Estudo aponta que
43,2% dos brasileiros afirmaram ter medo de usar cédulas no atual cenário por
conta do risco de transmissão do novo coronavírus
Acelerada pela pandemia, a digitalização dos meios
de pagamento está consolidando o uso de dispositivos eletrônicos e
impulsionando a transição para uma sociedade sem uso em dinheiro. Essa transição
se reflete na maior utilização de sistemas digitais em relação aos mecanismos
físicos e tradicionais.
De acordo com o 10º Relatório de Tendências em
Meios de Pagamento, da Minsait Payments, uma empresa da Minsait, mais de 50% da
população com Internet banking em todos os países analisados reduziu ou
abandonou o pagamento com dinheiro. No Brasil, 43,2% dos brasileiros afirmaram
ter medo de usar cédulas no atual cenário por conta do risco de transmissão do
novo coronavírus.
De acordo com os especialistas, 8 em cada 10
concordam que o processo de abandono do dinheiro tem se acelerado, embora 3 em
10 vejam risco de reversibilidade assim que a pandemia terminar. Além disso, 9
em cada 10 gestores concordam que o impacto que a pandemia teve no uso de
pagamentos foi positivo, visto que acelerou o uso de meios digitais de
pagamento.
Apesar do otimismo, 1 em cada 4 indica que ainda
falta acesso a esses meios digitais de pagamento e cobrança, principalmente na
América Latina, onde há um crescimento significativo da atividade bancária e
onde a população parece estar indo mais rápido do que a adaptação a esses
sistemas.
O Relatório de Pagamentos Minsait reúne as opiniões
de mais de 80 executivos do setor bancário, bem como as recolhidas em 4.400
pesquisas à população bancária na Espanha, Portugal, Reino Unido, América
Latina e Itália.
O relatório completo está disponível em: https://mediosdepago.minsait.com/pt
O cartão, o meio de pagamento principal, mas com
mudanças
Neste contexto de transição, o cartão continua a
ser o principal meio de pagamento de compras em todos os países, ao mesmo tempo
que prossegue o crescimento do mobile payment, das carteiras digitais e dos
pagamentos por conta. Por outro lado, há, associada à crise econômica derivada
da pandemia, uma diminuição generalizada da posse de cartões de crédito. O
Brasil é um dos países da América Latina que mais usa esta ferramenta, tanto
para compras de baixo valor (55,5%) e alto valor (55,8%).
Apesar disso e ao contrário do que acontece na
América Latina, a Europa aumenta a frequência de utilização em todas as
operações. No que diz respeito à modalidade de débito, é de salientar que
continua a ser o grande protagonista em termos de apetrechamento da população
na maioria dos países.
As compras são transferidas para o e-commerce e o
protagonismo do celular cresce
Outro efeito da Covid-19 é a transferência das compras
para o comércio eletrônico, que tem sido reforçada pelo aumento da frequência
das operações entre os consumidores que já adquirem produtos online. Na América
Latina esse aumento é mais evidente, com percentuais que variam entre 50% e
63%. Já na Europa, 42% dos espanhóis declaram comprar agora com maior
frequência, embora atrás do Reino Unido (44%), Itália (46%) e Portugal (47%).
Outro aspecto interessante é o impulso que o uso do
smartphone recebe para compras pela Internet, principalmente na América Latina.
A Espanha lidera este crescimento na Europa, passando de 50% em 2019 para 60%
em 2020, equiparando-se à utilização de computadores pessoais para este
propósito.
Por fim, há um consenso sobre a aplicação do fator
de dupla autenticação para pagamentos online, mas com intensidades diferentes.
Assim, os bancos espanhóis e italianos são os que mais priorizam a segurança,
razão pela qual 60% preferem que sua instituição financeira solicite um segundo
fator de autenticação sempre e em cada uma das operações.
Minsait Payments
https://mediosdepago.minsait.com/es
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