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A especialista em desenvolvimento
humano e autora do best-seller “O Poder da Simplicidade no Mundo Ágil” Susanne
Anjos Andrade, explica sobre as
dificuldades enfrentadas na busca de um novo emprego
O Brasil tem mais de
12,5 milhões de desempregados, conforme pesquisa mais recente divulgada pelo
IBGE. E ficar sem emprego é algo desafiador. A insegurança sobre o futuro, a
instabilidade financeira e até emocional, são alguns dos obstáculos que
precisam ser vencidos por quem está na busca da recolocação profissional.
Além disso, nem sempre é
fácil encontrar um novo trabalho. “Na ânsia de conseguir uma nova oportunidade,
algumas pessoas adotam medidas que, em vez de ajudar, podem ser sabotadoras da
recolocação profissional”, afirma Susanne Andrade, especialista em comportamento humano e
autora do best-seller “O Poder da Simplicidade no Mundo Ágil”.
Segundo ela, é preciso
manter a calma e reavaliar-se sempre, a fim de que as estratégias mais
adequadas sejam adotadas nesse processo na busca pela autossuficiência
financeira. Veja cinco ações sabotadoras de quem está tentando voltar ao
mercado de trabalho, identificadas por Susanne:
Falta de autoconfiança
Ficar desempregado é
difícil, e além de gerar restrições financeiras, muitas vezes também reduz a
autoestima do profissional. É bastante comum questionar-se sobre o motivo da
demissão, ou o porquê de ter sido o escolhido entre outros trabalhadores para
não permanecer naquela posição.
No entanto, sem
autoconfiança a recolocação fica cada vez mais difícil. Isso porque esse
comportamento pode refletir na hora de participar de uma entrevista para uma
nova vaga, por exemplo. Ou até mesmo na escolha de um perfil para
candidatar-se. “O processo de recolocação pode ser demorado e, sem ter segurança,
a sensação de frustração pode aumentar e gerar abalos emocionais nas negativas
que surgirão pelo caminho”, diz Susanne Andrade.
Fazer uma lista com as
principais habilidades e conquistas ao longo da carreira, que permite a
visualizar essa trajetória, pode fortalecer a autoconfiança.
Não ter um foco
Outro ponto fundamental
que pode prejudicar a volta ao mercado de trabalho é a falta de foco e clareza
do que se pretende. “É comum as pessoas aceitarem qualquer trabalho quando
estão desempregadas, no entanto, não ter um alvo e preparar-se para atingi-lo
pode produzir esforços em vão”, afirma a especialista.
Para ela, a medida
que se atira em todas as direções, torna-se mais difícil ter resultados
positivos. Esse tipo de ação também pode prejudicar o profissional em seu ramo
de atuação, que pode ficar cada vez mais distante.
O foco também é um
importante aliado da perseverança. É preciso ter um objetivo em mente e buscar
todos os recursos para conquistá-lo, assim como é preciso ter paciência para
saber que nem sempre esses resultados serão rápidos ou ocorrerão numa primeira
experiência.
Deixar de fazer contatos
diários
Muitas vezes as pessoas
perdem oportunidades pela falta de networking, que é o estabelecimento de novas
relações com outras empresas e profissionais. Mas quando se está buscando
emprego, não basta limitar a lista de contatos a trabalhadores de um
determinado segmento. As possibilidades de novos contatos devem ser regulares e
programadas, de modo a disseminar a informação sobre seus objetivos para um
número maior de pessoas.
“Além de falar com
profissionais para estreitar relacionamento e deixar claro o propósito de
recolocação profissional, pode ser útil conversar com familiares e amigos.
Quanto mais pessoas souberem que você precisa de um novo trabalho, mais chances
haverá de ser lembrado por um recrutador ou te saber de processos seletivos
abertos”, explica a autora.
Fixar-se em ações do
passado
O desemprego não escolhe
idade e nem posição hierárquica. A maioria das pessoas estão sujeitas a passar
por isso em algum momento da vida. No entanto, é preciso desprender-se das
experiências passadas na hora de buscar um novo trabalho, que deve ser
sempre visto como oportunidade para recomeçar.
Em muitas situações,
mesmo que a nova vaga venha com menos benefícios e salário menor, vale a pena
avaliar. Para Susanne, em determinadas situações é indicado dar “passos para
trás” no que se refere a algumas condições, para depois avançar. “O foco deve
estar no quanto a oportunidade atende ao seu propósito”, diz .
Não ter currículos
segmentados
“Não é porque você é um
mesmo profissional que não precise segmentar seu currículo antes de enviá-lo”,
conta a especialista em comportamento humano. Ela afirma que o documento, que
será seu cartão de visitas em diversas empresas, precisa ser bem elaborado e
direcionado a cada área que você tenta ingressar, desde que esteja alinhado ao
propósito e ao que faz sentido para o indivíduo.
Nesse caso, é importante
evitar usar um documento único para todos os envios, tampouco remetê-los em
série. “É indispensável organizar as ideias e as habilidades conforme as
expectativas da empresa, que fará o candidato ser mais notado pelos
avaliadores”, conclui. O mais importante é que as informações sejam verdadeiras
e personalizadas de acordo com a vaga.
Susanne Anjos
Andrade - Autora dos
best-sellers "O Poder da Simplicidade no Mundo Ágil", lançado pela
Editora Gente, e "O Segredo do Sucesso é Ser Humano", e do livro
digital "A Magia da Simplicidade". É coach, palestrante e professora
de cursos de MBA pela Faculdade de Informática e
Administração Paulista (FIAP) em disciplinas sobre carreira, coaching e
liderança. Também é sócia-diretora da A&B Consultoria e Desenvolvimento
Humano, empresa que criou o "Modelo Ágil Comportamental", e parceira
da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-SP).
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