Você sabe o que é doping e
como isso pode prejudicar a saúde do atleta? O cardiologista e gerente médico
do Hospital Santa Paula, Rodrigo Nascimento, explica que o doping é mais comum em
competições importantes, geralmente internacionais, e envolve esportistas com
muita experiência.
“O doping é caracterizado
por uma seleção de substâncias que trazem vantagens competitivas para o usuário
como aumento de força e
rendimento nos treinos, o que garante uma evolução mais rápida”, explica o
médico.
Casos recentes chegaram à
imprensa como a polêmica do doping russo nas prévias do principal evento
esportivo mundial que acontece agora em agosto no Brasil. O pugilista irlandês
e o chinês Sun Yang também foram banidos da competição porque foram pegos no
exame antidoping.
Na Agência
Mundial Antidoping (AMA)
o atleta encontra as informações necessárias à sua proteção. Ele deve, ainda,
buscar informações junto às entidades esportivas da qual faz parte e conversar
com seu treinador, médico e demais profissionais que integram a equipe técnica.
Desta maneira, é possível se prevenir e receber estímulo para treinar sem
precisar deste tipo de agentes.
Conheça a seguir as
principais substâncias e suas principais funções:
· Estimulantes: agem no sistema nervoso,
aumentam o estado de alerta e a capacidade física.
· Narcóticos: não melhoram o desempenho físico, mas aliviam e retraem a sensação
de dor e da fadiga.
· Agentes anabolizantes: usados
para ganhos de força e potência muscular, essas substâncias reduzem
o tempo de recuperação do atleta.
· Diuréticos: usados por atletas que têm peso como divisão de categorias.
Podem mascarar outras substâncias no exame antidoping.
· Betabloqueadores: diminuem a frequência cardíaca e a
pressão arterial, normalmente usado em esportes que requerem precisão e
concentração como tiro e arco e flecha.
· Hormônios peptídeos e análogos: propiciam aumento de
massa e potência muscular.
· Outro
método proibido é o doping sanguíneo,
uma transfusão em que o sangue do atleta é injetado nele mesmo, para aumentar o
oxigênio nos tecidos.
O exame antidoping
O exame antidoping é realizado de forma
aleatória. É bem simples, realizado pela coleta da urina do atleta depois da
competição. A amostra é analisada em laboratório e passa por novas análises no
caso de alguma suspeita. Se confirmado o uso de substâncias ilegais, o
competidor vai a julgamento.
Os riscos à saúde
Em alguns casos, essas substâncias podem
provocar efeitos colaterais potencialmente prejudiciais ao organismo como falta
de apetite, hipertensão arterial, palpitações, arritmias cardíacas,
alucinações, crises de asma, hipoglicemia, insônia e impotência sexual.
“A melhor condição para melhorar o
desempenho em qualquer atividade é a motivação, o treinamento, a disciplina,
alimentação adequada, manter a mente positiva e ter um bom acompanhamento
médico”, conclui o especialista.
Rodrigo Nascimento (CRM 110.105) -
cardiologista, especialista em Eletrofisiologia Cardíaca e Arritmias, chefe do
Serviço de Eletrofisiologia do Hospital Santa Paula e gerente médico do
Hospital Santa Paula
Hospital
Santa Paula
Av. Santo Amaro, 2468 – Vila
Olímpia - (11) 3040-8000
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