Os exames radiológicos são solicitados apenas em caso de
necessidade para evitar perigos para a saúde do paciente
Se
não fosse por ela, muitos problemas odontológicos e também de saúde jamais
seriam diagnosticados. A radiação foi uma tecnologia que trouxe esperança aos
pacientes, embora, por muito tempo, seus efeitos tenham sido considerados
perigosos.
O
raio X como conhecemos hoje surgiu em 1895. Em 1913, surgiu o mamógrafo, que
permitiu identificar lesões mamárias nas mulheres. E, em 1970, foi a vez do
tomógrafo aparecer, revolucionando os cuidados médicos.
A
principal vantagem desse tipo de equipamento é que o paciente não precisa se
submeter a procedimentos invasivos na hora de detectar uma lesão ou uma doença
em fase inicial. No caso da odontologia, eles podem ser usados para analisar a
arcada dentária antes de fixar um aparelho, por exemplo, além de muitos outros
usos, dos mais simples aos mais sofisticados.
Os
aparelhos funcionam de forma parecida, utilizando a radiação eletromagnética do
tipo alfa, beta e gama para gerar as imagens que você vê nos exames. Todos
esses aparelhos utilizam um tipo de radiação conhecida como ionizante.
O
risco da ionização é que os elétrons se desprendem dos átomos e moléculas,
alterando sua estrutura e tornando-os negativos. Em grande escala, essa
alteração é a base para o aparecimento de doenças como tumores e câncer.
Riscos reduzidos
Mesmo
com a evolução dos equipamentos usados para tratar a saúde dos pacientes, esse
inconveniente não desapareceu por completo, embora tenha sido reduzido – e
muito – graças a novas tecnologias agregadas.
Na
verdade, todas as pessoas estão sujeitas a receber radiação indiretamente
devido a TVs, monitores, detectores de incêndio e detectores de metal. No
entanto, a radiação na medicina é a principal fonte de exposição humana a
radiações ionizantes, segundo a Organização das Nações unidas (ONU).
O
principal perigo está no efeito acumulativo da radiação. Mesmo com todos os
cuidados, os profissionais que trabalham todos os dias com esse tipo de
radiação podem desenvolver problemas nos olhos, tireoide, medula óssea e
sistema reprodutor.
Para
os pacientes, o risco é mínimo, pois o contato deles com essas grandes máquinas
é muito raro. Portanto, você não precisa recusar a realização de um exame
odontológico - ou qualquer outro - devido à exposição radiológica.
Além
disso, é importante ressaltar que quanto maior a área que será “fotografada”
pelos equipamentos, maior é a quantidade de radiação necessária, e vice-versa.
No caso de toda a arcada dentária, a quantidade será muito inferior àquela
usada para fazer um raio X de uma perna quebrada.
Os
profissionais da saúde reconhecem os riscos – mesmo que mínimos – das radiações
para os pacientes. Se o seu dentista está solicitando a realização de um exame
radiológico, confie que ele está fazendo isso com parcimônia.
Como
paciente, você deve eliminar o hábito de solicitar exames ao profissional.
Muitas vezes, pressionados pelos pacientes, os dentistas (e até mesmo os
médicos) concordam com a realização de um exame desnecessário.
É possível reduzir os riscos ainda mais
No
consultório do dentista, algumas medidas podem ser tomadas para minimizar a
exposição aos raios ionizantes:
-
Pacientes e profissionais sempre devem usar os meios de proteção obrigatórios
segundo as autoridades de saúde, como o avental de chumbo.
-
Se o paciente realizou um exame radiológico recentemente, é essencial alertar o
profissional de saúde.
-
Gestantes não devem se submeter a exames radiológicos, exceto em casos
extremamente necessários, avaliados por um especialista. A recomendação também
é válida para crianças.
-
O profissional deve se posicionar em local seguro, a cerca de dois metros da
fonte de radiação, ou vestir o avental de chumbo. Ele nunca deve ficar na
direção do feixe dos raios ou atrás do paciente.
-
Os dentistas têm de investir na própria atualização técnico-científica, que
permitirá escolher os melhores equipamentos com baixo nível de radiação sem
abrir mão da qualidade da imagem, como o sensor rx
digital odontológico.
-
Os aparelhos precisam estar com a manutenção em dia.
-
Os consultórios devem utilizar a proteção radiológica, aparelhos capazes de
monitorar e medir a taxa de radiação no ambiente.
-
Para os profissionais ocupacionalmente expostos, é obrigatório o uso do
dosímetro, aparelho que controla a radiação recebida durante o exercício da
profissão.
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