A atual
estação do ano pode agravar o melasma devido à alta exposição solar
Associado à
gestação na maioria das situações, o melasma – caracterizado pelo
surgimento de manchas escuras ou acastanhadas na pele – tem como principal
fator a exposição solar. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD),
os anticoncepcionais femininos, a gravidez, a genética e os raios solares fazem
parte do grupo de condições que favorecem o seu aparecimento.
A
dermatologista e membro da SBD, Teresa Noviello, alerta que uma pequena
exposição aos raios ultravioletas já é motivo para que o melasma apareça ou
volte a surgir em pacientes que se trataram anteriormente, sendo
assim, os cuidados com a proteção da pele no verão devem ser redobrados. “O
melasma não tem cura, mas possui tratamentos capazes de torna-lo praticamente
imperceptível. A forma mais eficaz de prevenir a sua volta é o deixando mais
estável possível”, orienta. Ela, que também é diretora da Clínica Teresa
Noviello, ainda esclarece que apesar de afetar com maior frequência o sexo
feminino, as manchas também podem aparecer em homens.
“Na maioria
dos casos, o rosto é o local que mais apresenta a ocorrência de melasma, no
entanto, as manchas também podem afetar partes extrafaciais
como os braços, pescoço e colo”, afirma Teresa. Ela explica que
apesar de não ser uma doença ou problema grave de saúde, o melasma atinge a
aparência do paciente e, consequentemente, a sua autoestima. “As mulheres são
as que mais se sentem incomodadas com a hiperpigmentação da pele”, conta.
O melasma é
uma disfunção da pigmentação da pele, que decorre do acúmulo exagerado de
melanina em uma determinada área. Embora não tenha uma cura, já existem no
mercado diversos tratamentos que amenizam ou tornam as manchas praticamente
invisíveis.
O profissional
indicado para realizar a avaliação, diagnosticar o melasma e tratar a condição,
é o dermatologista. Somente ele poderá traçar qual o
tratamento mais indicado para cada caso. "Existem três tipos de melasma. O
epidérmico, quando há depósito de pigmento na camada mais superficial da pele;
o dérmico, que atinge a derme, quando o excesso de pigmento
se deposita ao redor dos vasos superficiais e profundos; e o misto,
que é quando ultrapigmentação atinge a epiderme e a derme. Então,
para cada tipo será elaborado um plano de tratamento”, elucida.
Atualmente, os
tratamentos mais frequentes são os peelings, podendo variar entre superficiais
ou que atingem camadas mais profundas da pele; cremes despigmentantes, sendo os
mais comuns à base de ácido glicólico, retinóico, azeláico e vitamina C;
microagulhamentos, associados a produtos despigmentantes; e lasers específicos.
Em todos os casos a orientação em comum é a fotoproteção. "O ponto de
partida em todos os tratamentos contra o melasma é a proteção contra os raios
solares, infravermelhos e luz visível. Quem possui o melasma e está em
tratamento deverá aplicar um filtro solar específico para o problema. O produto
deverá ser receitado pelo dermatologista, que irá detectar qual tipo de filtro
e cosmético (spray, creme ou gel) será mais indicado”, orienta
Noviello.
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