Limite
de acesso deve ser determinado de acordo com a faixa etária, conforme a
Sociedade Brasileira de Pediatria
De
acordo com as mais recentes recomendações da Academia Americana de Pediatria, o
primeiro contato das crianças com equipamentos eletrônicos, antes só permitido
após os dois anos de idade, agora está liberado a partir dos 18 meses, desde
que com a supervisão ativa dos pais. Apesar disso, segundo a médica Viviane
Serour, neuropediatra do Núcleo de Pediatria do Hospital Vitória (Barra da
Tijuca), é importante conhecer os impactos que o contato exagerado com a
tecnologia provoca na saúde dos pequenos.
Viviane
esclarece que os efeitos negativos relacionados ao uso precoce e prolongado de
equipamentos eletrônicos abrangem o sedentarismo, a obesidade, os prejuízos na
socialização e na interação e a dificuldade no aprendizado, entre outros.
“Também é importante incluir as questões que envolvem a concentração e os
transtornos do sono, bem com os problemas auditivos, visuais e posturais”,
alerta.
Os
dispositivos móveis, como os smartphones e os tablets, contribuem
para o dia a dia das pessoas de diversas formas, como comunicadores em tempo
real e como facilitadores do acesso a informações úteis, por meio de
aplicativos ou das redes sociais, entre outras. Com as crianças, esse cenário
não é diferente. Por isso, é importante seguir algumas recomendações,
especialmente nas fases da infância que têm limitações relacionadas ao
desenvolvimento. “Mesmo com a correria do dia a dia, os pais precisam manter-se
atentos ao tempo em que os filhos utilizam os aparelhos eletrônicos. É muito comum
nos depararmos com crianças ainda muito pequenas, até com menos de 2 anos, que
já manuseiam tablets com a maior facilidade. Isso deve ser controlado”,
observa a médica.
A
Sociedade Brasileira de Pediatria e a Academia Americana de Pediatria adotaram
novas recomendações para o tempo de exposição das crianças a eletrônicos – o
chamado screen time. Esses limites são listados a seguir:
•
Menores de 18 meses: evitar o uso de equipamentos eletrônicos, exceto em
chamadas por vídeo;
•
De 18 a 24 meses: as crianças podem ser apresentadas a aplicativos
educacionais, como os que permitem desenhar e
pintar e os com histórias clássicas, além de jogos que ensinem noções de
higiene e saúde –, porém somente na presença dos pais, para ajudar na
compreensão;
•
De 2 a 5 anos: limitar a exposição em uma hora por dia a programas que envolvam
educação, aprendizado e ensino de idiomas. Os pais devem vê-los juntamente com
as crianças, para ajudá-las a entender o que estão vendo e a aplicar o conteúdo
no dia a dia;
•
Após os 6 anos: limites consistentes de tempo e do tipo de tecnologia usada. O
uso não deve competir com o período de sono recomendado (de 9 a 12 horas) nem
com as atividades físicas e educacionais da criança.
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