50% dos brasileiros afirmam em pesquisa que as crianças influenciam
na decisão de compra; e 8% deixam de pagar alguma conta para presentear os
filhos
Com
o Natal próximo, cresce ainda mais a movimentação de compras de presentes para
este fim de ano. Segundo pesquisa da realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes
Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), crianças e
adolescentes têm um papel cada vez mais importante na decisão daquilo que
ganharão, uma vez que 50% dos filhos participam da escolha do presente.
Outro
dado destacado pela pesquisa revela que 8% dos pais deixam de pagar alguma
conta para presentear o filho. Para a educadora parental Luiza Mendonça, que
também é fundadora do AppGuardian - app de controle parental que
conecta pais e filhos - é importante a participação do filho na hora da compra
do presente, mas alerta que as contas da família precisam ser prioridade e a
decisão final tem que ser sempre dos adultos.
“Quem
tem filhos sabe que aguentar o famoso ‘compra para mim, pai’ e ‘compra para
mim, mãe’ é normal. Mas é fundamental que os pais fiquem atentos aos exageros,
pois faz parte do amadurecimento da criança também ouvir ‘não’ para entender de
forma clara quais são as regras e limites praticados dentro de casa e da
família, ensinando-as dessa forma a lidarem com as suas frustrações ”, destaca
Luiza.
A
especialista listou algumas dicas na hora de presentear os filhos com itens
comprados neste Natal:
Saber
direcionar o dinheiro para as prioridades
Mesmo com os preços mais baixos, uma
dica importante é: não comprar só por comprar. A família, quando está com algum
tipo de crise financeira, precisa entender muito bem para onde o dinheiro deve
ir prioritariamente, do contrário, a chance de começar o ano novo no vermelho é
grande.
Dizer não aos filhos
É essencial que as crianças aprendam a
lidar com frustrações e os pais podem ajudá-las nisso ao posicionarem o
"não" com firmeza e respeito. Caso a criança não entenda ou não
concorde, diálogo é sempre a melhor opção: dizer para ela que entende que ela
gostaria de comprar determinada coisa e não pode por causa de determinados
motivos. E, claro, o mais importante, sustentar esse "não". Somente
dessa forma elas estarão mais preparadas para lidar com expectativas com as
quais irão se deparar na fase adulta.
Limitar acesso da criança às
propagandas na TV e internet
Quanto mais as crianças ficam
conectadas na internet ou TV, mais suscetíveis ficarão às propagandas que
aumentam as vontades da criança para o consumo. É fundamental que os pais
fiquem alertas ao conteúdo consumido pelo seus filhos na internet e ao tempo de
tela que ficam expostos diariamente, estimulando atividades fora de casa e
criando regras claras e limites diários de uso. Aplicativos de controle parental
são uma boa opção de ferramenta para ajudar pais nessa rotina digital.
Estimular que a criança doe os
brinquedos antigos
Mesmo
com o limite de acesso às propagandas, as crianças estão cada vez mais ligadas
com lançamento de novos brinquedos e equipamentos tecnológicos, como celulares,
tablets, videogames, etc. Para evitar que se acumule produtos sem uso dentro de
casa, vale incentivar dentro de casa ações de solidariedade, como doação dos
brinquedos mais antigos. Pode ser para crianças menos favorecidas, para
instituições ou bazares. O mais importante é praticar o desapego e abrir espaço
para o novo, afinal, muitos itens estarão com descontos atrativos durante o dia
mais esperado do ano no varejo.
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