Umidade
e contato com areia favorecem a contaminação por fungos e parasitas
Entre as doenças que afetam
os pés, estão aquelas causas por fungos, chamadas micoses, que, hoje, atingem
mais de 300 milhões de pessoas no mundo, segundo dados apresentados pelo Fundo Global de Ações contra Infecções Fúngicas.
No Brasil, estimativas
de 2016 sugerem que mais de 3,8 milhões de indivíduos sofram de
alguma doença fúngica séria.
No verão, o aumento da transpiração e o maior contato com
a areia e água de piscina são fatores que favorecem o surgimento de doenças que
afetam os pés ao longo da estação. Muito comuns entre quem frequenta praias ou
piscinas, esses males podem ser evitados com alguns cuidados simples.
Conheça as doenças que mais
afetam os pés durante o verão e saiba como preveni-las.
Bicho de pé
A doença é transmitida pela
pulga fêmea do tipo tunga penetrans, que costuma ser encontrada em
regiões rurais e também na areia. Ao picar a pessoa, a pulga penetra na pele e
deposita seus ovos, causando coceira intensa. A picada pode atingir qualquer
ponto da pele, mas é mais comum nas áreas próximas às unhas. O tratamento é
feito com a remoção da pulga e da bolsa de ovos e, geralmente, envolve o uso de
antibióticos para combater infecções na pele. Por isso, é necessário haver um
acompanhamento médico para combater o problema.
Bicho geográfico
Essa doença é causada pelo
contato com areia ou terra com fezes de cães ou gatos contaminadas pelo
parasita denominado larva migrans. As larvas penetram na pele e por onde
passam deixam um rastro com lesões avermelhadas visíveis, formando uma espécie
de “mapa” - daí o nome Bicho Geográfico. O parasita causa coceira intensa e
costuma se alojar nos pés, mas pode atingir qualquer parte do corpo que entre
em contato com o solo contaminado, como pernas ou nádegas. Em casos mais
simples, o tratamento é feito com o uso de pomadas, mas pode haver necessidade
de medicamentos ingeridos por via oral, caso o Bicho Geográfico tenha se
espalhado por muitas áreas. É necessária a avaliação de um médico para decidir
a melhor forma de tratamento.
Pé de atleta
É causado por um fungo, que
aparece em áreas onde existam fissuras na pele e que estejam constantemente
abafadas e úmidas. É uma doença comum em pessoas que usam sapatos fechados com
frequência, principalmente no verão, por isso é importante manter os pés
arejados sempre que possível e secá-los muito bem após o banho, especialmente a
área entre os dedos. Pessoas diabéticas ou com doenças que atacam a imunidade
do organismo estão mais propensas a ter Pé de Atleta, por isso é essencial
procurar ajuda médica ao identificar o problema, para avaliar o tratamento mais
adequado. O Pé de Atleta causa coceira e fissuras entre os dedos, descamação,
lesões e vermelhidão na pele e é tratado com o uso de pomadas e cremes. Apenas
em casos mais resistentes pode ser necessário o uso de medicamentos por via
oral, sempre com acompanhamento médico.
Micose
O clima quente aumenta a
transpiração, fazendo com que os pés fiquem úmidos em diversos momentos do dia.
Essa umidade favorece o aparecimento de micoses, que são causadas por fungos.
No verão, com o aumento da frequência de piscinas e praias, esses fungos
costumam atacar principalmente os pés, as unhas e a região da virilha. Nos pés,
além do Pé de Atleta, a contaminação por fungos pode causar frieiras e provoca
coceira e descamação contínua da pele. Nas unhas, a micose pode ser causada por
fungos ou leveduras, deixando a unha amarelada e dolorida. O tratamento deve
ser indicado sempre por um médico, já que as micoses podem ser confundidas com
outras doenças.
“Além de prevenir o
surgimento de doenças de pele, é importante ter hábitos que ajudam a manter os
pés saudáveis e com boa aparência. Boas dicas para evitarmos estes problemas
são: usar esfoliantes uma vez por semana, hidratar diariamente evitando o
ressecamento da sola dos pés, enxugar bem e usar desodorantes de pés. É
essencial também aplicar protetor solar no peito e sola dos pés sempre que for
expor essas áreas ao sol”, afirma Camila Martins, farmacêutica da rede
Extrafarma.
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