O sonho de muitos advogados de se
lançar como empreendedores está se concretizando graças à Incubadora de
Escritórios de Advocacia, uma iniciativa pioneira no Brasil e no mundo que
começa a dar os primeiros resultados. Criada no Paraná em uma parceria entre a
Universidade Positivo e o Instituto Internacional de Gestão Legal (IGL), a
Incubadora já ajudou a lançar três novos escritórios: Campos Klein e Advogados
Associados, com foco em agronegócio; Fidelis &Velasco Advogados, com foco em
entretenimento; e um outro grupo incubado, o Kern Di Scala,Moreto e Silva
Advogados, que tem foco em startups, está no momento abrindo o seu escritório.
Os três são de Curitiba.
A Incubadora faz a ponte entre o
mercado e o conhecimento obtido pelos recém-formados nas universidades, com a
experiência de mentoria em Inovação e Gestão Legal. Surgiu com o propósito de
ampliar o campo de atuação dos advogados recém-formados que desejam ingressar
em áreas inovadoras do Direito, possibilitando que em um ambiente propício ao
empreendedorismo e com apoio gerencial, os escritórios tenham melhores
condições de deslanchar e obter sucesso no mercado jurídico. É importante
lembrar que a Incubadora proporciona novos conhecimentos, em uma prática
diferente de tudo o que esses advogados viram quando eram alunos, pois não há
disciplina de Gestão Legal nas faculdades de Direito. E o mais importante, são
abertos novos campos e perspectivas na profissão, já que a ideia é orientá-los
para que possam desenvolver um trabalho inovador, em uma área que mais os
agrade.
Em dois anos já passaram pela
Incubadora mais de 130 participantes. Só os melhores foram incubados. Na fase
de pré-incubação, que tem duração de oito semanas,os acadêmicos de Direito e
jovens advogados aprendem a estruturar o Legal Canvas –ferramenta empresarial
de gerenciamento estratégico adaptada para escritórios de advocacia – do seu
futuro escritório.
Adquirem também amplo conhecimento do
mercado e aprendem metodologias de gestão estratégica, gestão de equipes e
sociedade de advogados. Durante esse período, eles se reúnem e participam de
palestras, dinâmicas e mentorias para preparar o projeto que será analisado
pela Comissão Julgadora. Apenas os melhores planos de negócio passam para a
fase de incubação, que tem duração de 12 meses. Já nesta segunda fase, os
incubados têm apoio nas áreas de desenvolvimento técnico-jurídico e de Gestão
Legal e são orientados por nosso escritório, o Selem Bertozzi Consultoria.
Mas é bom ressaltar que um dos requisitos para que jovens advogados participem
da Incubadora é terem sido aprovados no Exame de Ordem da OAB.
A ideia é revolucionar a área
jurídica e atrair novos talentos. Os participantes ganham, em pouco tempo,
conhecimentos e experiência que os advogados levam geralmente cerca de 10 anos
para adquirir. O resultado é a formação de jovens advogados preparados para
atuar em áreas especializadas do Direito, com capacitação gerencial e
administrativa. O projeto de incubadora na advocacia é o primeiro do gênero no
mundo. Foi inspirado nos modelos de incubadoras já existentes em outras áreas,
entendendo que o Direito também precisa inovar. E estamos ajudando a tornar
realidade essa inovação. Estamos muito felizes com os primeiros resultados.
Rodrigo
Bertozzi - sócio da Selem Bertozzi Consultoria e integrante do Conselho de Administração do Instituto
Internacional de Gestão Legal (IGL); administrador e consultor
especialista em Estratégia de Mercado, Comunicação e Marketing Jurídico (bertozzi@estrategianaadvocacia.com.br).
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