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quinta-feira, 19 de maio de 2016

Sete dicas para você desconfiar se a criança possui diabetes




Sede intensa, fome constante com perda de peso sem explicação podem ser sintomas da doença

O diabetes é uma doença que atinge não só os adultos, mas também as crianças. A mais comum entre os pequenos é a diabetes tipo 1 (DM1), que geralmente ocorre em indivíduos com menos de 30 anos, caracterizada pela perda grave na função das células beta-pancreáticas, responsáveis pela produção da insulina.  

Outro tipo que vem aumentando nos dias de hoje é o diabetes relacionado ao excesso de peso causada por uma alimentação desequilibrada, a diabetes tipo 2 (DM2). O excesso de peso faz com que a insulina precisa ser secretada em grande quantidade para tentar manter o açúcar normal, até quando o pâncreas não consegue mais produzir o suficiente e o diabetes aparece.

Confira as dicas Dra. Suemi Marui, endocrinologista do Lavoisier Laboratório e Imagem, sobre possíveis sintomas da doença.

1. Se você reparou que a criança está com uma sede intensa, preste atenção, pois sede é um dos sintomas da doença (DM1)

2. Se seu filho vive constantemente com fome e, ao invés de engordar, emagrece, este também pode ser um indicativo (DM1)

3. Seu filho vai ao banheiro urinar com frequência, inclusive à noite? Urina em grande quantidade? Cuidado! A diabetes pode causar essas constantes idas ao banheiro (DM1)

4. A criança frequentemente tem mal-estar, sonolência, fraqueza e tontura? Esses são sinais de alerta, procure um médico! (DM1)

5. Estar acima do peso também pode ser um sinal de alerta (DM2).

6. Em casos onde há familiares com a doença, existe um fator de risco para o desenvolvimento da doença. Por isso é importante redobrar a atenção. (DM2)

7. A insulina também pode funcionar como um anabolizante, acelerando o desenvolvimento físico da criança. Por isso, se você notar um grande crescimento em um curto espaço de tempo no seu filho, procure um especialista (DM2).


Lavoisier - www.lavoisier.com.br

NOVOS REMÉDIOS PARA O ALZHEIMER






Anticorpo Monoclonal, Terapias Antiamiloides, Medicação Contra TAU, Memantina  e Inibidores De Acetilcolinesterase, funcionam? Já há uma luz no fim do túnel?



Estes são os 4 medicamentos aprovados no exterior e no Brasil para uso na doença de Alzheimer.

A base do tratamento é a seguinte: como, na Doença de Alzheimer, os neurônios que vão se degenerando e causando os sintomas de doença são neurônios colinérgicos (ou seja, que usam acetilcolina para fazer a transmissão das mensagens entre um e outro), os anticolinesterásicos facilitam a transmissão das mensagens entre os neurônios colinérgicos, pois são remédios que diminuem a destruição normal da acetilcolina no espaço entre 2 neurônios (já que há menos neurônios, ela tenta contrabalançar a falta de transmissão colinérgica aumentando a disponibilidade de acetilcolina).

Isto no início funciona razoavelmente bem (de fato, foram os primeiros medicamentos no mundo a ter benefício no Alzheimer), mas hoje já está mais do que provado que eles não exercem efeito "modificador de doença) - ou seja, tudo aquilo que está acontecendo com o cérebro de quem tem Alzheimer vai acontecer do mesmo jeito, mas eu consigo uma melhora sintomática enquanto a doença está no começo. O aumento de sobrevida e a lentificação na evolução da Doença, observáveis com estes medicamentos, são considerados efeitos SINTOMÁTICOS.

Com a evolução da doença, o que os estudos mostraram é que os anticolinesterásicos (rivastigmina, donepezila e a galantamina) já não promovem nenhuma melhoria para o paciente, o que nos deixava sem nenhuma opção de, melhora para casos avançados (eles já vão perdendo efeito na fase moderada e não tem nenhum efeito em fase avançada)

Esta perda de efeito dos anticolinesterásicos já está bem explicada: simplesmente faltam neurônios colinérgicos em quantidade suficiente para que estes medicamentos façam qualquer efeito clínico.

Por um lado, a massa de neurônios colinérigicos no Alzheimer avançado está muito danificada; por outro lado, a massa de neurônios glutamatérgicos (que usam glutamato como neurotransmissor e que são o sistema de oposição - na neurologia há muitos sistemas que se opõem normalmente, para que haja um equilíbrio entre os diferentes sistemas) resulta na situação (Alzheimer avançado) em que a quantidade de neurônios glutamatérgicos (que é normal) é desproporciionalmente simplesmente demais para que a transmissão colinérgica (doente no alzheimer) consiga ocorrer, mesmo com os anticolinesterásicos. A memantina, que é um inibidor de glutamato, surgiu para promover um re-equilíbrio entre estes 2 sistemas - ou seja, ela piora o sistema que se opõe ao sistema danificado pelo Alzheimer - o que dá uma certa melhora SINTOMÁTICA em quadro de moderados a avançados.

Basicamente ela age como uma continuidade do tratamento sintomático que os anticolinesterásicos oferecem em inicio e meio de doença.
Daqui a pouquinho escrevo sobre os outros mencionados, mas já adianto que não há nenhum para uso clínico imediato (agora, já)!

Esses medicamentos são divisores de água, pois os quatro que existem até hoje são meramente sintomáticos e o que se está buscando com os medicamentos anti-TAU, anti-amiloidogênicos e anticorpos é finalemnte tentar interferir no curso / mecanismo da doença.

Dentre estes 3 tipos, embora qualquer um pudesse ou possa vir a funcionar no futuro (existe nexo biológico para isto) os medicamentos que tem tido melhores resultados experimentais são os medicamentos anti-amiloidogênicos!!!

O que ocorre: já se sabe que todos nós temos uma proteína da membrana do neurônio que se chama proteína precursora do amilóide.

Quando esta proteína vai ser degradada / reciclada, ela precisa ser cortada em pedaços menores e retirada da membrana do neurônio.

Todos nós possuímos as seguintes 3 enzimas: alfa- , beta- e gama-secretase.
Quando a proteína precursora do amiloide (APP) é cortada pela beta-secretase, ela vai ser degradada na chamada via amiloidogênica, criando fragmentos proteicos que espontaneamente se agregam em volta dos neurônios, explicando grande parte do mecanismo da doença que se segue.

Se ela é cortada pelas outras, tudo vai bem (assim, temos a via amiloidogenica e a via não amiloidogenica).

Diferentes fatores, claro, até genéticos, influenciam tanto se eu vou degradar mais ou menos a APP pela via amiloidogênica (e também se eu vou conseguir limpar a que foi degradada por ela antes de se agregar), mas... todos nós temos todas estas enzimas....

No entanto, de tudo o que se pesquisou até hoje, temos 2 drogas que fazem a mesma coisa (2 drogas de laboratórios diferentes): elas inibem enzima beta-secretase, obrigando a degradação prosseguir pela via não amiloidogenica.

Se eu não gero o beta-amiloide, ele não se agregará, em teoria!
Estas 2 medicações estão evoluindo: ambas já mostraram bons resultados em modelos de alzheimer em camundongos e já estão em testes humanos.

Uma delas está em fase 1 (teste de farmacologia em humanos) e a outra está em fase 3! (que é a última fase antes de a droga ser liberada para venda!). Ou seja, a droga mostrou resultado em camundongos, não é tóxica nem neles nem em animais de maior porte, não é tóxica em humanos e agora se está vendo se ela vai ter resultado benéfico também em humanos (fase 3). Isto ocorrendo (e estamos torcendo!). teremos em pouquíssimos anos a primeira droga a interferir no mecanismo da Doença de Alzheimer!

A cura do Alzheimer?

Após décadas de pesquisas sobre o Mal de Alzheimer que não tiveram resultados persistentes, incluindo 123 drogas que fracassaram no tratamento da doença, os principais pesquisadores da área disseram agora estar mais confiantes sobre a chegada de um tratamento efetivo.

O otimismo tem se espalhado antes da Conferência Internacional da Associação de Alzheimer (CIAA), que começa neste sábado em Washington, nos Estados Unidos. Novas drogas experimentais se mostraram promissoras em reduzir a progressão da doença que afeta o cérebro, atraindo a atenção de investidores e pacientes.

Os medicamentos estão nas fases iniciais de desenvolvimento e podem vir a ser ineficazes, assim como substâncias anteriores. Mas os pesquisadores da área adquiriram um vasto conhecimento sobre as transformações do cérebro afetado pelo Alzheimer, e possuem um entendimento melhor sobre como e quando intervir com remédios.

Mulheres e o Alzheimer

A questão da Doença de Alzheimer e as mulheres é muito interessante: por um lado, há muitos anos em que as mulheres são maioria entre os casos de D. de Alzheimer, mas isto vinha sendo interpretado como um reflexo simples dos fatos de que:
- A Doença de Alzheimer aumenta com o aumento etário (quanto mais velha uma população, mais Alzheimer)
- As mulheres sobrevivem mais, portanto, quanto mais uma população envelhece, maior é o percentual de mulheres em uma população.

No entanto, com o envelhecimento da população e aumento da % de mulheres sobre homens, o que se observou foi um aumento desproporcionalmente maior na D. Alzheimer em mulheres. Atualmente, estima-se que 2/3 (dois terços) de todos os casos de Alzheimer no mundo ocorram entre mulheres - e isto deverá aumentar à medida que as populações continuem a envelhecer.

O estudo: Clinical epidemiology of Alzheimer’s disease, mostra o quanto as mulheres estão desproporcionalmente afetadas pelo Alzheimer. “Elas tem, já descontados os efeitos de idade, acesso a educação, etc, muito maior probabilidade de desenvolver Alzheimer do que os homens. Além de pacientes, pelo próprio papel imposto socialmente à mulher, as mulheres também tem muito maior probabilidade de SE TORNAREM CUIDADORAS de pacientes com Alzheimer, um trabalho emocionalmente e fisicamente desgastante (tanto que é sabido que cuidadores de pacientes com Alzheimer tem maior probabilidade de desenvolver depressão e até morrer do que quem não é!!)”, constata, Thiago Mona, médico geriatra especializado.

Outro estudo, também do ano passado o X chromosome aneuploidy in the Alzheimer’s disease brain, mostra que diferenças genéticas, mais precisamente justamente no cromossomo X, podem explicar uma maior suscetibilidade bioquímica das mulheres à agressão da doença de alzheimer.

Novo estudos mostram um possível substrato para o que estamos vendo nas populações humanas: o que eles fizeram foi usar um modelo de camundongos "com Alzheimer" modelo animal da doença, estes camundongos desenvolvem em seus cérebros as mesmas alterações - o que aconteceu foi que mostraram maior acúmulo da proteína beta-amiloide (marca registrada do alzheimer) em cérebros de camundongos femeas do que dos machos. Ou seja, de fato parece que algo biológico está ocorrendo e precisamos ficar alertas!


Cresce o número de mulheres com Alzheimer

Mulheres ansiosas, ciumentas ou mal-humoradas na meia idade correm mais risco de desenvolver Alzheimer no futuro do que aquelas sem essas características.
A conclusão é de um estudo que durou 40 anos. Mulheres na meia idade ciumentas, ansiosas e mal-humoradas podem ter até duas vezes mais risco de desenvolver Alzheimer.

Por 38 anos, os cientistas acompanharam 800 mulheres de, em média, 46 anos. Eles analisaram a personalidade das voluntárias por meio de testes de introversão, extroversão e memória. Ao longo do estudo, dezenove participantes desenvolveram demência.

Os pesquisadores perguntaram às voluntárias se elas haviam tido períodos de stress com mais de um mês de duração. Stress refere-se a sentimentos de irritabilidade, tensão, nervosismo, medo, ansiedade e distúrbios de sono. As respostas foram avaliadas de zero a cinco, sendo zero nenhum episódio e cinco stress constante nos últimos cinco anos.

Mulheres que se enquadraram nas categorias três a cinco foram consideradas estressadas. De acordo com os cientistas, mulheres que eram ao mesmo tempo introvertidas e estressadas eram aquelas com maior probabilidade de desenvolver Alzheimer. Das 63 participantes com essas características, dezesseis (25%), tiveram Alzheimer, diante de oito das 63 (13%) que eram extrovertidas e calmas, uma incidência 2x maior que as não estressadas. Respire fundo e muito calma!

De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), a doença de alzheimer afete atualmente entre 24 e 37 milhões de pessoas. Esse número está crescendo a cada ano e,  segundo estimativas da organização, pode chegar a 115 milhões de pessoas até 2050.

O alzheimer não tem cura, nem pode ser revertido. Mas existem remédios que reduzem a velocidade da sua progressão. Existem dois tipos de medicamento para tratar o problema, que podem ser usados juntos ou separados: os anticolinesterásicos, que repõem acetilcolina (mediador químico cerebral da memória e aprendizagem) e os antiglutamatérgicos (que diminuem a sobrecarga de cálcio, reduzindo a morte dos neurônios.



Thiago Monaco - geriatra, Professor Doutor da Disciplina de Geriatria da Faculdade de Medicina da UniNove.
(11) 5051-5572
Al. dos Jurupis, 452, cj 64, Moema, São Paulo - SP


6 em cada 10 jovens e adolescentes não usam métodos de contracepção





Pesquisa do Programa Estadual de Saúde do Adolescente mostra que apenas 40% desse público utiliza camisinha, anticoncepcional ou outro meio de prevenção à gravidez

Estudo desenvolvido pelo Programa Estadual de Saúde do Adolescente de São Paulo no Ambulatório de Puericultura da Casa do Adolescente de Pinheiros, mostra que apenas 40% dos adolescentes utiliza métodos contraceptivos, como preservativos e anticoncepcionais.

A pesquisa envolveu 454 mães adolescentes, seus bebês e respectivos pais. Todas elas fizeram pré-natal e participavam de grupos e oficinas coordenadas por equipe multiprofissional da Casa do Adolescente. A idade média das participantes é de 17,5 anos, com início da vida sexual aos 15 anos. Já os parceiros tinham 22,4 anos, em média; porém, 1/3 deles ainda eram adolescentes.

Em relação ao número de filhos, 85% tiveram apenas um bebê, o que equivale a 388 adolescentes. Outras 57 foram mães de duas crianças (12,5%); sete tiveram três filhos (1,5%) e duas tiveram quatro filhos (0,4%). Apesar de já serem mães, 14% delas relataram desejo de engravidar.

O intervalo médio entre os partos foi de dois anos e 3/5 das adolescentes conceberam seus bebês por parto normal. O tamanho médio dos recém-nascidos foi de 3,1 kg e 48,3 centímetros. Apenas 4% nasceram prematuros e 8,1% abaixo do peso.
Quanto aos relacionamentos, 66,2% dos casais adolescentes viviam consensualmente e 10,5% das mães estavam casadas.  Já as solteiras representam 20,8% do total e 1,7% eram viúvas. Oito em cada dez mães jovens recebiam ajuda da família materna e apenas 1/3 dos casais se sustentavam.

Metade das mães e de seus parceiros tinha oito anos de estudo ou mais, e cerca de 2% cursaram nível universitário. O analfabetismo foi encontrado em apenas 0,9% entre os pais dos bebês.

“Os dados que identificamos nessa pesquisa oferecem relevantes subsídios para a atuação dos diversos profissionais que lidam com os adolescentes. Por se tratar de uma fase de formação emocional e intelectual, precisamos incentivar nossos jovens a utilizarem métodos contraceptivos não apenas para evitar uma eventual gravidez indesejada, mas também para coibir a ocorrência de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs)”, comenta Albertina Duarte Takiuti, coordenadora do Programa Estadual de Saúde do Adolescente de São Paulo.

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