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quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Cardiologista do Hospital Santa Paula fala sobre o perigo do doping e os riscos à saúde




Você sabe o que é doping e como isso pode prejudicar a saúde do atleta? O cardiologista e gerente médico do Hospital Santa Paula, Rodrigo Nascimento, explica que o doping é mais comum em competições importantes, geralmente internacionais, e envolve esportistas com muita experiência.

“O doping é caracterizado por uma seleção de substâncias que trazem vantagens competitivas para o usuário como aumento de força e rendimento nos treinos, o que garante uma evolução mais rápida”, explica o médico.

Casos recentes chegaram à imprensa como a polêmica do doping russo nas prévias do principal evento esportivo mundial que acontece agora em agosto no Brasil. O pugilista irlandês e o chinês Sun Yang também foram banidos da competição porque foram pegos no exame antidoping.

Na Agência Mundial Antidoping (AMA) o atleta encontra as informações necessárias à sua proteção. Ele deve, ainda, buscar informações junto às entidades esportivas da qual faz parte e conversar com seu treinador, médico e demais profissionais que integram a equipe técnica. Desta maneira, é possível se prevenir e receber estímulo para treinar sem precisar deste tipo de agentes.

Conheça a seguir as principais substâncias e suas principais funções:

·         Estimulantes: agem no sistema nervoso, aumentam o estado de alerta e a capacidade física.

·         Narcóticos: não melhoram o desempenho físico, mas aliviam e retraem a sensação de dor e da fadiga.

·         Agentes anabolizantes: usados para ganhos de força e potência muscular, essas substâncias reduzem o tempo de recuperação do atleta.

·         Diuréticos: usados por atletas que têm peso como divisão de categorias.  Podem mascarar outras substâncias no exame antidoping.

·         Betabloqueadores: diminuem a frequência cardíaca e a pressão arterial, normalmente usado em esportes que requerem precisão e concentração como tiro e arco e flecha.

·         Hormônios peptídeos e análogos: propiciam aumento de massa e potência muscular.

·         Outro método proibido é o doping sanguíneo, uma transfusão em que o sangue do atleta é injetado nele mesmo, para aumentar o oxigênio nos tecidos.

O exame antidoping
O exame antidoping é realizado de forma aleatória. É bem simples, realizado pela coleta da urina do atleta depois da competição. A amostra é analisada em laboratório e passa por novas análises no caso de alguma suspeita. Se confirmado o uso de substâncias ilegais, o competidor vai a julgamento.

Os riscos à saúde
Em alguns casos, essas substâncias podem provocar efeitos colaterais potencialmente prejudiciais ao organismo como falta de apetite, hipertensão arterial, palpitações, arritmias cardíacas, alucinações, crises de asma, hipoglicemia, insônia e impotência sexual.

“A melhor condição para melhorar o desempenho em qualquer atividade é a motivação, o treinamento, a disciplina, alimentação adequada, manter a mente positiva e ter um bom acompanhamento médico”, conclui o especialista.



Rodrigo Nascimento (CRM 110.105) - cardiologista, especialista em Eletrofisiologia Cardíaca e Arritmias, chefe do Serviço de Eletrofisiologia do Hospital Santa Paula e gerente médico do Hospital Santa Paula

Hospital Santa Paula
Av. Santo Amaro, 2468 – Vila Olímpia - (11) 3040-8000

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