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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

A importância da suplementação alimentar antes e depois da cirurgia bariátrica

"Sequelas irreparáveis podem ser ocasionadas pelas deficiências nutricionais no pré e pós-operatório, adverte a nutricionista do Hospital Albert Sabin, Iomara Isidorio Cavalcante. "

Hoje em dia, a cirurgia bariátrica é o melhor método para o tratamento da obesidade mórbida. Contudo, a rápida perda de peso que ocorre após esse procedimento é seguida por uma considerável diminuição de massa muscular e a necessidade proteica se torna ainda maior. “Independentemente da técnica utilizada, todas as cirurgias levam a uma grande perda de peso, que é mais intensa nos primeiros 6 meses de pós-operatório. Com a cirurgia, a ingestão de nutrientes passa a ser menor e a absorção de alguns destes nutrientes também é modificada, seja por desvio da passagem dos alimentos por uma área de absorção do intestino e/ou por menor secreção de enzimas e sucos digestivos que auxiliam na sua absorção”, explica Iomara Isidorio Cavalcante, nutricionista do Hospital Albert Sabin de São Paulo (HAS).

“De uma forma geral, os déficits nutricionais mais comuns são: proteína, ferro, zinco, cálcio, vitamina D e vitaminas do complexo B. Os sinais e sintomas que geralmente podem ocorrer são: queda de cabelo, unhas quebradiças, anemia, fraqueza, cansaço, pele ressecada, "formigamento" das extremidades (braço/mãos e pernas/pés) e falta de memória”, avalia Cavalcanti.  A nutricionista lembra que também é necessária uma avaliação nutricional pré-operatória dos pacientes candidatos à cirurgia bariátrica.  Essa deverá ser realizada por equipe multidisciplinar, com o objetivo de informar sobre os riscos, benefícios e opções de técnicas cirúrgicas disponíveis, e se divide em três etapas:


Avaliação antropométrica – na qual será avaliada a compleição física através de peso, altura, circunferências, bioimpedância elétrica, dobras cutâneas e calorimetria;


Avaliação bioquímica – a partir de exames laboratoriais (sanguíneos) e exame de imagem como ultrassonografia de abdômen;


Avaliação Dietética – anamnese alimentar, questionário de frequência alimentar e recordatório 24h, que avalia a ingestão das principais vitaminas e minerais, bem como o consumo de alimentos proteicos ou muito calóricos (doces, gorduras, bebidas adoçadas e alcoólicas).
“A partir dessas avaliações, é possível identificar e tratar deficiências nutricionais, minimizar risco cirúrgico mediante redução de peso, planejar um programa alimentar de baixa caloria em pré-operatório, visando reduzir a gordura hepática e abdominal para, por fim, emitir um parecer nutricional”, diz Iomara.

Já no pós-operatório, as deficiências nutricionais podem ocorrer pela menor ingestão de alimentos, devido à redução do estômago e/ou pela diminuição da absorção dos nutrientes e podem variar conforme o tipo de cirurgia. A profissional do HAS ainda adverte que sequelas irreparáveis podem ser ocasionadas pelas deficiências nutricionais e devem ser evitadas com o uso de polivitamínico/mineral de forma preventiva, orais ou injetáveis, continuamente. “Além disso, o acompanhamento com o nutricionista deve fazer parte do protocolo de atendimento de todos os pacientes submetidos à cirurgia bariátrica, desde o pré-operatório e estendendo-se, dependendo do tipo de procedimento, por toda a vida”, finaliza.





Hospital Albert Sabin
Rua Brigadeiro Gavião Peixoto, 123 – Lapa – São Paulo – SP
Central de atendimento
(11) 3838 4655
http://www.hasabin.com.br

Mais de 20 mil meninas com menos de 15 anos engravidam todos os anos

Redução de casos de gravidez entre crianças e adolescentes de 10 a 14 anos é inferior à queda na faixa-etária de 15 a 19 anos. Campanha alerta para riscos e consequências da gravidez precoce

Quando uma gravidez acontece na fase inicial da adolescência, pode trazer futuras consequências emocionais, sociais e econômicas para a saúde da mãe, do pai e do recém-nascido. Esta é uma realidade muito próxima tendo em vista que, praticamente três em cada dez meninos e meninas iniciam a vida sexual entre 13 e 15 anos (PeNSE 2015). O resultado pode ser desde o risco de contrair uma infecção sexualmente transmissível até uma gravidez precoce. No Brasil, em 2018, 21.154 bebês nasceram de mães com menos de 15 anos de idade.
Apesar do número estar caindo, essa redução só começou a ocorrer a partir de 2015, quando foram registrados 26.701 nascimentos. De lá para cá, a queda é de 27%, enquanto que na faixa etária de mães entre 15 e 19 anos a queda ocorre desde o ano 2000, chegando a uma redução de 40% (passando de 721,6 mil para 434,6 mil).
“Alguém tem que falar que tem consequências e procurar uma maneira de minimizar o problema. Estamos falando de comportamento. Alguém tem que levantar esse assunto, pois o nosso número é muito alto”, alerta o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. “Este é um tema transversal e exige esforços de todos, com abordagens para diferentes fases da adolescência”, completou Mandetta.
Para incentivar o debate sobre a gravidez precoce e os riscos e consequências, o Ministério da Saúde lançou a campanha “Tudo tem seu tempo: Adolescência primeiro, gravidez depois” na última segunda-feira (03). Promovida em conjunto com o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, a proposta é despertar a reflexão e promover o diálogo entre os jovens e as suas famílias em relação ao desenvolvimento afetivo, autonomia e responsabilidade. A iniciativa faz parte da Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, que acontece até sexta-feira (7/2).
“A política é ampla. Nós precisamos olhar os números e saber as consequências. E para esse público (menor de 15 anos) é por meio da família e da escola, principalmente, que o diálogo deve existir”, enfatizou o ministro da Saúde.
DESAFIOS DE UMA GRAVIDEZ PRECOCE

Tatiane Rocha*, mora no Rio de Janeiro, e foi mãe aos 13 anos de idade. Na época, desconhecia métodos de prevenção. Ela recorda das dificuldades que enfrentou após a gravidez precoce. Uma das maiores adversidades foi a volta aos estudos. Tatiane não conseguiu voltar a estudar após duas gestações seguidas. “A minha gravidez foi de risco e a bebê nasceu prematura. Logo depois, engravidei da segunda, com 14 anos”, conta. Mesmo tendo vivenciado os desafios de engravidar durante a adolescência, ela lamenta não ter conseguido conversar com a filha sobre como se cuidar, que hoje, aos 13 anos, está grávida de quatro meses.  
Eliene Silva também não sabia nada sobre métodos contraceptivos quando engravidou aos 14 anos. Por conta da idade, conta que sofreu preconceito e precisou parar de estudar. Aos 17 anos, foi mãe novamente. Com os filhos, sempre conversou sobre formas de se prevenir e evitar, inclusive, infecções sexualmente transmissíveis. “Tudo que eu não tive, eles tiveram”, destaca a moradora de Brasília que hoje está com 40 anos.
Tatiane e Eliene lembram que não contaram com a participação do pai do bebê na criação dos filhos e na responsabilidade de cuidar de outra vida. “Uma criança cuidando de outra”, descreve Eliene. Em ambos os casos, as avós deram o suporte necessário nesta fase. “Da mesma forma que minha mãe me ajudou, também vou ajudar minha filha”, afirma Tatiane.
No lançamento da campanha, Mandetta já alertava para a necessidade da paternidade responsiva. “A paternidade nesses casos é muito pouco exercida. Normalmente essas meninas ficam sozinhas com essas crianças. E essas crianças, muitas vezes, são cuidadas pelas avós. Nós temos um número enorme de famílias constituídas por avós que precisam assumir essas crianças”, apontou o ministro da Saúde.
IMPACTOS E CONSEQUÊNCIAS

A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2015 já apontava para a realidade de que 27,5% dos escolares brasileiros do 9º ano do ensino fundamental já tiveram relação sexual alguma vez na vida, representando cerca de 723,5 mil alunos. Nesta pesquisa, a maior parte dos estudantes (88,6%) tinha idade entre 13 e 15 anos, sendo que a metade tinha 14 anos.
Ao engravidar, muitas meninas abandonam os estudos. Cerca de 20% das adolescentes que engravidaram deixaram de estudar, segundo pesquisa do EducaCenso 2019 que contemplou cerca de metade das escolas públicas e privadas do país. Ao todo, 91.740 escolas responderam e informaram que, em 2018, 65.339 alunas na faixa etária de 10 a 19 anos engravidaram.
Outro estudo do Ministério da Saúde, chamado Saúde Brasil, indica uma das maiores taxas de mortalidade infantil entre mães mais jovens (até 19 anos), com 15,3 óbitos para cada mil nascidos vivos (acima da taxa nacional, de 13,4 óbitos). Isso porque além da imaturidade biológica, condições socioeconômicas desfavoráveis influenciam nos resultados obstétricos. Na faixa etária de 10 a 14 anos, a maior parte dos registros de gravidez está na região Norte (1,4% do total) e Nordeste (1,1%). Na outra ponta, os menores índices estão na região Sul (0,5%).
A gravidez no começo da adolescência apresenta, inclusive, mais riscos à vida da mulher, assim como a gravidez tardia. A Razão de Mortalidade Materna para a faixa etária de 10 a 14 anos foi de 66 óbitos para cada 100.000 nascidos vivos nessa faixa etária. A taxa total é 55,1.
Além disso, o código penal brasileiro classifica como crime a relação sexual com menor de 14 anos.
PLANO DE VIDA

Todo adolescente encontra no Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades de saúde da Atenção Primária, o acompanhamento, ligado ao seu crescimento e desenvolvimento, segundo Maximiliano Marques, diretor do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas da Secretaria de Atenção Primária à Saúde. “O vínculo com as equipes da Atenção Primária à Saúde permite que os profissionais conheçam os jovens, conversem e orientem sobre o plano de vida de cada um, bem como o cuidado para a saúde sexual, saúde reprodutiva e o planejamento familiar”, destaca.
 *nome fictício


Tinna Oliveira
Agência Saúde

Eleitores têm até 6 de maio para procurar cartório e regularizar situação eleitoral

Diversos serviços podem ser solicitados, como emissão do título, transferência de domicílio, revisão dos dados e cadastramento biométrico


Para votar nas Eleições Municipais de 2020, os eleitores devem estar atentos ao prazo de 6 de maio, que é o último dia para regularizar a situação na Justiça Eleitoral. A partir do dia 7 de maio até o final da eleição, o Cadastro Eleitoral ficará fechado – período em que nenhuma alteração poderá ser efetuada no registro do eleitor –, sendo permitida somente a emissão da segunda via do título. Esse prazo é importante para que a Justiça Eleitoral tenha um retrato fiel do eleitorado que participará do pleito.

Diversos serviços podem ser solicitados diretamente nos cartórios eleitorais, sem a necessidade de intermediação de terceiros. São eles: emissão do título de eleitor, transferência de domicílio eleitoral, revisão dos dados e cadastramento biométrico, entre outros. Todos esses serviços são gratuitos. Dia 6 de maio também é a data-limite para o cidadão procurar o cartório para pedir a mudança de domicílio eleitoral e regularizar sua situação, estando apto a exercer o direito de voto.

É possível verificar a regularidade do título acessando o Portal do TSE. Basta clicar em Serviços ao Eleitor e, depois, em Situação Eleitoral. As informações necessárias são nome completo e data de nascimento.


Principais serviços nos cartórios
  • Inscrição: realizada para a obtenção do título de eleitor, é procedimento obrigatório para os maiores de 18 anos. É necessário apresentar documento oficial de identidade e comprovante de residência recente. O cidadão do sexo masculino com idade entre 18 e 45 anos também deverá apresentar o certificado de quitação com o serviço militar.
  • Revisão: operação realizada para modificar qualquer dado do eleitor constante do Cadastro Eleitoral – nome civil (modificado por decisão judicial ou casamento); nome do pai e/ou da mãe; profissão; e estado civil. Cabe a revisão também quando o eleitor quer mudar de local de votação, mas permanece no mesmo município, e precisa regularizar a situação do título cancelado. É necessário apresentar documento oficial de identidade e, se possuir, o título anterior. No caso de mudança de nome, é obrigatório apresentar a certidão de casamento ou a decisão judicial em que consta a modificação. O eleitor deve estar quite com a Justiça Eleitoral para requerer a operação de revisão.
  • Transferência: operação realizada quando o eleitor muda de domicílio eleitoral, ou seja, de uma cidade para outra. É necessário apresentar documento oficial de identidade, comprovante de residência e, se possível, o título anterior. O eleitor deve estar quite com a Justiça Eleitoral e residir há, no mínimo, três meses no novo domicílio. Além disso, é necessário que tenha transcorrido pelo menos um ano do alistamento ou da última transferência requerida.
  • Segunda via do título eleitoral: esse documento deve ser solicitado quando o eleitor com inscrição regular não deseja realizar nenhuma modificação em seus dados cadastrais na JE, mas busca obter a segunda via do título de eleitor por motivo de perda, roubo ou extravio. Nesse caso, é necessário apresentar apenas o documento oficial de identidade. O eleitor deve estar quite com a Justiça Eleitoral para requerer a emissão da segunda via.
  • Certidão de quitação eleitoral: se o eleitor estiver em dia com a Justiça Eleitoral, poderá obter essa certidão na hora, em qualquer unidade de atendimento ou pela internet. Se tiver sido penalizado com multa por ausência às urnas, o eleitor pode solicitar a guia para o pagamento do débito em qualquer unidade de atendimento da JE ou pela internet. O procedimento também vale para os mesários que não compareceram para trabalhar no dia da eleição. Depois, deve retornar à unidade da Justiça Eleitoral com a guia quitada para baixa. Logo em seguida, a certidão é emitida. Há casos em que a certidão não pode ser gerada por questões mais complexas, como condenações penais definitivas ou até mesmo outras multas eleitorais. Nessas situações, o eleitor deverá procurar o cartório onde está inscrito.
  • Biometria: nos municípios onde o cadastramento biométrico é obrigatório, os eleitores têm um prazo para se dirigir ao cartório eleitoral mais próximo. Além de atualizar as informações de sua inscrição no Cadastro Eleitoral, o eleitor também será fotografado e terá as impressões digitais e a assinatura colhidas. Esse material será incluído no banco de dados da Justiça Eleitoral e auxiliará a coibir possíveis fraudes, como uma mesma pessoa possuir diversos títulos simultaneamente ou um eleitor tentar se passar por outro na hora da votação. O prazo para se cadastrar varia de cidade a cidade, conforme cronograma estabelecido pelo respectivo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).


RC/LC, DM


Carnaval 2020 deve movimentar R$ 906 milhões na cidade de São Paulo

Estimativa da FecomercioSP é que vendas do varejo obtenham alta de 5% no mês de fevereiro


Após movimentar cerca de R$ 720 milhões em 2019, a FecomercioSP estima que o Carnaval da cidade de São Paulo registre R$ 906 milhões em 2020 no comércio e nos serviços, como bares, hospedagem, farmácias, fantasias e ambulantes – que vendem desde bebidas e comidas até acessórios.

Quanto ao comércio varejista, a projeção da Federação é de alta de 5% para as vendas em fevereiro. Segmentos que serão diretamente impactados pelo consumo nesses dias, como supermercados e vestuário, tendem a apresentar elevações de 2,5% e 6%, respectivamente. Isso porque os foliões estão mais dispostos a gastar frente a um quadro econômico favorável, com mercado de trabalho aquecido e mais disponibilidade de crédito.

Contudo, levantamento da FecomercioSP, com base no IPCA de 15 de janeiro, mostra que a média de preços estará 2,58% acima da inflação do que há um ano. O item que puxou o aumento foi a carne, do qual o preço subiu 27% nos últimos meses. O etanol também registrou alta (8,18%), assim como lanches (4,17%). Por outro lado, os valores de refrigerantes e águas caíram 5,88%, e da cerveja, 4,11%. Por isso, os foliões que quiserem manter a mesma média de gastos terão de abrir mão do tradicional churrasco, por exemplo.

 


Para a presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP, Mariana Aldrigui, “o número recorde de blocos deve levar a cidade ao topo da lista do maior Carnaval de rua do Brasil. É uma conquista importante para a cidade, pois está sendo consolidada como destino de Carnaval o que São Paulo sempre foi essencialmente ‘exportador’ de turistas. E, com eles, vêm recursos para comércio e serviços, dando um ritmo mais forte à economia num período considerado mais fraco no município”.

Mais de 36 milhões devem curtir Carnaval em sete destinos da folia

A taxa de ocupação hoteleira dos principais destinos no período ultrapassa os 60%


Faltam poucas semanas para o início do Carnaval, mas as expectativas para o setor turístico, durante o período, mostram que a edição de 2020 será de recordes. Um levantamento realizado pelo Ministério do Turismo mostra que a festa deve ser aproveitada por mais de 36 milhões de foliões em seis cidades onde a folia figura entre os grandes eventos do ano, além do Distrito Federal. O destaque vai para São Paulo (SP) que, de acordo com a prefeitura municipal, deve movimentar 15 milhões de pessoas durante os dias de folia. 

No Rio de Janeiro (RJ), 7 milhões de foliões devem passar pelos famosos bloquinhos e pelo sambódromo. Destes, 1,9 milhões são turistas de outros estados do país e do mundo. Em Pernambuco, a expectativa é que 3,7 milhões curtam o Carnaval nas famosas ladeiras de Olinda e 1,6 milhão na capital, Recife. Minas Gerais espera que 5 milhões de pessoas aproveitem os dias de festa em Belo Horizonte. Em Salvador (BA) são esperadas 3 milhões de foliões, sendo 854 mil turistas, 6,7% a mais do que em 2019. No Distrito Federal, 1,2 milhão de pessoas devem aproveitar a folia.

Outro item que tem animado o setor turístico é a taxa de ocupação dos hotéis no país. No Rio de Janeiro, a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio (ABIH/Rio) registrou uma taxa de ocupação média de 79%. O índice é maior do que o noticiado no mesmo período do ano passado (74%). Em Brasília também houve crescimento. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Hoteis do DF (ABIH/DF), o percentual deve subir de 24%, registrado em 2019, para 32%.

Em Pernambuco, são esperadas taxas acima dos 95%. São Paulo deve ter 60% dos seus quartos ocupados pelos foliões. Já na Bahia, Salvador deve atingir 95% de ocupação, com picos de 100% durante a festa. Em Belo Horizonte (MG), são esperados, segundo a ABIH do estado, que 80% dos quartos de hoteis estejam ocupados no período de Carnaval, um aumento de 15% em relação ao ano anterior.

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, destaca que os bons números trazem ânimo para o setor. “Esses dados só comprovam que o nosso Carnaval é uma das maiores festas populares do mundo e que possui grande potencial turístico para movimentar milhões de brasileiros e estrangeiros pelos destinos do país. Isso anima ainda mais o trade e fortalece as atividades turísticas, gerando emprego e renda para a população”, comentou.

Material sintetizado em laboratório pode baratear energia solar



Perovskita, classe de materiais cristalinos com potencial de aplicação no campo da tecnologia fotovoltaica, tem sido estudada por pesquisadores da Unicamp vinculados ao Centro de Inovação em Novas Energias (perovskita bidimensional sintetizada no CINE / imagem: CINE)


Graças ao seu potencial de aplicação no campo da tecnologia fotovoltaica, as perovskitas são um dos materiais funcionais mais estudados na atualidade. Células solares de perovskitas já alcançam uma eficiência de 25% na conversão de energia luminosa em elétrica, ultrapassando o porcentual das células de silício policristalino – ainda as mais comercializadas no mundo. O grande diferencial da nova tecnologia é a fabricação mais simples, barata e menos impactante para o meio ambiente.

“As células de silício só podem ser fabricadas em ambientes com elevado controle de particulados e demandam temperaturas que vão a mais de 1.500º C. Por isso, embora seu preço tenha caído bastante nos últimos anos, os painéis solares à base de silício são muito caros. Em nosso laboratório, estamos produzindo filmes de perovskita a partir de soluções, também chamadas de tintas, em temperatura ambiente”, disse Ana Flávia Nogueira, professora do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (IQ-Unicamp) e pesquisadora responsável pela Divisão de Portadores Densos de Energia do Centro de Inovação em Novas Energias (CINE).
O CINE é um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) constituído pela FAPESP e pela Shell.

Juntamente com os pesquisadores Hélio Tolentino e Raul de Oliveira Freitas, do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), Nogueira coordenou um estudo de caracterização de filmes de perovskita híbrida. O trabalho resultou no artigo Nanoscale mapping of chemical composition in organic-inorganic hybrid perovskite films, publicado no periódico Science Advances, do grupo Science.

O estudo foi realizado com apoio da FAPESP durante o doutorado de Rodrigo Szostak.
“Nos últimos cinco anos, houve uma corrida de todos os grupos de pesquisa para ver quem conseguia a maior eficiência. Estamos próximos do limite teórico de eficiência, em torno de 30%. No entanto, a tendência atual é dar um passo atrás para entender melhor esses materiais. O trabalho realizado por Szostak está inserido nessa nova tendência. A técnica empregada por ele, que envolve luz síncrotron e nanoespectroscopia com infravermelho, foi usada pela primeira vez na caracterização de perovskitas”, afirmou Nogueira.
Szostak usou o aparato do LNLS, que lhe permitiu mapear grãos nanométricos individuais nos filmes. Isso foi importante porque o método de fabricação dos filmes, que consiste em depositar uma solução dos precursores do material sobre um substrato, em camadas com espessuras da ordem de nanômetros, pode originar tanto a fase estrutural de interesse quanto fases indesejáveis. Fatores circunstanciais, como umidade ou temperatura, influenciam a forma de organização dos átomos, fazendo com que possam passar de uma estrutura com atividade fotovoltaica para uma estrutura inativa. O objetivo do estudo foi investigar como essas diferentes fases se distribuem no filme e, consequentemente, como influenciam o desempenho do dispositivo.

Classe diversa
A perovskita propriamente dita é um óxido de cálcio e titânio, com fórmula molecular CaTiO3. Foi descoberta nos montes Urais, na Rússia, em 1839. E recebeu esse nome em homenagem ao mineralogista russo Lev Perovski (1792-1856), ministro do czar Nicolau I. O que os pesquisadores do CINE e outros chamam de perovskita é, na verdade, uma classe de materiais diversos sintetizados em laboratório que apresentam a mesma estrutura cristalina da perovskita original. São substâncias constituídas por dois cátions (íons positivos) de diferentes tamanhos, que podem ser genericamente descritos pela fórmula molecular ABX3, na qual A e B representam os cátions e X representa halogênios.
As pesquisas conduzidas no CINE, com vista à potencial utilização em dispositivos fotovoltaicos, enfocam perovskitas híbridas, com um cátion inorgânico (sem carbono) e um cátion orgânico (com carbono).
“Szostak trabalhou com perovskitas tridimensionais. Outro trabalho de nosso grupo, realizado por Raphael Fernando Moral, resultou na síntese de um novo material, uma perovskita bidimensional. Moral também usou a luz síncrotron para caracterizar o material, mas com espalhamento de raios X”, contou Nogueira.

O trabalho de Moral também recebeu apoio da FAPESP por meio de bolsa de mestrado e bolsa estágio de pesquisa no exterior. Os resultados renderam destaque na capa do periódico Chemistry of Materials, da American Chemical Society, onde foi publicado o artigo Synthesis of Polycrystalline Ruddlesden–Popper Organic Lead Halides and Their Growth Dynamics.
Moral usou, nos Estados Unidos, o equipamento do Stanford Synchrotron Radiation Lightsource para acompanhar o crescimento do material no momento exato em que a reação química acontecia, por meio de uma técnica chamada de espalhamento de raios X a baixos ângulos (do inglês, SAXS). De volta ao Brasil, o pesquisador e colaboradores prosseguiram o estudo no LNLS, para avaliar a estabilidade do material sob diversas condições de contorno.

“Moral conseguiu determinar até a velocidade média com a qual as placas 2D se sobrepõem durante a formação do material. Quando atravessada pela corrente elétrica, essa perovskita emite luz muito fortemente e pode ser um ótimo material para a fabricação de LEDs [light-emitting diodes]”, disse Nogueira.


O artigo Nanoscale mapping of chemical composition in organic-inorganic hybrid perovskite films pode ser acessado em https://advances.sciencemag.org/content/5/10/eaaw6619. E o artigo Synthesis of Polycrystalline Ruddlesden–Popper Organic Lead Halides and Their Growth Dynamics em https://pubs.acs.org/doi/pdf/10.1021/acs.chemmater.9b03439





José Tadeu Arantes

Agência FAPESP

Quem é seu filho na internet? App avisa pais em tempo real sobre a movimentação dos filhos no mundo digital

 Mãe brasileira criou aplicativo AppGuardian que monitora acesso a conteúdos do Youtube, envia alertas aos pais e ajuda a organizar rotina em família


A presença precoce das crianças no mundo virtual tem deixado muitos pais preocupados, seja pelo uso excessivo, conteúdos inapropriados, além de assédio e jogos que podem levar a autoagressão. Segundo dados da pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box - Crianças e smartphones no Brasil - Outubro de 2019, 95% das crianças brasileiras de 10 a 12 anos, filhos de pais internautas, têm acesso a smartphones, sejam aparelhos próprios ou dos responsáveis.

Pensando em ajudar os pais nessa “educação virtual”, Luiza Mendonça, mãe da Bia, de 13 anos, resolveu criar um app para acompanhar de perto o uso da filha na internet. Ao dar o primeiro celular para a filha, quando ela estava com 9 anos, ficou na dúvida sobre como monitorar os acessos e a melhor maneira de falar sobre os hábitos digitais da família, mas não encontrou nenhuma solução que a ajudasse nessa questão de forma mais completa. 

Assim surgiu a ideia do AppGuardian, um aplicativo de conexão entre pais e filhos que oferece ferramentas para auxiliar as famílias nas mudanças de hábitos digitais. "Nós vamos além do controle parental porque entendemos que o desejo mais profundo de um pai ou uma mãe é saber que está exercendo seu papel em garantir que seus filhos tenham uma infância e adolescência com orientação, suporte e diálogo aberto, para assim se tornem adultos saudáveis, equilibrados e felizes", comenta Luiza.

A criação do app tem o intuito de manter os pais atualizados sobre o que os filhos estão acessando e também ajudá-los a conhecerem melhor como eles são por “trás da telinha”. Ao instalar no celular da criança ou adolescente, os pais têm acesso a uma série de funcionalidades entre rotina de uso, tempo em família, tempo de tela e configurações de uso com bloqueios de apps e redes sociais para organizar a rotina diária. Para conhecer melhor quem são seus filhos na internet, os pais contam também com relatórios de uso de aplicativos, relatórios diários, semanais e mensais. Além disso, têm acesso ao histórico de aplicativos instalados e desinstalados em que conseguem ter uma ideia melhor das preferências dos filhos. 


Mais segurança para os seus filhos 

Ainda pensando em melhorar o serviço e trazer mais segurança para as crianças, o aplicativo acaba de lançar novas atualizações: agora os pais podem monitorar os conteúdos acessados do Youtube - basta bloquear o app do celular das crianças e deixá-las acessarem pelo browser da Navegação Segura. “Além de bloquear conteúdo inapropriado, ele permite que os pais vejam o que as crianças estão navegando - os vídeos mais assistidos, canais favoritos e acompanhar quem são seus ídolos”, explica Luiza.  

Já com a função SOS Pais, os responsáveis recebem em tempo real um aviso comunicando o tempo de uso, nível de bateria, acesso impróprio e apps que foram baixados. E outra novidade é a Navegação Segura que agora é uma função dentro do AppGuardian e não mais em outro app para usar em conjunto. Além de ser de fácil acesso e disponível para Android e iOS, o app possui um filtro de busca, que barra qualquer linguagem explícita. 

“AppGuardian foi pensado para todo tipo de pais e mães: tanto para aqueles que gostam de ter mais controle por meio de bloqueios e um monitoramento mais firme das crianças e adolescentes conectados, quanto para aqueles que prezam por uma relação de confiança mais aberta bastando apenas um acompanhamento com o intuito de entender mais a fundo quem são seus filhos na internet por meio de relatórios e informações de uso, sem necessariamente recorrer aos bloqueios. E com todas essas novas funcionalidades e cuidados, os pais podem ficar tranquilos em relação a navegação dos filhos na internet”  finaliza Luiza. 


7 coisas que as empresas podem fazer para dar certo em 2020


O fim de 2019, como todos os anos, vem marcado nas desgraças apontadas nas retrospectivas, tragédias ambientais tenham sido naturais ou provocadas pela ação irresponsável do homem, crises políticas mundiais ou locais e um mercado econômico mundial e brasileiro cheios de problemáticas. Eu não sou muito a favor de olhar para trás se for só para ver o que deu errado. A nossa agricultura cresceu em 2019, as empresas de tecnologia no Brasil, em sua maioria, cresceram dois dígitos, empresas reformaram suas estruturas e ficaram enxutas se preparando para crescer, a área médica hospitalar no Brasil esteve em expansão física, bem como com um foco de melhoria expressiva em seu modo de atender no que se refere aos grandes centros. Mesmo nos campos onde houve melhorias ainda a muito para evoluirmos.


Quando mudamos o ano, em um ritual feito por grande parte das pessoas que passam a virada da meia noite nas praias brasileiras, pular sete ondas e pensar positivamente sobre boas coisas para o futuro, aquilo que desejamos e que esperamos trabalhar para que ocorra nos levando ao “ano bom”, é uma receita que nem sabemos se dá certo, mas ritual não se discute muito. De certo mesmo, apresentamos aqui uma lista que não falha quando aplicada em empresas e corporações que buscam o sucesso. Confira a sua lista!
7 coisas para 2020 dar certo.


1 – Investir em educação. Vamos começar pela nossa mesma, saber mais, aprender mais te dá mais chances de ir além em 2020. As empresas que investirem mais em educação terão funcionários mais preparados para lidar com as inovações necessárias ao bom ano. Os governos federais, estaduais e municipais que apoiarem a educação farão uma base para irmos além até de 2020 e não valem promessas de campanha, valem as ações reais percebidas neste novo ano.


2 – Mudar a cultura. Se pararmos de choramingar as pequenas derrotas podemos olhar para as pequenas vitórias, um pouco de esforço não faz mal a ninguém na hora de ser otimista. As empresas que trouxerem mais empreendedorismo, mais força de participação dos colaboradores nos resultados em locais com melhores climas para se trabalhar vão sair na frente, apesar de esta ser uma tarefa árdua é preciso começar já neste novo ano. Chega de empresas estatais ineficientes, de um estado gigante entregando baixos resultados a população, uma cultura de excelência e eficiência do estado precisa ser iniciada já para colhermos frutos em cinco ou dez anos.


3 – Mente sã em corpo são. Cuidar do nosso estresse e de nossa saúde física são fundamentais para lidar com bons anos em nossas vidas. Nem um ano é bom com você estressado e cansado fisicamente. As empresas que têm uma liderança mais equilibrada emocionalmente obtêm até 30% de resultados melhores, as lideranças que cuidam de sua saúde física têm até 70% de chance de passar por situações difíceis de maneira mais simples. Governantes desequilibrados, sejam de direita ou de esquerda não ajudam em nada o país. A virtude está no meio, não existe nada de bom na polarização e radicalização que nos ajude neste novo ano a fazerem as coisas melhores para todos.


4 – A fé não costuma falhar. Quem anda mais conectado a uma fé, seja qual for, tem mais chance de se sentir melhor com os desafios. Um pouco de paz mental não faz mal, acalmar o espírito interior pode nos fazer ver as coisas com mais clareza, mesmo em momentos difíceis. As empresas mais conectadas a valores humanos, a ética, a responsabilidade com o futuro da sociedade têm índices de rentabilidade maiores do que as que não tem. A sociedade governada sem valores humanos, sem respeito e dignidade para com os outros não pode prosperar. Inclusão e fomento a liberdade de empreender dão a conta da dignidade ao cidadão.


5 – A minha responsabilidade é fundamental. É preciso demonstrar aos nossos filhos e liderados que somos os responsáveis pelas nossas escolhas e decisões. Um ano em que sejamos capazes de perceber que não é culpa do outro se as coisas não vão bem é sim em grande parte nossa responsabilidade tomar melhores decisões e ter melhores ações. As empresas baseadas na liberdade das pessoas serem mais responsáveis em todos os níveis têm um ambiente mais sólido para evoluir neste ano novo. Os governantes precisam saber que são responsáveis, incluindo todas as esferas de poder, um povo sem responsabilidade, líderes políticos sem responsabilidade e governantes sem responsabilidade não podem criar nenhum ano bom sequer. A liberdade baseada no empreendedorismo nas responsabilidades individuais com o coletivo leva todos mais longe.


6 – Juntos somos mais fortes. Já sabemos que é na colaboração que podemos moldar um futuro melhor para todos. Ninguém pode ser suficiente em si mesmo.  Com quem podemos contar? Quem irá nos ajudar? Com quem devemos trabalhar juntos? Um bom ano tem que alcançar os grupos, as famílias e a sociedade. Empresas que esperam um bom ano, precisam de um ambiente colaborativo em todos os níveis. Mais que uma competência de indivíduos e de líderes as empresas precisam de um modelo de ambiente que favorece estar juntos e colaborar, precisam acabar com silos e egocentrismos. Na política esta é uma missão para muitos anos ainda, governar para os interesses do coletivo e não dos próprios interesses parece estar longe de se tornar uma realidade. Para 2020 é possível nas eleições municipais estarmos atentos aos discursos e a pessoa que o fará para enxergar se temos algo de bom a nos aguardar.


7 – Liberdade do passado. Quando estamos presos em tudo que nos pareceu dor não podemos olhar com otimismo para o futuro. O que passou, passou! Se o ano anterior deixou aprendizados dolorosos é preciso se libertar desta dor. O futuro se constrói com o que é novo, a nova semente plantada e que irá brotar conforme você possa regá-la e cuidar dela. Nos ambientes empresariais a capacidade de renovar-se mais rapidamente do que outros lhe indica uma capacidade de ir além chegando em novos patamares de resultados e de negócios. Na sociedade a liberdade estimulada para o povo liberto de discurso passado leva a evolução para uma melhor condição de existência. Criar nosso modo sem copiar o que já se passou é um bom modo de abrir a discussão. Quem sabe num bom ano se possa aumentar o diálogo.

Espero que cada um possa pelo menos estabelecer a sua parte nestes sete desejos, me parece que se cada um evoluir o todo poderá se beneficiar. Que seja um 2020 mais consciente de quem precisamos ser. Contem comigo para exercer minha força de transformação e ajudar a vida das pessoas a serem mais felizes.





Celso Braga - Sócio-diretor do Grupo Bridge, Psicólogo e Mestre em Educação, pós-graduado em Psicodrama Sócio Educacional pela ABPS, Professor supervisor pela FEBRAP. Acumula experiência de mais de 25 anos em desenvolvimento humano e projetos de conexões educacionais e inovação. É autor dos livros ‘A Jornada Ôntica’ (2013), ‘O Hólon da Liderança’ (2015), ‘Inovação: diálogos sobre a prática’ (2016), ‘Inovação: diálogos sobre colaboração produtiva’ (2017), A Magia dos Sentimentos: 27 emoções para transformar sua vida       e em 2019 lançou os livros em versão digital; Lifelong Learning - Aprender para a Vida e Empowerment, uma liderança que inspira. Celso Braga é coautor do livro ‘Educação para Excelência’ (2010). 

Cates da zona norte realizam seleção de 140 vagas de emprego para rede atacadista


Salários chegam a R$ 1.650, o candidato deve residir na zona norte da capital


A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, realiza entre os dias 10 e 12 de fevereiro, processo seletivo para 141 vagas para o atacadista Roldão. Os interessados deverão comparecer nas unidades do Cate – Centro de Apoio e Trabalho e Empreendedorismo em Santana, Brasilândia, Jaçanã ou Tucuruvi, na zona norte, e Lapa, na zona oeste, para realizar a pré-seleção.

O atendimento será dividido em dois turnos com capacidade para até 100 trabalhadores por horário: das 9h às 12h30 e das 14h às 16h. O candidato deve residir na zona norte da cidade para poder participar da seleção. Após retirar a carta de encaminhamento na pré-seleção, os participantes são direcionados para a segunda etapa do processo seletivo, realizada diretamente na empresa contratante.

A seleção abre vagas para açougueiro; operador de empilhadeira; conferente de mercadoria; fiscal de prevenção e perdas; fiscal e operador de caixa; empacotador; repositor de produtos e atendente de SAC. Os salários vão de R$ 1.000 a R$ 1.654, e alguns cargos também pedem, ao menos, seis meses de experiência no setor.

“O Cate realiza gratuitamente o serviço de seleção de pessoas para as empresas de todos os portes. Por meio das nossas unidades espalhadas por São Paulo, as empresas podem encontrar o candidato ideal de acordo com as características estabelecidas”, explica a secretária de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Aline Cardoso.

Para participar o trabalhador deve comparecer a uma das unidades do Cate localizadas em Tucuruvi, Brasilândia, Santana, Jaçanã ou Lapa levando RG, CPF, carteira de trabalho, número do PIS e comprovante de residência.


Confira os endereços:

Cate Santana – Rua Tucuruvi, 842
Cate Brasilândia - Av. João Marcelino Branco, 95
Cate Jaçanã - Rua Luis Stamatis, 300
Cate Tucuruvi - Rua Tucuruvi, 842
Cate Lapa - Rua Guaicurus, 1.100


Serviço

Processo seletivo – Vagas para o setor de atacado
Data: 10, 11 e 12 de fevereiro
Horário: 9h às 12h30 e 14h às 16h
Ação gratuita

São Paulo em caos. De quem é a culpa?


Como advogada, começo este texto dizendo que o Pedrão não tem culpa do caos que tem se espalhado pela cidade de São Paulo durante as chuvas de dezembro e janeiro. São Pedro é completamente inocente dessa vez.
Tem chovido quase que diariamente nos últimos meses na cidade de São Paulo e a cena tem se repetido: dezenas de pessoas enfrentando a fúria das águas que invade casas, empresas e tudo o que vê pela frente, deixando um rastro de destruição e desespero para quem lutou e suou uma vida inteira para construir patrimônio.
Sim, em grande parte, a culpa é da administração municipal, que deixa de realizar os investimentos necessários para a limpeza de córregos, piscinões, bocas de lobo, entre outros. Não podemos nos esquecer da importância de limparmos os rios, riachos e córregos com frequência, para evitar o lixo se acumule em áreas problemáticas.
Quando falamos de lixo, precisamos debater com a sociedade melhores formas de descarte daquilo que não utilizamos mais, a adoção de coleta seletiva, a realização de mais ações de cata bagulho e, principalmente, tornar consciência da importância que todos temos no combate a enchentes.
Faço questão de destacar que enchentes não são fenômenos novos. Faz mais de 20 anos que esse assunto é tema de reportagens, estudos, mas, ações que é bom, nada. Parece que os governantes só lembram desse problema quando algum veículo de comunicação solicita entrevista para comentar o vídeo-tape do ocorrido, quando “Inês é Morta”.
Nada tenho contra o atual prefeito, afinal, ele assumiu a prefeitura numa consequência eleitoral. Também, quando falo de Poder Publico, me refiro as ações que podem ser tomadas pelos integrantes dos Poderes Executivo e Legislativo. Se, por um lado, o prefeito tem a obrigação de fazer melhorias, por outro, os vereadores podem fazer sugestões, apresentar emendas que visem as ações que vão contribuir com a vida de toda a população que reside nas terras paulistanas. Não é responsabilidade de apenas um lado! A Câmara de Vereadores tem que fazer o papel dela.
Indo além nessa discussão, sou obrigada a reconhecer que, na vida real, móveis e outros utensílios não possuem pernas e se deslocam até a beira dos córregos e rios.  Isso só funciona nos desenhos animados. Alguém, que pode ou não sofrer as consequências das chuvas torrenciais, depositou o objeto ali.
Consciência ambiental é preciso. As ações em prol do Meio Ambiente salvam vidas, principalmente quando explicam a importância de a população não contribuir com o descaso governamental e jogar entulho, lixo e outros objetos nas proximidades dos rios.
Civilidade também entra no contexto que estamos discutindo. De nada adianta reclamarmos das enchentes se jogarmos bitucas de cigarro, palitos e chiclete, por exemplo, no chão. Por incrível que pareça, grandes quantidades deles se aglomeram e impedem a passagem da água. Tudo o que soma 1 milhão, começou com uma unidade.
Luto para que a população sofra menos com problemas como esses. É nisso que confio e acredito.






Mariana Lacerda - advogada, coordenadora executiva estadual da Rede Sustentabilidade


COMPANHEIRO DE MULHER FALECIDA APÓS PARTO DE FILHO TEM DIREITO A SALÁRIO-MATERNIDADE

Decisão do JEF de Taubaté/SP determina ao INSS pagar o benefício ao pai para cuidar do recém-nascido


A Juíza Federal Carla Cristina Fonseca Jorio, da 1.ª Vara-Gabinete do Juizado Especial Federal Cível de Taubaté/SP (JEF/Taubaté), determinou ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que proceda à imediata concessão do salário-maternidade a favor do companheiro de uma mulher falecida logo após o parto do filho.

A decisão foi concedida parcialmente em tutela antecipada (espécie de liminar). O pai pleiteava o benefício em seu nome, alegando que assumiu integralmente os cuidados com o filho recém-nascido. A companheira faleceu em 19 de outubro de 2019, no dia do parto do segundo filho do casal.

O salário-maternidade está previsto na Constituição Federal e na Lei 8.213/1991. O benefício é devido à segurada que comprove a satisfação ao requisito de carência e pelo período de 120 dias, com início no período entre 28 dias antes do parto e a data de ocorrência deste.


Para a magistrada, ficou comprovada a qualidade do companheiro como segurado, conforme anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) e pelo extrato Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), apesar de não constar no processo a informação de concessão ou não do salário-maternidade à mãe.

“Não há outra alternativa razoável do que considerar que o pai viúvo segurado, tendo a mãe falecido antes do prazo de 120 dias do parto, tem o direito por extensão analógica de usufruir do salário-maternidade integralmente ou pelo tempo restante do benefício, de modo a permitir que cumpra sua obrigação de criação do filho”, afirmou.

A magistrada ressaltou que o pai viúvo acaba por assumir papel antes destinado à mãe. Assim, privá-lo do salário-maternidade implicaria violação ao princípio da isonomia formal. Além disso, sustentou que a lei utiliza a palavra “segurada” em referência à “maternidade”, ou seja, à figura feminina, que é quem passa pelo processo gestacional e de parto, e também quem, usualmente, fica encarregada da maior parte dos cuidados ao recém-nascido.

Ao conceder a liminar, a juíza destacou o caráter alimentar do benefício. “Assim, concluo, por extensão analógica ao artigo 71 da Lei 8.213/1991, que o pai viúvo segurado, no caso de falecimento da mãe no momento ou logo após o parto, faz jus ao benefício de salário-maternidade na qualidade de beneficiário, ainda que esta (genitora falecida) não tenha cumprido os requisitos para a obtenção do benefício de salário-maternidade”, concluiu.


Pagamento

A magistrada determinou que o INSS conceda, imediatamente, o benefício ao autor em relação às prestações a vencer, contadas a partir da ciência da decisão, e no prazo máximo de 15 dias. O pagamento das prestações em atraso deverá obedecer ao procedimento legal, com a expedição de requisições de pequeno valor (RPVs).



Processo 0000162-94.2020.4.03.6330

Não podemos ser avulsos


O modelo eleitoral brasileiro não permite candidaturas avulsas, obrigando que os candidatos tenham filiação partidária para concorrer a todos os cargos públicos. Em cargos majoritários - presidente, governador, prefeito e senador - é preciso ser filiado a um partido político, mas o candidato poderá alterar a legenda durante o mandato sem perder o cargo. Em cargos proporcionais - deputados federais, deputados estaduais e vereadores - os candidatos precisam de filiação partidária, mas não podem se afastar da legenda durante o mandato, sob pena de perder o cargo para legenda, exceto em casos de expulsão, perseguição partidária ou criação de novos partidos.

Assim como o modelo brasileiro exige, outros modelos possibilitam as chamadas candidaturas avulsas. Adianto minha defesa enfática às filiações e fidelidade partidária. Acredito que o modelo partidário e sua obediência, de alguma forma, organiza melhor as estruturas políticas, e possibilita que o eleitor tenha uma forma de identificar e responsabilizar suas escolhas.

Dificilmente veremos uma disputa presidencial entre um grande partido norte-americano e um candidato avulso, isso porque as candidaturas avulsas são muito custosas econômica e politicamente. Dificilmente um candidato avulso consegue organizar as forças políticas e uma gama de candidatos para viabilizar sua candidatura. Dentro do modelo brasileiro, de presidencialismo de coalizão, dificilmente temos condições de manter uma coalizão sólida, sem uma base partidária razoável.

Os partidos políticos têm uma função primordial: possibilitam, de forma mais racional, a aglutinação de forças políticas em torno de um candidato ou uma agenda política a ser implementada. Se observarmos as votações ou encaminhamentos de uma sessão da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, verificaremos o impacto das estruturas partidárias nas votações. 

São os partidos que mantém de forma mais estável o modelo de coalização dentro do Poder Legislativo. Seria muito ingênuo acreditarmos que um político sozinho pudesse agradar a todos e possibilitar a construção de um governo tão grande como o nosso, somente com seu prestígio ou capacidade política. Acredito que a possibilidade de candidaturas avulsas geraria instabilidades políticas e dificuldades na construção de uma ideia das “elites políticas”.

Os maiores defensores das candidaturas avulsas são os políticos que não se adequam aos modelos partidários, ou que têm dificuldade de aceitar a organização dos partidos e sua dinâmica de coalizão dentro do Congresso. Esses mesmos candidatos, não adaptados, necessitarão dos partidos e do Poder Legislativo se tiverem que exercer um mandato. Formação de base no Congresso e aglutinação de forças políticas em prol de uma coalizão são primordiais para governos estáveis. As candidaturas avulsas devem ser discutidas, mas é um ponto muito superficial diante de outros problemas que já temos. Precisamos avançar dentro de discussões como a democracia interna dos partidos políticos; convenções partidárias mais efetivas e sérias e abertura das estruturas partidárias para modelos mais democráticos. É por meio dessas discussões que os ambientes partidários se tornarão mais abertos para entrada de grupos políticos capazes de estruturar melhor nosso modelo democrático. 






Francis Augusto Goes Ricken - mestre em Ciência Política e advogado, é professor do curso de Direito da Universidade Positivo.

Há vida além do Vestibular


A lista nominal dos aprovados foi anunciada. Em direção a ela milhares de jovens dirigem-se. Em cada um, o sonho de encontrar seu nome como aprovado no concurso vestibular, o seu ingresso no curso superior. Além de levarem seus próprios anseios, levam também as esperanças e os sonhos de seus pais e, talvez, a expectativa da sociedade à qual pertencem.

Sim. Lá está seu nome. O grito da vitória brotado no fundo do seu ser. Vitória essa conquistada com muita dedicação. O abraço forte daqueles que a ele estão ligados. Descortina-se diante de si a possibilidade de um futuro brilhante. Para ele, o vestibular passou a ser uma página virada na história da sua vida.

Porém, um grande número deles não encontra seu nome na lista dos aprovados. A pergunta fatalmente virá ao seu pensamento: “O que vou fazer agora?”. Então, ele provavelmente se fechará, tendo em vista que sentirá o “mundo desabando”. Estará só com seus pensamentos de desilusão, de sentimento de injustiça, de indignação.

Entrará, então, em contato com sua subjetividade. É um santuário interior, quando se está só, com a alma desencantada, em que se repele a realidade externa. Não se trata de solidão, o vazio que invade a vida tirando-lhe o sentido. É apenas a possibilidade de estar só. Dessa dimensão ele sairá no seu devido tempo.

Esse refúgio o fará compreender, também, que o vestibular faz parte da vida como desafio, contingência e experiência individual. Enfim, desse refúgio dependerá o novo despertar do seu desejo, para que ele torne a buscar a profissão de seus sonhos e retome o caminho do reencontro, que nem sempre acontece na primeira vez. Então, não ter sido aprovado não se traduz em gravidade severa, pois grave é tudo aquilo que a vida não concede nova oportunidade.

Também não houve fracasso, se fez conscientemente o que lhe cabia fazer, dentro da sua capacidade de alcance e com os recursos físicos e intelectuais de que dispunha. Fez tudo o que podia. Não se pode, pois, ir além do tudo. Cada aparente insucesso fornece a força necessária para que o passo seguinte seja dado com mais segurança. E como os pais podem preparar o filho para essa adversidade? Estruturá-lo para que trilhe o seu próprio caminho. Prepará-lo para suportar as frustrações.

Alertá-lo de que a realidade externa impõe certas perdas. Essa é uma tarefa individual, como individual é a tomada de consciência (e a nossa também) de que nada se pode fazer para evitar as perdas e as marcas do tempo, tendo em vista que se constituem em fatores inerentes para o contínuo e infindável desenvolvimento humano.

Que aprenda o que o tempo lhe ensinou, já que o passado é ensinamento sobre o qual se deve refletir e não se reproduzir. Que respeite especialmente o indispensável, como o alimento, o trabalho, o amor, o acreditar em si mesmo, o meio ambiente, a saúde, os amigos, a ação, a família, Deus... enfim, esses valores existentes além do vestibular e que podem ser considerados únicos na vida. E se, porventura, algum desses valores tenha faltado, que ele tenha buscado no seu interior, na sua capacidade de ficar só, a força, a criatividade, a inspiração e a vontade indomável para encontrar o caminho da saída.




Ivo Carraro - professor de matemática, psicólogo e autor do livro “Profissões: pais preocupados, filhos inseguros’’, é orientador educacional do Curso Positivo.

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