Nem os riscos de mercúrio, nem poluentes
orgânicos superam os benefícios para a saúde do consumo de frutos do mar, como
a diminuição do risco de doenças cardiovasculares e a melhoria do
neurodesenvolvimento infantil
O
consumo de peixes por crianças deve ser incentivado, aponta um relatório técnico, publicado on-line
no Pediatrics. O objetivo do documento foi levar aos pediatras
informações sobre pesquisas que elucidassem os riscos e os benefícios à saúde
infantil associados ao consumo de peixes e moluscos.
Os
pesquisadores destacam que peixes e frutos do mar têm um perfil nutricional
favorável em comparação com outras proteínas animais e são uma boa fonte de
proteínas magras, cálcio, vitamina D e ácidos graxos poliinsaturados de cadeia
longa ômega-3 (n-3 LCPUFAs).
Potenciais
benefícios à saúde estão associados ao consumo de peixe, incluindo a prevenção
de distúrbios alérgicos. Foram encontrados resultados mistos ou nulos em
estudos que avaliaram os efeitos do consumo infantil de peixes e / ou n-3
LCPUFAs no tratamento de sintomas de transtorno de déficit de atenção / hiperatividade,
depressão, doença alérgica, crises inflamatórias intestinais, desenvolvimento
cognitivo, hiperlipidemia e prevenção ou tratamento da hipertensão. Para
algumas doenças, a suplementação de óleo de peixe pode beneficiar crianças com
níveis abaixo da média de n3-LCPUFAs.
“Devido
à presença de substâncias tóxicas nos peixes, muitos recursos acessíveis
fornecem orientações sobre quais espécies limitar ou evitar. Certas espécies
podem ser uma fonte de metilmercúrio, o que pode danificar o sistema nervoso em
desenvolvimento no útero. Os peixes capturados em água doce podem ter altas
concentrações de poluentes”, informa o pediatra homeopata, Moises
Chencinski.
O
documento incentiva os pediatras a perguntarem às famílias sobre o consumo de
peixes. Para a maioria dos tipos de frutos do mar, os benefícios nutricionais
superam os riscos, apesar de serem potencialmente mais alergênicos.
Moises
Chencinski
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