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quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Estresse de fim de ano pode acarretar em problemas de saúde



Excesso de responsabilidades pode estragar as festas e trazer até complicações cardíacas

No fim de ano, há uma sobrecarga de tarefas, gastos, grande quantidade de compromissos, cobranças e, com isso, esses últimos dias podem ficar mais tensos e podem colocar em risco a saúde cardíaca. Além disso, também pode ocasionar alguns problemas, entre eles, o estresse e, consequentemente, problemas cardíacos.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o estresse atinge 90% da população mundial. Só no Brasil, 70% da população sofrem com esse mal, sendo que 30% chegam a ter níveis elevados de estresse. De acordo com o cirurgião cardíaco de São Paulo, Marcelo Sobral, o estresse é um grande vilão, pois em altos níveis, ele pode resultar em arritmias, insuficiência cardíaca e até o infarto do miocárdio. Fortes emoções podem fazer com que o corpo sofra uma descarga de adrenalina que acelera os batimentos cardíacos e aumenta a pressão arterial, acarretando em complicações durante essa época do ano.
Os problemas relacionados ao estresse que costumam aparecer primeiro são cansaço e desânimo, dificuldade de concentração, comportamento explosivo e irritabilidade. “Quando há crise de estresse, a pessoa pode ter sintomas parecidos ao de um infarto, como falta de ar, coração acelerado e transpiração excessiva. Por isso, é necessário procurar um médico para passar por uma avaliação, principalmente se o paciente tiver fatores de risco, como diabetes ou hipertensão”, explica o especialista.
Outro perigo para a saúde nessa época é a má alimentação, já que neste tempo de farra gastronômica aumenta o consumo de açúcar, gordura, sal e bebidas alcoólicas. “O ideal é não abandonar totalmente a dieta habitual e continuar praticando atividades físicas. Quanto à alimentação, é preciso tomar cuidado com a qualidade e quantidade dos alimentos ingeridos e dar preferência ao consumo de aves, lombo suíno magro, frutas, sucos e saladas”.
Prezar por hábitos alimentares corretos ajudam a fortalecer o sistema imunológico, que diminui a vulnerabilidade ao estresse e evita situações de desconforto. “Assumir o controle da situação e procurar não deixar tudo para a última hora é fundamental para um final de ano mais tranquilo”, finaliza Sobral.





Primeiro desfibrilador subcutâneo é implantado em Joinville



Aparelho age em casos de parada cardíaca sem precisar tocar o coração

O cardiologista e eletrofisiologista Rafael Ronsoni realizou, nesta semana, no Hospital Dona Helena, o implante de um cardiodesfibrilador subcutâneo. Segundo o médico, foi o primeiro aparelho deste modelo implantado na cidade. O paciente, um homem de 36 anos, já havia sofrido com dois episódios de morte súbita por parada cardíaca. “Agora, caso o incidente se repita, o evento arrítmico poderá ser revertido prontamente”, explica. O procedimento contou com a participação de uma equipe com 10 pessoas.

Segundo ele, o grande diferencial do procedimento realizado no HDH é a capacidade de proteger contra a morte súbita sem tocar o coração. "O desfibrilador é subcutâneo, localizado entre a pele e a costela. Ele não utiliza eletrodos transvenosos, o sistema vascular se mantém preservado e reduz as chances de infecções e trombose. Ou seja, a efetividade é igual à do aparelho usado rotineiramente, mas ele apresenta mais segurança aos pacientes”, ressalta. 

De acordo com Rafael, a chamada morte súbita por parada cardíaca pode ser causada por uma falha na atividade elétrica cardíaca ou associada à presença de doença estrutural do coração, como infarto ou insuficiência cardíaca: “Quanto mais rápido o atendimento, em caso de parada cardíaca, maior a chance de sobrevivência. A cada minuto perdido, a chance de sobreviver diminui de 7% a 10%”.

Nesses casos, é indicada a colocação de um dispositivo, semelhante a um marca-passo, que reconhece a arritmia e emite um choque interno, chamado de desfibrilador. “O modelo que costuma ser utilizado consiste em um eletrodo (fio) implantado na superfície interna do coração que é conduzido através de uma veia. O problema é que esse fio pode ocluir a veia e, em caso de infecção, estará em contato direto com o órgão”, observa o médico.






Prática de exercícios físicos é aliada no tratamento de jovens com linfoma de Hodgkin



Além de auxiliar no ganho de massa magra e na melhora de sintomas, a atividade física pode ter impactos psicológicos positivos para os pacientes 


A prática de exercícios físicos é uma recomendação médica na maioria dos casos. Seja para evitar o desenvolvimento de doenças, para manter o organismo saudável ou até mesmo pelo bem-estar mental. Porém, durante o tratamento de um câncer, principalmente quando se trata de um tipo que atinge predominantemente jovens adultos ativos, como o linfoma de Hodgkin, muitas incertezas e inseguranças podem surgir.

O linfoma de Hodgkin é um tipo de câncer que atinge os gânglios do sistema linfático. Caracterizado pela multiplicação descontrolada dos linfócitos do tipo B, responsáveis pela defesa do organismo, é considerado um câncer raro¹. Todavia, é um dos tipos mais comuns entre jovens adultos², com uma incidência maior em indivíduos entre os 15 e 40 anos, especialmente na faixa dos 20 anos³.

Entre os principais sintomas estão o aumento dos linfonodos, febre, perda de peso, sudorese noturna, coceira e fadiga4. E é exatamente na redução dessas manifestações que o exercício físico pode se tornar um grande aliado ao tratamento medicamentoso. “Existem benefícios das atividades físicas descritos para vários tipos de câncer, incluindo o linfoma de Hodgkin. Há estudos mostrando melhoras na composição corporal, qualidade de vida, fadiga e diminuição da ansiedade”, afirma o Dr. Guilherme Fleury Perini, hematologista do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

Um desses estudos é o HELP (Healthy Exercise for Lymphoma Patients), conduzido pela Fundação Lance Armstrong e pela Universidade de Alberta, no Canadá. Feito com 122 pacientes em tratamento ou não para diferentes linfomas, demonstrou que o grupo submetido a uma série de treinos aeróbicos, durante 12 semanas, teve resultados positivos com relação à qualidade de vida, como melhora da fadiga, preparo cardiovascular, aumento de massa magra e em aspectos psicológicos como depressão, em comparação ao grupo que não foi submetido a essas condições5.

E o mais importante, de acordo com o Dr. Perini, é que as atividades não impactaram no tratamento da doença. “Talvez os principais benefícios estejam relacionados aos aspectos psicológicos, como sensação de bem-estar e menor incidência de depressão. A fadiga, além do componente físico, também apresenta o fator psicológico e é uma das manifestações que mais demonstraram melhora em pacientes praticantes de atividades físicas”, comenta. 

Entre os exercícios indicados, os aeróbicos ou os que visam o ganho de massa magra, como a musculação. Além disso, há ainda estudos que demonstram benefícios em outras atividades, como caminhadas, corridas e ciclismo. Algumas limitações podem ocorrer devido aos efeitos colaterais da quimioterapia, como náusea, queda da imunidade e presença de cateteres.

Portanto, para pacientes com câncer, exercícios supervisionados em academia podem ser mais adequados. Já para os que estão em remissão, ou seja, sem os sinais da doença, a orientação é outra. “Os que tratam do linfoma podem ter um risco maior de doença cardiovascular. Portanto, antes de iniciar é importante conversar com o médico e fazer os exames solicitados”, explica Dr. Perini. Ainda segundo o especialista, atividades que envolvam impacto devem ser evitadas, devido ao risco de plaquetopenia, nível extremamente baixo de plaquetas no sangue, principalmente em pacientes com cateteres totalmente implantáveis.

Atualmente, o tratamento medicamentoso do linfoma de Hodgkin apresenta grandes taxas de cura, chegando a até 90% dos casos6. Em recidivas ou pacientes refratários, ou seja, que nunca responderam a outros tipos de terapia ou a doença tenha retornado depois do último tratamento, a terapia-alvo é uma das alternativas existentes. De toda forma, o especialista aponta que o papel do educador físico pode ser importante também ao pensar no tratamento como um todo. “Se pensarmos que se trata de uma população jovem, com uma grande expectativa de vida, faz sentido prestarmos mais atenção nos exercícios e incluirmos um educador físico no manejo destes pacientes”, finaliza. 





Takeda




Referências

1.    Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva  [Internet]. linfoma de Hodgkin. [cited 2017 aug 14]. Available from: http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/linfoma_hodgkin
2.    Instituto Nacional de Câncer Americano [Internet] 2016. Cancers That Develop in Adolescents. cited 2016 sep 29] Avaiable from: https://www.cancer.org/cancer/cancer-in-adolescents/what-are-cancers-in-adolescents.html
3.    Instituto Oncoguia  [Internet]. Dados Estatísticos sobre o Linfoma de Hodgkin. [cited 2015 jun 6] Avaiable from: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/dados-estatisticos-sobre-o-linfoma-de-hodgkin/7705/321/
4.    Instituto Oncoguia  [Internet]. Sinais e sintomas do linfoma de Hodgkin. [cited 2015 jun 6]. Available from:  http://www.oncoguia.org.br/conteudo/sinais-e-sintomas-do-linfoma-de-hodgkin/1473/322/
5.    US National Library of Medicine [internet] Healthy Exercise for Lymphoma Patients - [cited Aug 2018] Avaiable from https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT00111865
6.    Fundação do Câncer [internet] Um linfoma menos traumático [cited 2013 aug 29] Avaiable from https://www.cancer.org.br/um-linfoma-menos-traumatico/
7.    IMS Health do Brasil Classe N02b – MAT Mai/16  
8.    IMS Health do Brasil - MAT Mai/16  
9.    IMS Health do Brasil Classes D06A0; D08A0 e D04A0 - MAT Mai/16  
10. IMS Health do Brasil Classe R05A0- MAT Mai/16



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