O oncologista Artur Rodrigues Ferreira, do Centro Paulista de Oncologia (CPO), esclarece as principais causas da doença e as formas de tratamento
No último dia 6, o lendário guitarrista
e fundador da banda Van Halen, Eddie Van Halen, faleceu aos 65 anos em
decorrência de um câncer na garganta. Um subtipo dos chamados tumores
orofaríngeos, que podem ainda se desenvolver na língua, palato mole, amígdalas
e faringe, a doença está associada em grande parte ao tabagismo e ao consumo
excessivo de álcool. Outro fator evitável de incidência da doença é a infecção
pelo vírus Papiloma Humano (HPV), principalmente os subtipos 16 e 18.
De acordo com o Dr. Artur Rodrigues Ferreira, oncologista do CPO Oncoclínicas,
é preciso ficar atento aos sinais precoces do câncer de garganta para o
diagnóstico em fases iniciais da doença. "Se pensarmos em tumor
orofaríngeo, os primeiros sinais podem aparecer por meio de feridas na boca que
não cicatrizam facilmente, além do aparecimento de nódulos no pescoço. Dor para
mastigar ou engolir também são sintomas que não devem ser ignorados, além de
problemas como tosse e dificuldade de respiração", explica.
Sinais e sintomas ligados a rouquidão persistente, manchas/placas vermelhas ou
esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca e bochecha, bem como lesões na
cavidade oral ou nos lábios, aparecimento de pequenas verrugas na garganta ou
na boca e dificuldade na fala podem revelar um possível diagnóstico da
condição. Portanto, é muito importante que seja acompanhado de perto por um
especialista.
Tratamento
Quando o paciente é diagnosticado com câncer de garganta, há alguns testes
realizados em etapas para verificar o estágio do tumor e assim, definir o
tratamento.
De acordo com cada caso, há possibilidade de realização de cirurgia para a
retirada do tumor, uso de radiação para destruir as células cancerígenas e
reduzir os tumores, quimioterapia ou o tratamento combinado (quimioterapia e
radioterapia usadas em conjunto).
"Em complemento, o oncologista do CPO destaca a importância do diagnóstico
precoce. Falar de diagnóstico precoce é sempre importante, pois boa parte dos
tipos de câncer que afetam boca, faringe e garganta podem ter sintomas
silenciosos inicialmente e, por isso, muitas vezes os pacientes perdem a chance
de descobrir a condição ainda na fase precoce. De forma geral, quando
diagnosticado precocemente, é possível que haja uma chance de cura do câncer de
de até 90%", afirma o Dr. Artur.
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