas. Por isso, é fundamental alertarmos
sobre as sérias consequências da aplicação do PMMA”, afirma o dermatologista
Dário Rosa.
O polimetilmetacrilato (PMMA), material para
preenchimento de diferentes áreas do corpo e da face, não tem o uso proibido,
mas deve ser utilizado com extrema limitação, segundo a SBD, em concordância
com o Conselho Federal de Medicina (CFM).
Diferentemente do ácido hialurônico, produto
biocompatível e seguro, largamente utilizado em procedimentos de preenchimento,
o PMMA não é absorvido pelo organismo. “Em comparação com o ácido hialurônico,
o PMMA é extremamente barato”, diz Dário Rosa, médico da Unique Dermatologia.
“Porém, os riscos da aplicação do PMMA são infinitamente maiores. Enquanto o
ácido hialurônico pode ser retirado com apenas uma injeção de hialuronidase, a
remoção do PMMA requer cirurgia”, completa.
Em grande parte dos casos que relatam problemas com
a aplicação da substância, os pacientes afirmam que desconheciam que o
preenchimento havia sido feito com o PMMA. “Cabe aqui explicar que é parte do
protocolo médico apresentar ao paciente o material, a quantidade que será
aplicada e outros detalhesdo procedimento”, ressalta o dermatologista.
Da mesma forma que deve estar atento aos produtos
utilizados em um procedimento, o paciente, ao se decidir por uma intervenção
estética, precisa se certificar se o profissional escolhido é médico,
habilitado, com situação regular no Conselho Regional de Medicina (CRM) e, no
caso do dermatologista, na SBD.
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