O
material biológico inibe a progressão de doenças genéticas e reduz suas chances
de se proliferar
O uso de
células-tronco para o tratamento de diversas patologias vem sendo estudado há
mais de 20 anos e se mostra um grande avanço da medicina, podendo combater
alguns males genéticos considerados sem cura. Sua aplicação pode ser a chave
para manter uma vida longa e saudável.
Segundo Dr. Nelson
Tatsui, Diretor-Técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP, doenças neurológicas, sanguíneas, ortopédicas e
cardiológicas podem ser combatidas com a utilização deste material biológico.
Ele explica que as células-tronco são classificadas entre dois grupos
principais: as mesenquimais e as hematopoiéticas. "As do primeiro tipo são
capazes de contribuir para a regeneração de alguns tecidos do corpo humano,
como o muscular, cardíaco e ósseo. Já as do segundo tipo estão presentes no
sangue e conseguem se transformar em hemácias, glóbulos vermelhos e glóbulos
brancos", afirma.
O especialista destaca
que esse material biológico tem uma capacidade inesgotável de autorrenovação.
"Elas se diferenciam de qualquer outro tipo de célula por sua habilidade
de se regenerar nas mais diversas funções, em qualquer parte do corpo, por meio
da divisão celular", comenta. Além disso, as células-tronco devem ser
conservadas em um laboratório especializado, em tanques com nitrogênio líquido
à - 196 °C. "Mesmo após longos períodos de inatividade, elas não perdem
sua capacidade de renovação", menciona.
Assim, patologias como
diabetes tipo I, lesão medular e da córnea, acidente vascular cerebral, infarto
do miocárdio e doenças neurológicas, como Parkinson e Alzheimer avançam no
tratamento do material biológico, onde pesquisas apontam grande controle das
manifestações clínicas. "As células tronco proporcionam diferentes tipos
de terapia ao longo da vida, inibindo a progressão das doenças e reduzindo suas
chances de proliferação", ressalta.
De acordo com o Dr.
Nelson, o material biológico pode ser recolhido ao longo da vida e as formas
mais comuns acontecem através do armazenamento do tecido e do sangue do cordão
umbilical, da polpa do dente de leite e a coleta da medula óssea. "As
células-tronco são 100% compatíveis ao seu doador e tem 25% de chance de também
ser aproveitada por parentes diretos. Armazenar o material na infância garante
tratamentos futuros e descarta a necessidade da busca por um doador compatível
para um transplante", finaliza.
Criogênesis
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