A educação nos primeiros anos de vida foi o tema principal nesta sexta-feira durante o 10° Seminário de Educação Infantil, promovido pela Pró-Saúde e realizado nos dias 1 e 2 de outubro
A
educação nos primeiros anos de vida foi o tema principal nesta sexta-feira
durante o 10° Seminário de Educação Infantil, promovido pela Pró-Saúde e
realizado nos dias 1 e 2 de outubro
Os estímulos que as
crianças recebem nos primeiros anos de vida trazem um importante impacto no
desenvolvimento social, emocional e na forma como os pequenos recebem novos
conhecimentos.
A maneira como esses
estímulos são aplicados na educação de crianças foi o principal enfoque de
especialistas nesta sexta-feira, 2/10, durante a 10° edição do Seminário de
Educação Infantil, promovido pela Pró-Saúde.
Neste ano o tema foi
“Esperançar: Um Diálogo Encantador em Direção ao Futuro”.
Em um
ambiente virtual e reunindo dezenas de profissionais da educação por
videoconferência, o evento trouxe à tona a importância de se criar conexões com
as crianças para validar as experiências e descobertas, coletivas e
particulares, vivenciadas na educação infantil.
Para Jonathas Muller, um
dos palestrantes e pedagogo com especialização na educação de crianças de 0 a 3
anos, entre as formas de conexão está o cuidado, presente em todos os momentos.
“O cuidado está na forma
de olhar, no tom de voz e acolhimento, que permite uma relação de afeto e
suporte emocional, tornando a criança mais segura para descobrir o ambiente ao
seu redor”, disse.
Além de propor palestras
com profissionais da área, o seminário apresentou diálogos e momentos de reflexão
sobre o trabalho do educador infantil, seus desafios e o atual momento de
adaptação devido a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Em São Paulo, quatro
Centros de Educação Infantil (CEIs) são gerenciados pela Pró-Saúde desde 1998,
por meio de convênio firmado com a Prefeitura de São Paulo e a Secretaria
Municipal de Educação.
Ao todo, os
profissionais dos CEIs Lageado, Jardim São Jorge, Jardim Eliane e Santa Rita,
todos localizados na zona Leste da cidade, são responsáveis pelos cuidados e
educação de cerca 650 crianças de zero a três anos.
A construção de uma base afetiva
Mesmo residindo em
Portugal e com quatro horas de diferença no fuso horário, a palestrante Kiara
Terra, autora de livros infantis, educadora e doutoranda em Sociologia da
Infância, fez questão de destacar o papel dos professores na vida das crianças.
“Os professores do
ensino infantil são essenciais, pois ajudam a formar a base afetiva e emocional
dos pequenos, além de criarem uma interface profunda com as famílias”,
ressaltou.
Durante o evento,
diversos profissionais dos CEIs prestaram depoimentos emocionados sobre o
trabalho relacionado com as crianças, reforçando a atenção e qualidade no
ensino junto aos pequenos.
De acordo com Regina Victorino,
gerente de Filantropia da Pró-Saúde, além das metodologias de ensino e
propostas de reflexão aos participantes, o seminário se torna um local de troca
e uma base de vínculo entre os profissionais.
“O seminário é um
importante avanço na construção de um desenvolvimento educacional das crianças,
auxiliando os nossos profissionais em seu trabalho pedagógico, mantendo a
dedicação e o carinho”, ressalta.
A abertura do evento foi
feita pelo presidente de Pró-Saúde, Dom João Bosco Óliver de Faria. Ao falar
das crianças, ele afirmou “que a educação é a base para a construção do
futuro”.
Em seguida, ficou
emocionado ao relembrar de seu pai, que também era professor. “Pude ver de
perto o sacrifício daqueles que se doam para a educação, vocês possuem a graça
que Deus lhe oferece. Atuam contra a correnteza, sozinhas para suportar tudo,
por isso tenham sempre um ideal que é o ensino às crianças”, disse.
Já o encerramento do seminário contou com a
participação do Padre Wagner Augusto Portugal, Diretor Executivo-Geral da
Pró-Saúde. Ele agradeceu a participação e afirmou que “quem atua pela Pró-Saúde
assume um compromisso com o outro”. Por fim, o diretor também relembrou uma
frase dita pelo Papa Francisco, ao mencionar que “os educadores são como
artesãos das gerações futuras. Todas as atitudes se tornam um espelho na
formação dessas crianças. Elas aprendem e também nos ensinam”, concluiu.
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