De cada 20 animais de companhia adotados, em média, 5 voltam para as
ruas ou ONGs
Segundo
uma pesquisa realizada pelo instituto Fess’Kobbi, atualmente, existem mais de
100 milhões de cães e gatos nos lares brasileiros. Desse total, em média, 41%
dos cães e 85% dos gatos são adotados. Entretanto, segundo dados da ONG
Proteger, de cada 20 animais adotados, em média, cinco são devolvidos para as
ruas ou retornam para a instituição. E essa é uma realidade que se repete em
diversas outras ONGs do país.
É
importante ter em mente que a decisão de adotar um animal de companhia deve ser
séria e responsável. Esses animais exigem cuidados e atenção, assim como
qualquer outro ser vivo. Por isso, é importante saber como adaptá-los ao novo
lar para que o relacionamento seja harmonioso para ambas as partes.
1- Invista no adestramento por meio do reforço
positivo
Dentre
os principais problemas comportamentais apresentados pelos pets adotados em
fase adulta estão: fazer as necessidades fora do lugar, problemas durante o
passeio e falta de limites dentro de casa.
A
origem do animal será determinante na manifestação de problemas
comportamentais. Animais adultos, criados em situação de rua, provavelmente
apresentarão maior dificuldade na adaptação dentro de casa, enquanto aqueles
provenientes de um lar, talvez apresentem menos estranheza ao se encontrarem
dentro de casa.
“Por
isso, é importante investir no adestramento por meio do reforço positivo, onde
se deixa as broncas e a negatividade de lado e foca-se em recompensar o
comportamento correto, reforçando a confiança e criando laços afetivos intensos
entre tutor e pet. Além disso, o adestramento facilita a comunicação,
melhorando o relacionamento como um todo. Alguns cães adultos podem apresentar
manias, que por sua vez podem solicitar um pouco mais tempo e dedicação, mas
nada que um pouco de paciência e carinho pelo novo amigo não resolva”, explica
Talita Dwyer, consultora técnica veterinária da Hill’s Pet Nutrition.
2 – Ajuste os
cuidados de acordo com a idade do pet
Nem sempre é
possível saber a idade exata do animal adotado. Mas ao levá-lo para uma
consulta de rotina com o veterinário, possivelmente, ele vai conseguir estimar
a idade do animal de companhia e, também, orientar sobre os cuidados
necessários com ele.
Em relação à alimentação, o tutor deve sempre
fornecer o alimento específico para a espécie e de acordo com a idade do
animal. “Isso garante que as necessidades nutricionais sejam corretamente
atingidas. O porte do animal também é um ponto a ser considerado, pois o
tamanho e formato do grão podem interferir no processo de apreensão e
mastigação. Além disso, algumas necessidades especiais podem ser relevantes,
como se o animal tiver sobrepeso ou uma pele sensível. Por isso, é fundamental
fazer o acompanhamento junto a um profissional. Só ele saberá dizer o que é
melhor para a saúde do seu pet”, afirma a médica-veterinária, Brana
Bonder, Supervisora de Assuntos Veterinários da Hill’s Pet Nutrition.
3
– Cuide da alimentação do novo integrante da família
Dependendo
da origem do pet, ele vai chegar com hábitos alimentares específicos ao novo
lar. O ideal é fazer uma introdução alimentar gradual ao longo de sete dias. “O
tutor deve misturar os dois alimentos, aumentando a proporção do novo alimento
e diminuindo do anterior. Para gatos, esse período pode ser maior e outra
técnica pode ser utilizada.Pode-se, por exemplo, deixar disponível cada
refeição do novo alimento por no máximo uma hora de cada vez. Ofereça o
novo alimento em um recipiente familiar, lado a lado com o alimento habitual.
E não se esqueça: na dúvida, espere mais um pouco
antes de efetivar a adoção. É preciso estar decidido que quer mesmo adotar um
animal de companhia e saber que vai precisar implementar mudanças na sua rotina
e adotar uma série de cuidados para que tudo dê certo. Faça uma escolha
consciente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário