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domingo, 23 de setembro de 2018

Chip ou implante hormonal - riscos do crescimento de uso para fins estéticos


Endocrinologista alerta sobre a banalização do procedimento 


O uso de chip com hormônio tem sido cada vez mais usado na busca por melhora estética, redução de gordura, ganho de massa muscular, redução de celulite e até para melhora da libido.


“O chip ou implante hormonal, (‘o chip da beleza”) é uma forma de administração hormonal através de um bastonete que é inserido no subcutâneo,  no antebraço ou na nádega, e libera gradativamente na corrente sanguínea hormônios de forma contínua. Em geral dura de 6 meses a 1 ano e é reabsorvido pelo corpo.

Há muito tempo essa forma de administração hormonal é utilizada na medicina, como forma de anticoncepção, com progesterona. Esse tipo de uso não visa fim estético e por isso é liberado pela Anvisa e tem respaldo de segurança em pesquisas científicas”, alerta a endocrinologista Dra. Juliana Garcia Dias, do Rio de Janeiro, membro titular da Sociedade Brasileira em Endocrinologia e Metabologia e também da Endocrine Society.  


O alerta das Sociedades Brasileiras de Endocrinologia e também de Ginecologia acontecem devido a banalização do uso de hormônios para fim estético, através da dita “modulação hormonal” por hormônios derivados da testosterona, manipulados e misturados. “Por não existir dose segura para esse tipo de hormônio, mesmo dose baixa, não temos como garantir a ausência de efeitos colaterais, algumas vezes irreversíveis. Como engrossamento de voz, mudança de humor, crescimento de pelos, aumento de clitóris, aumento de oleosidade, queda de cabelo, acne, edema, redução do volume das mamas, aumento do colesterol LDL, aumento de gordura visceral. Os efeitos colaterais podem variar de mulher para mulher.  Quando o hormônio é feito de forma manipulada, não temos uma padronização da dosagem e tipo de hormônio e acaba que a resposta pode ser muito positiva para alguns e muito negativa para outras que podem aparecer a curto ou longo prazo”, explica a médica especialista.  


Ė fundamental a consulta com um médico e a realização de exames prescritos para obtenção de uma orientação de tratamento personalizado.  



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