Oferecidos pela instituição em parceria com a
Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, os treinamentos têm como
metodologia a simulação realística e representam até 90% a mais de ganho de
conhecimento para os profissionais da área
Um ano após o lançamento do programa de redução de mortalidade
materna o Grupo Santa Joana celebra
mais de dois mil treinamentos realizados. A iniciativa, que é uma parceria
entre a instituição e a Secretaria de Estado da Saúde, fornece treinamentos
gratuitos com simulação realística para profissionais de hospitais públicos e
vinculados à Secretaria. O objetivo é diminuir o risco assistencial e, com
isso, reduzir os índices de mortalidade materna.
Dados do Ministério da Saúde indicam que o Brasil apresenta 62
casos de mortalidade materna a cada 100 mil nascimentos. Reduzir esse número é
um dos principais Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) da ONU com o
apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS). O Programa de redução de
mortalidade materna, viabilizado pelo Grupo Santa Joana, foi a forma que a
instituição encontrou para contribuir de maneira educacional com
esta meta e fomentar as melhores práticas em
obstetrícia.
Reconhecido mundialmente por sua baixíssima taxa de mortalidade
materna (quatro em cada 100 mil atendimentos), o Santa Joana estruturou um
programa completo em seu moderno Centro de Simulação Realística especializado
em obstetrícia e neonatologia. O ambiente conta com tecnologia hospitalar de
ponta e com a utilização de manequins de alta fidelidade que reproduzem de
forma real as reações fisiológicas de gestantes e recém-nascidos,
possibilitando que médicos, enfermeiros e profissionais da saúde aprendam e
testem seus conhecimentos em condições bastante reais e controladas.
A simulação realística permite recriar os diversos ambientes
hospitalares de uma maternidade como suítes de parto, consultórios e salas de
cirurgia e, por meio da alta tecnologia incorporada a essa estrutura, é
possível reproduzir as mais diversas situações do ambiente materno-neonatal.
Permitindo que os treinamentos sejam feitos de forma completa, aliando teoria,
prática e o desenvolvimento de habilidades comportamentais, como trabalho sob
pressão e liderança de equipes.
Todos os participantes são avaliados antes e depois do treinamento.
Comprovando a efetividade do programa, as avaliações
pós-treinamento indicaram ganho de conhecimento de 87% em protocolos de
pré-eclâmpsia, 72% em sepse, 53% em hemorragia e 52%
em parada cardíaca. Além disso, cerca de 90% dos participantes indicaram
que voltariam a participar do treinamento, que excedeu todas as expectativas. A
qualidade dos instrutores também é destaque, com 93% de avaliação positiva dos
participantes.
“Ao treinar um
profissional com a metodologia da simulação, ele identifica suas lacunas de
conhecimento e aprende com os próprios erros. Como suas atitudes e
habilidades são praticadas simultaneamente, ele consolida o conhecimento e muda
o seu comportamento. Espera-se que esse profissional seja capaz de multiplicar
o seu aprendizado para outros colegas, gerando uma corrente positiva a favor do
melhor cuidado para os pacientes. Nossa meta é devolver para a sociedade tudo o
que aprendemos ao longo da de nossa história e ver esta taxa de mortalidade
cair cada vez mais”, afirma a Dra. Mônica Siaulys, responsável pelo
Departamento de Anestesiologia do Hospital e Maternidade Santa Joana e pelo
Centro de Treinamento e Desenvolvimento da instituição.
O programa tem como público-alvo anestesiologistas,
ginecologistas, intensivistas, enfermeiros e técnicos de enfermagem dos setores
obstétricos. Permitindo que os profissionais da saúde do Santa Joana e de
outras instituições treinem habilidades clínicas e não clínicas, preparando-os
para desempenhar suas funções com excelência, beneficiando as gestantes de alto
risco.
O conteúdo pragmático do treinamento aborda o reconhecimento e
manejo das principais causas de morte materna como pré-eclâmpsia, sepse,
hemorragia e parada cardiorrespiratória, preparo e administração das
medicações, fluxograma de atendimento, organização do atendimento
multiprofissional e suporte assistencial, elaboração de protocolos
assistenciais e monitoramento dos indicadores.
Com o público interno da maternidade o impacto na
assistência já é percebido. “Notamos um menor número de bolsas transfundidas, mais agilidade no atendimento e maior adesão
aos protocolos institucionais que asseguram os resultados excelentes em termos
de morbidade e mortalidade materna e neonatal”, finaliza a especialista.
Hospital
e Maternidade Santa Joana
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