Exposição à radiação UV provoca a
produção de radicais livres, que, em
excesso, leva ao stress oxidativo e degradação das fibras de colágeno, gerando flacidez.
Há muito se fala sobre a importância do colágeno
como substância responsável por garantir a firmeza da pele e, consequentemente,
sua aparência jovem e saudável. Também é sabido que, após os 25 anos, existe
uma diminuição progressiva na produção de colágeno pelo organismo, essa redução
é estimada em 1% ao ano. Além da perda natural, diversos fatores contribuem
para acelerar esse processo, como: o tabagismo, stress, consumo de álcool,
consumo excessivo de açúcar, poluição, baixos níveis hormonais e, principalmente,
a exposição ao Sol.
O Sol é um dos grandes vilões do colágeno da pele.
A maioria da população desconhece este fator, mas a radiação UV, emitida pelo
Sol, provoca a produção de radicais livres, que, em excesso, leva ao stress
oxidativo e alterações irreversíveis na conformação celular. Neste processo, as
fibras de colágeno são quebradas, gerando a flacidez da pele, não só do rosto,
mas do corpo todo.
Em casos extremos, de exposição intensa e por
períodos prolongados, a pele pode apresentar um tipo de lesão conhecida como
‘Elastose Solar’. Neste caso, as fibras de colágeno e elastina apresentam uma
degradação profunda, a pele perde sustentação e elasticidade, virando uma placa
coriácea (textura semelhante ao couro, que se quebra facilmente), dura e cheia
de rugas.
Na esperança de repor a proteína perdida, muitos
brasileiros estão aderindo ao consumo do colágeno hidrolisado. Porém, os
estudos clínicos desenvolvidos até o momento não são considerados conclusivos
para determinar sua eficácia na dermatologia.
Quando esse colágeno hidrolisado entra no
organismo, é transformado em aminoácidos. Até o momento não é possível afirmar
se esses aminoácidos serão totalmente absorvidos e aproveitados para a produção
de colágeno.
Em contrapartida, diversos tratamentos estéticos
vêm apresentando excelentes resultados e são indicados para estimular a
produção de colágeno pelo organismo. Desde procedimentos considerados simples,
como os peelings de ácido retinóico; até equipamentos sofisticados, como o
ultrassom micro e macrofocado, laser e a radiofrequência, que também atuam com
esta finalidade.
Além disso, existem os preenchedores à base de
ácido hialurônico, que retém água e criam um meio propício para a estimulação
da produção da proteína na face; e os bioestimuladores à base de hidroxiapatita
de cálcio e ácido polilático, geralmente aplicados no corpo, com ótimos
resultados no combate à flacidez.
Mesmo com diversas opções de tratamento para
recuperar o colágeno perdido, o mais importante é a prevenção. Neste sentido,
os fotoprotetores solares são os maiores aliados de quem deseja uma pele
saudável e firme. O ideal é combinar protetor solar com chapéus, óculos escuros
e roupas com proteção UV.
Existem também algumas substâncias que podem ser
ingeridas para potencializar o efeito desses filtros solares. Elas não
substituem os filtros, e sim ajudam a ampliar a proteção, diminuindo os efeitos
dos radicais livres, que causam o envelhecimento. Mais do que uma pele bonita,
a pessoa vai conquistar uma pele saudável, minimizando o risco de patologias
graves, como queimaduras ou câncer de pele.
Para identificar as melhores formas de tratamento,
é recomendado que os pacientes realizem, regularmente, consultas com médicos
para avaliar a melhora e indicar o tempo de uso mais adequado.
Cláudia
Peres - médica dermatologista, especialista pela SBD – Sociedade Brasileira de
Dermatologia.
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