Bebês geniais são formados no útero
“As
emoções maternas podem afetar o inconsciente fetal em formação e gerar doenças
físicas e emocionais após o nascimento. Por exemplo, em um estresse muito
grande na gravidez, a mãe libera uma série de hormônios: adrenalina,
noradrenalina e cortisol, que se eleva. Esses hormônios vão mexer com a
arquitetura cerebral do bebê em formação e a chance dessa criança, na vida
adulta, ser depressiva é quatro vezes maior. O risco de nascer com autismo ou
esquizofrenia é o dobro”, aponta o especialista.
O
contrário também é verdadeiro. Se a mãe tiver o correto preparo, será capaz de
criar crianças e adultos mais tranquilos e equilibrados, racionalmente e
emocionalmente. “Quando a gente fala em pré-natal, a gente pensa em exames.
Quando a gente fala em bebê genial, a gente está pensando em emoções,
infelizmente a parte em que o médico não tem controle. Por isso, é importante
que a mulher conheça os problemas que pode gerar e as técnicas para amenizar
tudo isso”, argumenta Mantelli.
O
desenvolvimento de seres humanos melhores, segundo o ginecologista, também
envolve o parto. “É preciso mudar a forma de trazer os bebês ao mundo,
independente de ser normal ou cesariana. Dá, inclusive, para humanizar uma
cesariana e fazer com que ela seja tão emocionante, tão gostosa e os pais
aproveitem tanto quanto um parto normal, interagindo, com silêncio na sala de
parto, fazendo com que o bebê nasça com a voz do pai, sem luz em cima do bebê,
com a música ambiente que a mãe, de repente, utilizou para fazer um relaxamento
na gravidez”, explica o obstetra.
Dr.
Domingos Mantelli - ginecologista e obstetra, com formação em neurolinguística
e atuação na área de medicina psicossomática. É formado pela Faculdade de
Medicina da Universidade de Santo Amaro (UNISA) e pós-graduado em residência
médica na área de ginecologia e obstetrícia pela mesma instituição. Também é
autor do livro “Gestação: mitos e verdades sob o olhar do obstetra”.
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