Em
época de festejos juninos e de Copa do Mundo, é importante manter distância dos
artefatos
Muito comum nessa época de festas juninas e
também na Copa do Mundo, a queima de fogos de artifício, rojões e bombas -
barulhentos artefatos que ajudam a animar as comemorações -, pode trazer sérios
e irreversíveis danos à audição.
Além dos riscos com a manipulação incorreta dos
fogos, o som muito forte produzido por alguns deles pode acarretar um trauma
acústico e perda de audição uni ou bilateral, temporária ou, nos casos
mais graves, irreversível. Geralmente a perda de audição é unilateral (em
um único ouvido) e se inicia com o aparecimento imediato de zumbido, problema
que afeta cerca de 28 milhões de pessoas em todo o mundo.
Os danos à audição acontecem porque o estrondo
dos fogos, principalmente dos rojões, é inesperado. O forte ruído, que pode
chegar a uma intensidade de 140 decibéis, percorre todo o ouvido de forma
rápida, atingindo as células da cóclea. Para
se ter uma ideia do quão forte é esse barulho, um avião durante a decolagem
produz um som de 130dB.
“O grande problema é a intensidade do barulho
dos fogos, em especial do rojão. Em todo caso de trauma acústico, o mais
indicado é procurar um médico otorrinolaringologista, para avaliar se o dano
auditivo causado pelos fogos é temporário ou irreversível”, esclarece a
fonoaudióloga Marcella Vidal, da Telex Soluções Auditivas.
Para evitar que o ouvido seja afetado, o ideal
é manter-se distante do local da queima de fogos, porém, em meio a festa, se
for inevitável, a fonoaudióloga Marcella Vidal, especialista em audiologia,
aconselha o uso de protetores de ouvido.
"Se a pessoa estiver nestas áreas, é
importante que se afaste o máximo possível ou use protetores de ouvido,
conhecidos como atenuadores. Eles reduzem o volume excessivo, mas quem usa não
deixa de ouvir o som ambiente. Dessa forma, é possível continuar aproveitando a
festa, de forma segura", recomenda.
Existem no mercado vários tipos de protetores.
Os da Telex, por exemplo, são leves e moldados de acordo com a anatomia do
ouvido de cada pessoa, diminuem o barulho em 15 decibéis ou 25 decibéis, de
acordo com o desejo do usuário e podem proteger a capacidade auditiva em até 10
anos.
Estima-se que 10% da população mundial têm
algum grau de perda auditiva O envelhecimento
é um fator natural que reduz o limiar auditivo progressivamente. As células do
ouvido envelhecem, morrem e não há reposição. Mas pior do que isso é a perda de
audição que vem ocorrendo cada vez mais cedo, por causa da exposição contínua a
sons elevados, como o dos rojões, por exemplo.
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