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Um exame de sangue convencional revela vários detalhes sobre o organismo. Um deles é como está a CPK. A sigla representa o nome de uma enzima do corpo humano, a creatinofosfoquinase, presente nos músculos e em outras partes do corpo, como cérebro, pulmão e coração. Também conhecida como CK, possui diferentes variedades: CPK BB, CPK MB, CPK MM e CPK Total.
Se um paciente entra em uma emergência reclamando
de dor no peito, o exame de CPK é um dos que pode apontar se é um caso de
infarto do miocárdio. Se ela estiver elevada, pode indicar ainda outros
problemas de saúde. Por isso, é importante tratar os motivos que causam a
alteração da presença dessa enzima no organismo.
Causas da elevação da CPK
Exercícios extenuantes e infarto do miocárdio,
dependendo da localização e da extensão da área do coração afetada, podem fazer
a taxa de CPK aumentar. Além dessas causas, vários quadros de saúde podem levar
à elevação da enzima.
De acordo com a Sociedade Paranaense de
Cardiologia, entre os motivos podem estar a distrofia muscular de Duchenne,
quando há elevações entre 20 e 200 vezes o teto da normalidade de CPK no
organismo.
Também pode ocorrer nas rabdomiólises, uma síndrome
potencialmente fatal caracterizada pela extensa destruição de fibras
musculares, inclusive nas causadas pela intoxicação por uso de cocaína.
O aumento da CPK é indicador de polimiosite,
dermatomiosites, miosites, miocardites, traumas musculares, injeções
intramusculares recentes e após crises convulsivas.
A Sociedade Paranaense de Cardiologia também elenca
como possibilidades que elevam a concentração da CPK: acidente vascular
cerebral, embolia, edema pulmonar, cardioversão elétrica com múltiplos choques,
tosse grave, trabalho de parto, mixedema desencadeada por hipotireoidismo,
síndrome de hipertermia maligna, neoplasias de mama, de próstata e de trato
gastrointestinal, outras neoplasias em estado avançado, pós-operatório imediato
e ingestão de grandes quantidades de bebida alcóolica.
Já entre as causas de redução, constam as situações
nas quais ocorra perda de massa muscular, hepatopatias alcoólicas, gravidez ectópica,
doenças do tecido conjuntivo, artrite reumatoide, terapia com esteroides e em
pacientes idosos e acamados. O repouso noturno diminui em 10% a 20% os níveis
de CPK.
Como verificar o índice da CPK
Para examinar a CPK, o técnico responsável coleta
uma amostra de sangue venoso, geralmente do braço. Em seguida, o paciente é
liberado.
Em alguns casos, é solicitado jejum de pelo menos
4h. O paciente é orientado a não realizar atividades físicas por um período
anterior ao procedimento. O motivo é que os exercícios físicos aumentam os
níveis da enzima por até sete dias.
No exame, que pode ser feito conforme diferentes
métodos e respeitando a indicação médica, a presença no sangue do paciente será
detectada.
Conforme o laboratório, os valores de referência da
creatinofosfoquinase (CPK) são de 32 e 294 U/L para homens e 33 a 211 U/L para
mulheres. Se estiver muito elevada, pode apontar alguma lesão nos locais onde a
enzima está localizada.
A CPK 1 ou BB é encontrada nos pulmões e no
cérebro, principalmente; já a CPK 2 ou MB está presente no músculo cardíaco;
enquanto a CPK 3 ou MM compreende 95% de todas as creatinofosfoquinases,
presente no tecido muscular.
O ideal é estar sempre em contato com o
cardiologista ou especialista que acompanha o paciente, fazer os exames de
rotina e seguir o tratamento prescrito. Desta forma, previne-se possíveis
motivos que aumentem a quantidade de CPK no sangue.
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