A sinusite é uma doença muito comum e facilmente
confundida com outra que sempre aparece, principalmente no inverno, a rinite.
Segundo a otorrinolaringologista Cleonice Hirata, do Complexo Hospitalar
Edmundo Vasconcelos, a diferença entre elas está basicamente nas áreas que o
processo inflamatório atinge. Na rinite a inflamação afeta a mucosa nasal - o
envolvimento da cavidade nasal - já nas sinusites o processo inflamatório
atinge também os seios da face.
Pessoas com alterações anatômicas como desvio de
septo, portadores de rinite alérgica ou com quadros de imunodeficiências
primárias ou secundárias e, até mesmo, quadros odontológicos crônicos, são mais
propensas a desenvolver sinusite.
A sinusite pode ser classificada em aguda,
recorrente e crônica. As causas da sinusites pode ser viral, bacteriana,
alérgica ou fúngica. Os sintomas mais frequentes são tosse, dor localizada na
fronte, nos olhos e na face, que pode se acentuar ao baixar a cabeça. A
sinusite crônica é composta por quadros que persistem até por meses e podem
estar relacionados a alterações anatômicas, processos odontogênicos e processos
alérgicos.
"É importante estar atento às mudanças
climáticas. Os fatores externos também podem aumentar as chances de desenvolver
sinusite. No inverno, quando o tempo está mais seco e aumentam os quadros de
gripe, e infecções de vias aéreas mais frequentes, pode desencadear os quadros
de sinusite. Manter-se hidratado e estar em dia com o calendário de vacinação,
são atitudes que podem ajudar a evitar as crises." alerta a especialista.
A boa notícia é que as
sinusites agudas, de etiologia viral, que compreendem a maioria dos casos, tem
cura. As sinusites crônicas, que são mais raras, podem ter cura a partir da
identificação da causa. Diante disso, deve-se avaliar o melhor tratamento para
eliminá-la. Um desvio de septo, por exemplo, pode ser corrigido com uma
cirurgia.
Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos
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