Linha pró-cotista oferece as melhores taxa de
juros fora do financiamento do Minha Casa Minha Vida
Voltada
para os mutuários trabalhadores que tenham mais de três anos de vínculo com o
FGTS e não possuam no local de residência ou de trabalho outro imóvel em seu
nome, a linha pró-cotista, que havia sido suspensa em junho do ano passado, é
uma das mais baratas do país. Com taxa de juros que varia de 7,85% a 8,85% ao
ano, permite a liberação de até 80% do valor do imóvel novo ou 70% do valor do
imóvel usado.
De acordo
com o presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH),
Vinícius Costa, além dessas regras, também deve-se observar que o limite do
valor do imóvel varia dentro do território nacional. “Não podendo ter valor
superior a R$ 950 mil para os estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de
Janeiro, além do Distrito Federal, e R$ 800 mil para os demais estados”,
completa.
No ano de
2017, foi disponibilizado para Caixa R$ 6 bilhões para atender as demandas
pendentes e as novas demandas, conforme Vinícius Costa. “O valor se esgotou em
meados do ano passado, tendo ficado suspensos os contratos pendentes de
assinatura, além de ter sido interrompida a contratação de novos financiamentos
por esta modalidade. Para o ano de 2018 foi liberada a quantia de R$ 4 bilhões,
que representa 35% a menos que no ano passado”, observa.
De
qualquer forma, por um lado, a medida merece comemoração, já que a linha
pró-cotista é muito importante para fomentar o mercado. “Ela atinge uma classe
regular (trabalhador formal com contribuição ao FGTS) e oferece condições
extremamente vantajosas para quem deseja adquirir imóveis de valor
consideravelmente elevado, com taxa de juros bastante atraentes, se comparadas,
por exemplo, com a linha de financiamento com recursos da poupança”, explica o
presidente da ABMH.
Por outro
lado, Vinícius Costa diz que a notícia deve ser encarada com cautela.
Isso
porque, infelizmente, há cerca de três anos, o pró-cotista tem sido um problema
para os mutuários, pois é cada vez mais comum terminar o crédito antes do prazo
previsto. “E essa bola de neve parece não ter fim, uma vez que as novas
suplementações, em valor menor como a que ocorre nesse ano de 2018, podem não
ser capazes de atender os contratos pendentes e as novas demandas dos mutuários
candidatos a financiamento. Assim, com uma nova ausência de recursos, as vendas
de imóveis tendem a se manter em um patamar baixo ou até mesmo diminuir, já que
falta recurso.”
Por isso,
antes de adquirir um imóvel, é importante que o mutuário, caso tenha direito ao
financiamento pró-cotista, faça a análise de crédito previamente, busque junto
ao gerente habitacional da Caixa informações sobre os recursos do pró-cotista e
da viabilidade de se concretizar o negócio para evitar maiores problemas. “Isso
porque um financiamento não assinado dentro da linha pró-cotista gera duas
situações: rescisão da promessa de compra e venda ou assinatura de
financiamento em outra modalidade muito menos benéfica. Em ambas as situações,
quem perde é o comprador, seja porque pode ter de arcar com uma penalidade
contratual, ou com um financiamento mais caro”, esclarece o presidente da ABMH.
Portanto,
considerando esse histórico recente da linha pró-cotista, bem como a liberação
de menos recursos do que o ano passado, antes de fechar um negócio, o conselho
de Vinícius Costa é não se esquecer de se certificar de que há recursos
disponíveis para o seu financiamento e que o mesmo será devidamente liberado.
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