A relação entre o chefe e
os funcionários é um dos fatores mais determinantes para o sucesso de uma
empresa. Um colaborador que não sente confiança em seu líder dificilmente está
satisfeito com o trabalho, o que pode afetar a sua produtividade e, consequentemente,
o resultado dos negócios.
Atualmente, a falta de
liderança e o autoritarismo afetam grande parte dos funcionários ao redor do
mundo. Para se ter uma ideia, de acordo com a Associação de Psicologia dos
Estados Unidos, 75% dos trabalhadores americanos mencionam seus chefes como a
maior causa de estresse no trabalho. Outra pesquisa feita pela empresa de gestão de projetos Wrike,
com 1400 profissionais, indicou que 44% dos entrevistados consideram a
liderança confusa uma das principais causas do estresse.
Um fator que pode explicar
essa crescente insatisfação é o modo como os chefes exercem a sua autoridade:
muitos agem mais como donos do poder do que como gestores de pessoas. Poucos
sabem, mas existe uma diferença entre ser chefe e ser, de fato, um líder. Um
chefe comanda as pessoas, é autoritário, centraliza as tarefas e não dá
abertura para que os funcionários expressem suas opiniões.
O líder, ao contrário,
atua como um desenvolvedor de pessoas e busca inspirar os colaboradores,
estimulando a inovação, a criatividade e o trabalho em equipe. Mais do que dar
ordens, o líder tem um interesse genuíno no bem-estar dos funcionários,
tratando as pessoas como seres humanos integrais. É o que chamamos de gestão
humanizada.
O que acontece, muitas
vezes, é que a pessoa no cargo de liderança acaba reproduzindo as atitudes que
a incomodava quando estava em uma posição inferior. Com isso, dá continuidade a
um ciclo vicioso que contribui para reforçar a falta de motivação da equipe.
Em uma empresa do século
XXI, os chefes precisam entender que a liderança humanizada é fundamental não
apenas para atingir resultados, mas para garantir a saúde mental de seus
funcionários. Um verdadeiro líder deve alinhar o discurso de gestão de pessoas
com a prática, se colocando no lugar do outro e entendendo que seus
funcionários são, acima de tudo, seres humanos. Quando o colaborador sente
confiança em seu líder e sabe que pode expressar suas opiniões com liberdade,
valoriza mais o seu trabalho e se sente motivado para alcançar melhores
resultados.
Claudia Regina Araujo dos Santos -
especialista em gestão estratégica de pessoas, palestrante, coach executiva e
diretora da Emovere You (www.emovereyou.com.br).
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