O Dr. Antonio Rissoni Jr., Cirurgião Torácico do Consulte Aqui, explica sobre essa doença e seus métodos de tratamento, inclusive, o cirúrgico
A hiperidrose é uma condição que provoca suor
excessivo, fazendo com que a pessoa acometida transpire até mesmo em repouso.
Pode decorrer de fatores emocionais, hereditários ou doenças e atingir
diferentes regiões do corpo, como as axilas, palmas das mãos, rosto, cabeça,
plantas dos pés e virilha. “A sudorese é uma condição normal do corpo e ajuda a
manter a temperatura. É normal suar quando está calor, durante a prática de
atividades físicas ou em certas situações específicas, como momentos de raiva,
nervosismo ou medo. Contudo, a sudorese excessiva ocorre mesmo sem a presença de
qualquer um desses fatores. Isso porque as glândulas sudoríparas dos pacientes
são hiperfuncionantes”, explica o Dr. Antonio Rissoni Jr., Cirurgião Torácico
do Consulta Aqui (Grupo HAS).
A comunidade médica classifica a Hiperidrose em
duas formas:
Hiperidrose primária focal, que aparece na infância
ou adolescência, geralmente, nas mãos, pés, axilas, cabeça ou rosto. As pessoas
acometidas por essa forma da doença não suam quando dormem ou em repouso.
Normalmente, há mais indivíduos da mesma família com o problema. Ela afeta de
2% a 3% da população, porém, menos de 40% dos pacientes com essa condição
consultam um médico.
Hiperidrose secundária generalizada, causada por
uma condição médica ou pelo efeito colateral de uma medicação. Ao contrário da
primeira forma, as pessoas com a secundária suam em todas as áreas do corpo ou
em regiões incomuns. Outra diferença fundamental entre os dois tipos é que no
caso da secundária, o indivíduo pode transpirar excessivamente também durante o
sono e costuma surgir na fase adulta.
O tratamento para essa condição dependerá do grau
e/ou estágio da doença. São usados desde antitranspirantes, medicamentos e, nos
casos mais graves, a Simpatectomia Torácica Endoscópica (STE), que é um método
cirúrgico. “Trata-se de um procedimento onde o sinal que avisa ao corpo para
suar excessivamente é “desligado”. Sua melhor indicação é para os casos nos
quais as palmas das mãos e axilas, ou até mesmo a fronte (testa), são
acometidas. A principal complicação é a hiperidrose compensatória, situação em
que o paciente começa a suar em outras áreas do corpo”, adverte o Dr. Rissoni.
Essa intervenção é realizada por um cirurgião
torácico por meio de videotoracoscopia, onde uma câmera de videocirurgia é
introduzida na cavidade torácica do paciente, visualizando e seccionando a
cadeia simpática, responsável pela condição, ao nível da 2ª costela, para
hiperidrose frontal e da 3º e 4ª costelas para hiperidrose axilar e palmar. Já
a hiperidrose plantar é tratada através da Simpatectomia Lombar. A cirurgia dura
em torno de uma hora e o paciente deverá ficar internado por um ou dois dias. A
recuperação se dá em torno de uma semana.
“Apesar do procedimento trazer a cura definitiva da
hiperidrose localizada, os riscos são os mesmos existentes em qualquer cirurgia
no tórax, ou seja, sangramento, infecção, lesão pulmonar e outros”, alerta o
cirurgião.
O médico do Consulta Aqui lembra ainda que, após o
procedimento, o paciente deverá manter acompanhamento com o dermatologista,
pois, devido ao ressecamento das mãos, esse especialista recomendará o
tratamento com cremes hidratantes específicos.
Rua
Barão de Jundiaí, 485 – Lapa - São Paulo – SP
Central de atendimento: (11) 3838 4669
http://www.consultaaqui.com.br/
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