Pesquisar no Blog

quarta-feira, 14 de março de 2018

Incontinência Urinária: assunto ainda é tabu entre homens e mulheres



 Médico urologista explica o que é e como tratar a disfunção


Nesta quarta-feira (14/3) é lembrado o Dia Mundial da Conscientização sobre a Incontinência Urinária, problema que causa a perda de urina involuntária, ou seja, a perda de urina que a pessoa não consegue controlar. Estima-se que cerca de 10 milhões de brasileiros sofram com algum grau da disfunção, de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).


Ainda segundo a SBU, o problema é duas vezes mais comum entre as mulheres do que entre os homensm já que cerca de 30-40% das mulheres com mais de 40 anos apresentam algum grau de incontinência urinária. 

O problema é ainda maior depois dos 70 anos. A chance de apresentar o problema depois dessa idade é de quatro a cinco vezes maior do que entre 20 e 40 anos

O médico urologista da Aliança Instituto de Oncologia, Rafael Buta explica que há três tipos. "A incontinência urinária aos esforços é aquela em que o paciente perde urina quando realiza alguma manobra que aumenta a pressão dentro do abdome, como tosse, espirro, gargalhadas e, nos casos mais graves, quando pega peso, sobe escadas ou levanta-se de uma cadeira", afirma.

Segundo o médico, esse caso é muito mais comum em mulheres e tem como principais fatores de risco, gravidez, obesidade e constipação intestinal. "Em homens é incomum, podendo ocorrer após operações para tratamento de doenças da próstata", argumenta.

Há ainda a incontinência de urgência, que ocorre quando há súbita vontade de urinar e a pessoa não consegue chegar ao banheiro a tempo. Os tipos podem se misturar e formar a incontinência mista


Bexiga hiperativa
 
Buta ressalta que outra causa de incontinência urinária é a bexiga hiperativa, que atinge por volta de 12% de todos os homens e mulheres. "A sua incidência aumenta muito com a idade, podendo chegar a 80% nas pessoas com mais de 80 anos. Um terço dos pacientes com bexiga hiperativa apresentam também incontinência", aponta. 

O médico menciona que o problema não é exclusivo de adultos, pois crianças e adolescentes podem também estão sujeitos a apresentar incontinência urinária. Porém, os casos nessa faixa etária são raros e estão, na maioria das vezes, associados a alguma malformação neurológica congênita.


Tratamento
 
De acordo com o médico, o tratamento conservador de primeira linha é a fisioterapia e modificação dos hábitos de vida. Ele relata que no caso de pacientes com bexiga hiperativa em que os sintomas persistem após a fisioterapia, pode-se lançar mão de medicamentos que reduzem os sintomas.
 
Já quando a causa é a incontinência aos esforços, se houver falha do tratamento fisioterápico, o paciente pode precisar de um tratamento cirúrgico.

"O objetivo principal dos tratamentos é cessar por completo a incontinência e deixar o paciente "seco", de forma que não seja mais necessário o uso de absorventes. Caso isso não seja possível, o uso de absorventes ou até mesmo clamps penianos pode trazer algum conforto ao paciente", destaca.


Atenção!
 
"A incontinência urinária afeta de forma significativa a qualidade de vida dos pacientes, podendo levar, nos casos mais graves, a isolamento social", alerta o urologista, por isso é importante procurar tratamento médico.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Posts mais acessados