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quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Contato pele a pele com o bebê na unidade neonatal diminui os níveis de estresse materno





O Método Canguru (MC) foi inicialmente idealizado na Colômbia no ano de 1979, com o objetivo, naquele país, de solucionar uma situação de superpopulação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), visando a reduzir os custos da assistência perinatal e promover, por meio do contato precoce pele a pele entre a mãe e o seu bebê, maior vínculo afetivo, maior estabilidade térmica e melhor desenvolvimento


As pesquisas recentes mostram que ​​laços estáveis entre pais e filhos são fundamentais para o desenvolvimento saudável da criança. Para os pais de bebês nascidos prematuramente ou com necessidades médicas especiais, este vínculo precoce pode ser interrompido ou abalado pela assistência médica complexa necessária em uma unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN).
Em um estudo, que foi apresentado durante as sessões de aleitamento materno do encontro anual da Academia Americana de Pediatria (AAP), conduzido em uma grande UTIN metropolitana, nos EUA, os pesquisadores concluíram que um pouco de contato pele a pele entre mães e bebês (Método Canguru) pode reduzir os níveis de estresse materno.
Segundo os autores da pesquisa, todas as mães relataram uma diminuição objetiva do nível de estresse após o contato pele a pele com seus bebês, o que se revelou especialmente verdadeiro em relação ao estresse relatado de serem separadas de seus filhos, sentindo-se impotentes e incapazes de proteger o bebê contra a dor e contra os procedimentos dolorosos, além da experiência geral na UTIN.
O peso das crianças pesquisadas ao nascer variava de menos de 450 gramas a 3,7 kg e suas idades variavam de 3 a 109 dias. As crianças estavam sendo tratadas por uma diversidade de questões de saúde, com mais de metade exigindo suporte de oxigênio.
“Já conhecíamos os benefícios fisiológicos em recém-nascidos do contato pele a pele, como a estabilização dos batimentos cardíacos, dos padrões e níveis de oxigênio no sangue, dos ganhos de peso, diminuição do choro, sono mais tranquilo, maior sucesso do aleitamento materno e um tempo menor de internação hospitalar. Agora, temos mais evidências que o contato pele a pele também pode diminuir o estresse parental, o que pode interferir na relação de saúde e bem-estar emocional e nas relações interpessoais dos pais, bem como nas taxas de amamentação. Esta é uma técnica simples que pode beneficiar mães, pais e a criança internada numa unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN)”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).



Moises Chencinski - http://www.drmoises.com.br - fale_comigo@doutormoises.com.br - https://www.facebook.com/doutormoises.chencinski




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