O Método
Canguru (MC) foi inicialmente idealizado na Colômbia no ano de 1979, com o
objetivo, naquele país, de solucionar uma situação de superpopulação na Unidade
de Terapia Intensiva (UTI), visando a reduzir os custos da assistência
perinatal e promover, por meio do contato precoce pele a pele entre a mãe e o
seu bebê, maior vínculo afetivo, maior estabilidade térmica e melhor
desenvolvimento
As pesquisas recentes
mostram que laços estáveis entre pais e filhos são fundamentais para o desenvolvimento
saudável da criança. Para os pais de bebês nascidos prematuramente ou com
necessidades médicas especiais, este vínculo precoce pode ser interrompido ou
abalado pela assistência médica complexa necessária em uma unidade de terapia
intensiva neonatal (UTIN).
Em um estudo, que foi apresentado
durante as sessões de aleitamento materno do encontro anual da Academia
Americana de Pediatria (AAP), conduzido em uma grande UTIN metropolitana, nos
EUA, os pesquisadores concluíram que um pouco de contato pele a pele entre mães
e bebês (Método Canguru) pode reduzir os
níveis de estresse materno.
Segundo os autores da
pesquisa, todas as mães relataram uma diminuição objetiva do nível de estresse
após o contato pele a pele com seus bebês, o que se revelou especialmente
verdadeiro em relação ao estresse relatado de serem separadas de seus filhos,
sentindo-se impotentes e incapazes de proteger o bebê contra a dor e contra os
procedimentos dolorosos, além da experiência geral na UTIN.
O peso das crianças
pesquisadas ao nascer variava de menos de 450 gramas a 3,7 kg e suas idades
variavam de 3 a 109 dias. As crianças estavam sendo tratadas por uma
diversidade de questões de saúde, com mais de metade exigindo suporte de
oxigênio.
“Já
conhecíamos os benefícios fisiológicos em recém-nascidos do contato pele a
pele, como a estabilização dos batimentos cardíacos, dos padrões e níveis de
oxigênio no sangue, dos ganhos de peso, diminuição do choro, sono mais
tranquilo, maior sucesso do aleitamento materno e um tempo menor de internação
hospitalar. Agora, temos mais evidências que o contato pele a pele também pode
diminuir o estresse parental, o que pode interferir na relação de saúde e
bem-estar emocional e nas relações interpessoais dos pais, bem como nas taxas
de amamentação. Esta é uma técnica simples que pode beneficiar mães, pais e a
criança internada numa unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN)”, afirma o
pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).
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